terça-feira, 23 de agosto de 2011

Governo de SP pode levar de 30 a 55 anos para cumprir meta para o metrô

Em matéria de Suzana Vier, da Rede Brasil Atual, o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Junior, faz duras críticas à condução, pelo governo do Estado de São Paulo, da gestão e ampliação do metrô paulistano.

Na av. Vital Brasil, estação Butantã parece um
shopping center. Foto: Carmem Machado
Segundo ele, o sistema expande-se de forma lenta e equivocada e, como “estica linhas” sem criar conexões, a ampliação aumenta a superlotação e o risco de acidentes. “O Metrô vem de um atraso de décadas que, somado a mais gente no sistema e à expansão lenta, cria superlotação. O que aumenta mesmo são os problemas”, aponta.

De acordo com ele, em decorrência do corte de investimentos, levará mais de 30 anos para se chegar à meta de 200 quilômetros. Segundo a matéria, entre 2008 e 2010 o Estado utilizou 37% a menos da verba disponível para o metrô (R$ 5,95 bilhões de R$ 9,58 bilhões previstos).

Com o atual ritmo de ampliação das linhas, que é de 2,35 quilômetros por ano, “a previsão de Altino é otimista, porque seriam necessários aproximadamente 55 anos”, informa a matéria da Rede Brasil Atual

Promessas
Como já lembrei neste blog, ao assumir o governo do estado em 2007, o tucano José Serra prometeu que entregaria seis estações da Linha 4-Amarela em fins de 2008. Em agosto de 2011, as gestões tucanas no estado de São Paulo entregaram quatro, as supermodernas estações Faria Lima, Paulista, Pinheiros e Butantã, que ainda funcionam apenas parcialmente, até as 21 horas.

Menos tecnologicamente sofisticado, o metrô da cidade do México, que começou a operar, como o de São Paulo, nos anos 70, tem 202 quilômetros em suas 11 linhas. O da capital paulista não passou de 70 quilômetros de extensão em sete linhas.

Atualizado às 13:29

Nenhum comentário: