Divulgação/ Santos FC

Provavelmente ele não vai tomar um cafezinho na padaria “A Santista” na segunda-feira. Foi chamado de burro como resposta à pífia apresentação de hoje. Pelas entrevistas de Léo e Zé Eduardo, e pelo que se sente nos arredores da Vila e nos botecos onde os santistas conversam, parece claro que o ambiente na Baixada está no nível do chão, infelizmente.
Dá pra perceber que Adilson Batista rachou o elenco (o que se vê no semblante do lateral Léo, por exemplo). A torcida santista está muito contrariada com as atitudes estranhas do “comandante”, que não inscreveu nem o zagueiro Vinícius nem o meia Felipe Anderson na Libertadores, enquanto o volante Charles, baleado, sem condições de jogo, foi relacionado (não vou nem dizer o que se comenta por aí porque pode soar leviano, mas o mínimo que se diz é que Adilson é um “igrejeiro”).
Quarta-feira tem o Cerro na Vila, um jogo de risco. Se ganhar bem, Adilson Batista respira. Se não ganhar, não vejo como nem por que o Santos deveria mantê-lo no cargo. Quando a torcida não vai com a cara do sujeito, não há Cristo que ajude. E a torcida do Santos parece que não suporta mesmo esse professor.
Há até quem já calcule o seguinte: se o Santos empatar ou perder do Cerro Porteño, o time sairia no lucro. Porque Adilson caindo com um resultado negativo, o Cerro se credenciaria à primeira vaga e o Peixe disputaria a segunda posição do grupo 5 da Libertadores com o Colo Colo, num mata-mata antecipado, e, mesmo classificado em segundo, teria força na sequência, com um novo treinador. Porém, se o Santos ganhar na quarta, uma euforia enganosa vai segurar Adilson, mas apenas para o time cair logo mais à frente, nas oitavas ou quartas-de-final no máximo.
Eu, cá entre nós, acho que Adilson Batista teria feito um favor ao Santos se tivesse pedido demissão hoje.