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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em pesquisas, Dilma supera Serra; no Irã, Lula promove acordo pela paz mundial

Analistas políticos globais e quetais estavam eufóricos na semana passada, uma "semana ruim" do governo e de "sua candidata" (entre outros motivos, pelo fator Romeu Tuma Júnior). Mas, nesta segunda, 17, os ventos mudaram um pouco de rumo.

Depois das pesquisas Vox Populi e CNT/Sensus, divulgadas respectivamente no sábado, 15, e segunda-feira, 17, que colocam Dilma Rousseff à frente de José Serra, e após o acordo fechado por Brasil, Turquia e Irã, importante vitória diplomática do presidente Lula e do Itamaraty, é de se esperar agora quais os próximos lances da oposição e da mídia militante. Torpedos devem estar a caminho. Aguardemos se serão disparados antes ou depois da Copa do Mundo. Creio que depois.

Veja os números das recentes pesquisas:

Vox Populi (divulgada sábado, 15 de maio)
Dilma Rousseff (PT) - 38%
José Serra (PSDB) - 35%
Marina Silva (PV) - 8%
(margem de erro: 2,2 pontos percentuais)

CNT/Sensus (divulgada segunda, 17 de maio)
Dilma Rousseff (PT) - 35,7%
José Serra (PSDB) - 33,2%
Marina Silva (PV) - 7,3%
(margem de erro: 2,2 pontos percentuais)

O acordo com o Irã

Ricardo Stuckert/Agência Brasil
Como se já não bastassem os números favoráveis a sua candidata, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apostou num diálogo que – a menos que seja boicotado pelas potências – pode vingar. O Irã está com a palavra no momento em que o Conselho de Segurança da ONU estava prestes impor sanções ao país dos antigos persas por sua suposta intenção de construir a bomba nuclear. Até a Rússia já dava sinais de aderir às sanções exigidas pelos Estados Unidos. A China se menteve cautelosa e quieta.

Pelo acordo, o Irã vai enviar à Turquia 1,2 mil quilos de urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20%. Ainda não está claro até que ponto Mahmoud Ahmadinejad é um interlocutor confiável.

Os EUA continuam apostando no ceticismo retórico, pondo em dúvida justamente a confiabilidade do presidente iraniano, e mirando o fracasso do acordo: "Nós reconhecemos os esforços feitos por Brasil e Turquia", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, com a ressalva: a proposta "precisa agora ser encaminhada claramente à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), antes de ser considerada pela comunidade internacional". ´

Como disse Paulo em comentário no post anterior ao acordo, neste blog, “os EUA estão é morrendo de medo de que a intervenção de Lula dê certo”.

Em entrevista ao site Opera Mundi, o consultor da AIEA Leonam dos Santos Guimarães disse que o acordo entre Brasil, Irã e Turquia é satisfatório e que o ceticismo das potências mundiais “não faz sentido”. Leia aqui.

Segundo a Agência Brasil, “um documento com dez itens foi a base do acordo”. Veja o texto da repórter Renata Giraldi neste link.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Guerra das pesquisas, eleição 2010
e "massa cheirosa"

ABr
A pesquisa Sensus divulgada hoje, terça, 13 de abril, coloca mais lenha na fogueira na chamada “guerra das pesquisas”, título de matéria de CartaCapital desta semana.

Na pesquisa, encomendada pelo Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo), Dilma Rousseff chega a 32,4%, empatada tecnicamente com José Serra (32,7%). Ciro Gomes (PSB) aparece com 10,1% e Marina Silva (PV) tem 8,1% (margem de erro de 2,2 pontos percentuais).

Curiosamente, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, disse que seu partido e os aliados de José Serra não levam em conta os levantamentos que mostram a subida de Dilma: “pesquisas do Sensus e do Vox Populi, nos últimos tempos, têm estado muito diferentes dos nossos acompanhamentos, das nossas pesquisas e das de outras instituições. Não estamos trabalhando com elas”, advertiu o nobre tucano, segundo o Blog Terra Magazine hoje.

Provavelmente, Guerra só leva em conta a pesquisa Datafolha. Divulgada dia 27 de março, ela apontou estranho crescimento de Serra (32% para 36%) e oscilação de Dilma para baixo (28% a 27%), contrariando o que têm mostrado todos os outros institutos, como Vox Populi e mesmo Ibope, que mostram ascensão de Dilma. Detalhe: a pesquisa Datafolha foi divulgada, muito oportunamente, três dias antes de Serra deixar o governo paulista para colocar sua “campanha nas ruas”.

Dez antes dias desse estudo do Datafolha, o Ibope divulgou o seu, segundo o qual a diferença a favor de Serra despencou de 21 para somente cinco pontos percentuais desde novembro: Serra tinha 38% e apareceu com 35% em 17 de março; Dilma subiu de 17% para 30%.

A Folha de S. Paulo questionou a metodologia do levantamento do Vox Populi (divulgada dia 3 de abril) que dá 34% dos votos ao tucano e 31% à petista. Em matéria da Rede Brasil Atual (5 de abril), o diretor-presidente do Vox Populi, João Francisco Meira, rebateu: "O Vox Populi tem um modelo, falamos na casa das pessoas, damos tempo para elas responderem, nossas pesquisas podem ser auditadas a qualquer tempo". E emendou: "O Datafolha faz entrevistas na rua, sem verificar se a pessoa mora mesmo na cidade".

Eliane Catanhêde e a “massa cheirosa”
Muita gente já viu, muitos blogs publicaram. Eu não ia publicar, até por uma questão de higiene, pois tenho falado de coisas superiores, como do Santos de Neymar e o escritor Jack London, por exemplo.

Mas, já que estamos falando do tema, vai abaixo o vídeo da jornalista Eliane Catanhêde, da Folha de S. Paulo, entusiasmada, esfuziante no evento tucano de lançamento da pré-candidatura de José Serra. Segundo ela, o PSDB até parecia um “partido de massa” no evento, “mas uma massa cheirosa” (sic).