Resenha da Copa do Mundo [5 - segunda-feira 21 de junho]
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Brasil 4 a 1, show de Neymar, num jogo em que o time
finalmente ganha certa confiança.Vírgula.
Não dá pra considerar o péssimo time de Camarões como um
parâmetro, como alguns comentaristas já observaram. O pior time africano da
Copa, até o jogo de hoje, não havia marcado um gol sequer. Contra qualquer time razoavelmente bem montado, Neymar não sairia gingando no
meio de buracos como os da defesa e de todos os setores do time de Camarões com aquela facilidade. Mesmo assim, o arremedo de time dos Leões chegou a empatar o jogo e dar alguns sustos...
As duas laterais brasileiras são vulneráveis, principalmente
no setor direito de Daniel Alves, que parece um ex-jogador em atividade (vide o
gol camaronês). Será um deus-nos-acuda se o arguto e inquieto técnico do Chile, o argentino Jorge Sampaoli, souber aproveitar...
A zaga brasileira parece segura, mas até agora ainda não enfrentou um
ataque poderoso, e em alguns momentos das três partidas do grupo A deixou espaços preocupantes.
O meio de campo, como também já se observou, ganhou vida com
Fernandinho no lugar de Paulinho, o jogador fantasma. Mas terá encorpado o
suficiente para enfrentar times mais poderosos do que Croácia, México e o pobre
Camarões?
Hulk, risível no ataque, onde Fred jogou um pouquinho, um pouquinho
só, a mais do que nos jogos anteriores, e fez até gol. Mas só.
O Chile no sábado vai ser um jogo interessante. Será o
melhor time que o Brasil terá enfrentado na Copa. Mas a tradição, a freguesia
chilena e o fato de o time de Felipão jogar em casa deve no mínimo balançar a autoconfiança
do time andino, que de resto parece que já começou a fraquejar ante a ótima
seleção da Holanda. O retrospecto a favor do Brasil contra o Chile em Copas do
Mundo é esmagador: 4 a 2 em 1962 no Chile (semifinais), 4 a 1 em 1998 (oitavas)
e 3 a 0 em 2010 (oitavas). 11 gols a favor e 3 contra.
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Jornal Marca da Espanha hoje |
Retrospecto não ganha jogo e acho que esse deve ser o duelo
mais difícil entre as duas seleções em Copas, mas aposto na vitória brasileira. "Se Neymar não jogasse no Brasil, o que seria de nós?", questiona José Trajano. Todos os jornais do mundo, da Itália à Argentina, da França à Espanha (foto ao lado, da versão online do jornal espanhol Marca) destacam a grande atuação do camisa 10. É como dizíamos no futebol de rua: "é Neymar e mais dez".
A outra oitava já definida será um grande jogo: Holanda e
México. A tarefa dos holandeses, me parece, será mais difícil do que a dos
brasileiros.
Nas quartas-de-final nosso adversário será contra o 2º. do grupo D (Uruguai, Itália ou Costa
Rica) ou 1º. do C (Colômbia).
Acho a Holanda até aqui o melhor time da Copa. Até aqui.
*Atualizado às 13h23
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