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domingo, 14 de novembro de 2010

Corinthians é líder, mas empate do Flu recoloca Cruzeiro na briga (caixinha de surpresas)

Este post era para não existir, porque eu ia apenas atualizar a publicação abaixo (ou neste link) com umas poucas linhas. Mas o tropeço do Fluminense no Engenhão diante do virtualmente rebaixado Goiás, com o sofrido 1 a 1 (uma bela zebra), além de manter o Corinthians na liderança (63 pontos contra 62 do Flu), recoloca o Cruzeiro na briga pelo título, ao final da 35ª rodada. Ou seja, o Timão deu um duro golpe na Raposa, mas não eliminou o time mineiro da briga pela taça, apesar do descontrole quase histérico de Cuca e Zé Perrela após a derrota no Pacaembu, ontem.

É surpreendente, mas Corinthians 1 x 0 Cruzeiro, ao contrário do que parecia, acabou não sendo fatal para a Raposa, graças ao inesperado empate do Tricolor das Laranjeiras com o Goiás, no Rio.

Veja os gols de Fluminense 1 x 1 Goiás:



Faltando três rodadas, Corinthians, Fluminense e Cruzeiro continuam na briga. Na próxima rodada, a 36ª (fim de semana que vem), o líder Corinthians, um ponto à frente do Flu, duela com o Vitória em Salvador, partida difícil, visto que o Rubro-negro baiano está apenas uma posição acima da zona de rebaixamento. Não é fácil bater o Vitória no Barradão quando os baianos precisam do resultado. Enquanto isso, o Fluminense joga com o São Paulo, em Barueri (jogo polêmico), e o Cruzeiro recebe o Vasco da Gama em Minas. A esquadra cruzmaltina não tem mais nada a ganhar ou perder no campeonato.

São três rodadas e nove pontos em disputa. A esta altura, não dá para dizer quem é favorito entre os três times que disputam o título.

Confira os confrontos dos líderes na reta final:

Corinthians (63 ptos - 35 jogos): Vitória (f), Vasco (c) e Goiás (f)
Fluminense (62 ptos - 35 jogos): São Paulo (f), Palmeiras (f), Guarani (c)
Cruzeiro (60 ptos - 35 jogos): Vasco (c), Flamengo (f) e Palmeiras (c)

Corinthians tira o Cruzeiro da luta pelo título. Tirando a Fiel, todo o país torce para o Fluminense

O Corinthians virtualmente eliminou um concorrente direto ao título brasileiro e dorme como líder do campeonato. Faltam três rodadas para o Alvinegro e quatro para o Fluminense, que deve vencer o Goiás no Engenhão e reassumir a ponta neste domingo. Se der a lógica, o time das Laranjeiras terminará a 35ª rodada com 64 pontos, um a mais que o rival paulista. Pelo que ouço de amigos e leio por aí, não é exagero dizer que o Timão tem contra si toda a torcida brasileira.

Não vi Corinthians 1 x 0 Cruzeiro. Toda a polêmica em torno do pênalti sobre Ronaldo no fim do segundo tempo me pareceu exagerada. Foi pênalti. Tolo, desnecessário, mas pênalti. O atacante mata a bola no peito no meio da grande área, toma uma entrada pelas costas claramente faltosa do tal do Gil... Fazer o quê?

Veja o pênalti e o gol de Ronaldo:



O que Zezé Perrela, presidente do Cruzeiro, e principalmente o técnico Cuca enfatizam é que esse não foi o único erro. Cuca acusa três impedimentos assinalados erradamente do ataque da Raposa que redundariam em gol ainda no primeiro tempo. Como não vi o jogo nem esses lances, não posso dizer.

Posso dizer que eu não daria nenhum dos dois pênaltis reclamados pelo Cruzeiro a seu favor, ambos muito parecidos, em divididas de Thiago Ribeiro com o goleiro Júlio César (esses eu vi nos melhores momentos). Nas duas jogadas, o atacante foi para o lado errado, adiantou demais a bola e preferiu apostar mais no pênalti do que na jogada. Nas duas divididas, não me pareceu que o goleiro corintiano foi para fazer falta.

De qualquer maneira, seguem comentários que ouvi no meio da polêmica:

Do meia Roger, do Cruzeiro: “Em 2005 eu estava aqui [no Corinthians] e não reclamei. Agora estou do outro lado e não posso reclamar também”. O jogador, articulado, uma exceção no meio dos semi-analfabetos que habitam o futebol, ironizou, dizendo que “a justiça pode vir de outras maneiras”. Não economizou nas palavras: “Tomara que São Paulo e Palmeiras vejam isso e possam ajudar o Fluminense”. Emendou falando do campeonato de 2009, insinuando que o Corinthians teria entregado o jogo para o Flamengo na penúltima rodada (em Campinas, 2 a 0 para o Flamengo, que acabou sendo campeão na rodada seguinte, a última). “O Ronaldo jogou 5 minutos naquele jogo”, disse Roger.

Do comentarista Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil: “É assustador o número de pênaltis marcados a favor do Corinthians no Pacaembu neste campeonato”. Eu até concordo. Mas, para Mauro Cezar, o pênalti em Ronaldo não existiu. É um comentarista bastante europeizado. Para ele, quase nunca existe pênalti. É um dos comentaristas que mais atacaram o santista Neymar este ano, imputando sistematicamente ao jovem craque santista a pecha de cai-cai. Nem quando é  pênalti o ranzinza acha que é. É um chato.

