Capa do diário La Nación desta segunda, 15 |
As primárias definirão as listas de candidatos para executivos e legislativos nas eleições gerais de 23 de outubro. Se houver segundo turno, ele será em 10 de dezembro. Cristina (Frente para a Vitória) obteve 50,2% dos votos. O deputado Ricardo Alfonsín (União Cívica Radical), muito longe, ficou em segundo, com 12,4%. Eduardo Duhalde (União Popular) vem em terceiro (12,1%) e Hermes Binner (Frente Ampla Progressista) em quarto (10,4%).
Como no Brasil em 2010, com Dilma, a força de Cristina é também alavancada pela falta de discurso da oposição. A vitória da presidente nas primárias foi tão significativa que, segundo observou o jornal El Clarín, a presidente deu sua primeira coletiva de imprensa “em mais de 18 meses” nesta segunda-feira.
Para Cristina Kirchner, o triunfo nas primárias (e a provável vitória em outubro) se deve a sua gestão ter sido aprovada pela população. “Creio em uma sociedade que votou uma gestão que vem desde 2003, com erros e acertos. Aprendi mais com as derrotas do que com as vitórias”, disse.
Ela indicou que, apesar da massiva votação, pretende investir no diálogo: “Necessitamos da unidade de todos os argentinos. Não esperem de mim nenhuma palavra que ofenda”.
Dilma Rousseff e Cristina Kirchner governarão os dois mais importantes países da América do Sul ao mesmo tempo, a brasileira com a herança de Lula; a argentina, com a de Néstor Kirchner.
E Oxalá a rivalidade entre Brasil e Argentina seja cada vez mais reduzida ao folclore do futebol.
4 comentários:
É isso, Edu! A vitória arrasadora da presidenta Cristina demonstra que a pesar dos esforços desmesurados dos monopólios midiáticos para acabar com este projeto (inédito na Argentina) de crecimento com justiça social e memória histórica que o kirchnerismo representa, a sabedoria popular pode triunfar!!!! Fico constrangida vendo como no Brasil a mídia só reproduz as mentiras de Clarín e La Nación... criando-se uma espécie de muro informativo, que dificulta qualquer compreensao da conjuntura argentina e latinoamericana... É importantíssimo esse trabalho de formiga de vcs nos blogs!!! Força com isso, companheiro!
Legal, Mariana, a opinião de uma argentina legítima - hehe.
Lá, como cá, os impérios midiáticos tentam, mas não conseguem impedir as conquistas populares e o caminhar da história, "que atropela indiferente todo aquele que a negue"...
Edu, procura frequentar o Página 12. É um baita jornal de esquerda.
Muito legal mesmo. Isso mostra que a Ley de Medios não provocou danos irreversíveis para a candidatura da Cristina. Quem sabe Dilma entenda isso e mande bala no Marco Regulatório da Comunicação e reveja a questão da Banda Larga. Agora foi aprovada o projeto de lei que abre a TV a cabo para as teles e libera a participação do capital estrangeiro, por outro lado tem cotas para produções brasileiras infelizmente com prazo de 12 anos. Avanços e retrocessos, o próximo passo é fiscalizar a aplicação da lei.
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