Foto: Roseli Costa
Estudo feito pela liderança do PT na Assembleia Legislativa, a partir de dados do orçamento do estado de São Paulo, mostra dados sintomáticos da visão da educação no governo de Geraldo Alckmin.
As obras de expansão da rede física escolar, entre 2011 e 2012, caíram cerca de 25%, de
R$ 1,002 bilhão, em 2012, para R$ 751 milhões em 2013. A redução é de R$ 251,2
milhões.
Em aperfeiçoamento dos profissionais do ensino fundamental e
médio, em relação ao ano passado, o orçamento em vigor registrou este ano queda de
15,34% no primeiro (de R$ 71,4 milhões para R$ 60,4) e 25,8% no segundo, que
diminuiu de R$ 52,9 milhões para R$ 39,2 milhões.
O Programa Ler e Escrever, lançado em 2007 na gestão de José
Serra (PSDB) para promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual, com
ações incluindo apoio aos professores e distribuição de materiais pedagógicos e
outros subsídios, teve recursos e número de alunos beneficiados reduzidos. Na
peça orçamentária de 2012, eram 681.763 alunos, com verbas de R$ 85,9 milhões.
Em 2013, os números caíram para 661.731 (2,9%) e R$ 65 milhões (24,3%),
respectivamente.
O programa de alimentação escolar apresenta redução dos
recursos (de R$ 368 milhões para R$ 336 milhões), enquanto o número de alunos a
ser alcançado aumentou de 2.140.622 para 2.208.489, o que pode representar a
diminuição da qualidade nutricional oferecida aos alunos, segundo o estudo.
O programa Escola da Família, criado na primeira gestão de
Alckmin, que previa o funcionamento das escolas em fins de semana para
atividades das comunidades onde se localizam, foi reduzido pela metade no
governo de José Serra (2007-2010) e, no segundo mandato de Alckmin, permanece
estagnado. Em 2012, eram 2.390 escolas participantes do programa, número que
permanece igual este ano. Os recursos, porém, aumentaram de R$ 103,5 milhões
para 119,3 milhões.
Enxugamento
No mesmo dia em que se vale de pronunciamento para anunciar cortes de R$ 355,5 milhões que incluem fechamento de secretaria, fusões e venda de veículos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pede que a Assembleia Legislativa aprove um projeto de lei que vende 600 terrenos a R$ 900 milhões – incluindo o local onde fica o Ginásio do Ibirapuera, na zona sul da capital. Ao mesmo tempo, o tucano investe R$ 226 milhões em publicidade só neste ano, totalizando quase R$ 2,5 bilhões nos últimos dez anos de administração do PSDB.
Guilherme Lara Campos/Palácio dos Bandeirantes
O governador culpou a revogação do aumento de tarifas de trens e metrô, anunciado no dia 19 após forte mobilização popular, pela necessidade de cortar de outras fontes, embora conte com ao menos R$ 12 bilhões em caixa e tenha deixado todos os anos de executar parte do orçamento estadual, que só em 2013 prevê R$ 173 bilhões em despesas.
A matéria completa sobre esses e outros números do governo Alckmin está neste link: Alckmin corta R$ 355 milhões, mas vende 600 terrenos a R$ 900 milhões – da Rede Brasil Atual