Já Juca Kfouri, em seu blog, diz que, no primeiro turno, e com o mesmo juiz deste sábado, Sandro Meira Ricci, o Cruzeiro bateu o Corinthians em Minas por 1 a 0 “em jogo em que a arbitragem não deu um pênalti claro de Henrique em Bruno César”.

Próximos adversários dos líderes*:

1° Corinthians (63 ptos - 35 jogos): Vitória (f), Vasco (c) e Goiás (f)
2° Fluminense (61 ptos - 34 jogos): Goiás (c), São Paulo (f), Palmeiras (f), Guarani (c)
3° Cruzeiro (60 ptos - 35 jogos): Vasco (c), Flamengo (f) e Palmeiras (c)

*Atualizado à 01h49

Goleada do Galo

O jogo a que assisti, digno de nota, foi Atlético-MG 4 x 1 Flamengo. Muito bom, disputado, pegado, jogado porém com lealdade, e com o coração. O Flamengo jogou melhor nos primeiros 15 minutos, mas depois o Galo tomou conta.

Com a fanática torcida empurrando e atuação espetacular de Obina (que marcou o primeiro, um golaço, e deu passe primoroso para Renan Oliveira marcar o segundo), o Atlético de Dorival Júnior deu uma sova no time de Vanderlei Luxemburgo e fugiu consideravelmente da zona do rebaixamento. O Galo está no 14° posto, com 39 pontos, uma posição e um ponto atrás do próprio Flamengo.

Amanhã atualizarei o blog com poucas palavras, após Fluminense x Goiás no Engenhão.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Santos tem ano ganho e fim de temporada para planejar 2011

Creio que, ao perder do Vasco por 3 a 1 em São Januário, o Santos virtualmente deu adeus ao título do Brasileiro. Como santista, fico meio perplexo ao ver santistas reclamarem, se decepcionarem ou exigirem mais do que o conquistado este ano. Como já disse antes, o Santos já é um dos times mais vitoriosos de 2010 no país.

 Dito isso, o Vasco é grande e não iria perder esse jogo (na foto - Reprodução de vídeo -, os cariocas comemoram o terceiro gol). Os santistas lembramos que, em 2004, na penúltima rodada, o time cruzmaltino derrotou o Atlético-PR em São Januário mesmo, por 1 a 0, enquanto o Santos fazia 3 a 0 no São Caetano, no ABC (nunca esquecerei do golaço de Elano) e virava o campeonato, para confirmar o título na Vila Belmiro ganhando do próprio Vasco, 2 a 1, num jogo enervante. A história do futebol tem suas ironias.

O Santos de 2010 é campeão paulista e da Copa do Brasil. Está na Libertadores do ano que vem e vai se reforçar. Tem tempo para pensar numa comissão técnica com calma e planejar 2011, após a queda  necessária de Dorival Júnior.

No Brasileirão, a disputa pelo título fica entre Corinthians, Fluminense, Cruzeiro e, vá lá, Inter. O aguerrido Botafogo disputa uma vaga à Libertadores. O Flu (líder, 48 ptos), que muitos, como eu, consideravam morto, volta à briga. Nesta quarta-feira, pega o Avaí no Rio, enquanto o Corinthians (vice, 47, um jogo a menos) recebe o Botafogo no Pacaembu e o Cruzeiro (em terceiro, com 44) joga em MG contra o Atlético-GO. A rodada é perigosa para o Alvinegro do Parque São Jorge. Em quarto lugar, o Internacional vem com 41 pontos e um jogo a menos.

René Simões: emenda pior que o soneto
O técnico René Simões, autor da famosa e estúpida frase “estamos criando um monstro”, sobre Neymar, logo após a derrota de seu Atlético-GO (4 a 2 de virada) no dia 15 de setembro, voltou a falar do assunto. Desta vez, para tentar uma emenda.

Disse, na segunda-feira, ao Sportv: "Chamei a um debate público, para que se tenha cuidado com esse menino, que é um fenômeno jogando bola". Tudo em nome do futebol arte, garantiu. "Como homem público, educador, tinha de usar alguma palavra forte para que chocasse”, prosseguiu, explicando sua pedagogia. E ressalvou: “Sou fã número um e vou comprar o bonequinho dele".

O treinador, ou "educador", afirmou ainda que, no dia do polêmico jogo, dirigiu-se ao árbitro da partida cobrando autoridade e dizendo: “você tem responsabilidade na educação desse menino”. René Simões ainda explicou na entrevista: “Tenho três filhas e as eduquei assim, chamando a atenção”.

Eu gostaria de dizer ao “professor” René Simões duas coisas. A primeira: ele deveria se preocupar só com a educação na casa dele, já que ninguém no Santos pediu sua opinião. Aliás, é muita falta de educação você ir à casa de alguém e querer dar lições sobre como devem ser as coisas.

A segunda coisa: o “professor” René Simões deveria se preocupar mais consigo mesmo e tentar melhorar seu cartel de títulos pelos clubes que treina. Os mais importantes que conseguiu foram a Liga do Qatar pelo  Al-Rayyan (1990), um Campeonato Baiano pelo Vitória (2005) e a Segunda Divisão com o Coritiba em 2007. Ah, sim, e o 
Sul-Americano Sub-20 de 1988, com  a seleção brasileira.

domingo, 30 de maio de 2010

Edu Dracena sobre Dorival Junior: “Tem que perguntar pra ele o que ele quer fazer”

Foto: Ricardo Saibun
A frase do título, do zagueiro Edu Dracena, sobre a lamentável condução do time pelo técnico Dorival Junior na derrota do Santos por 4 a 2 para o Corinthians, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2010, na tarde deste domingo, no Pacaembu, é reveladora. A condução equivocada do treinador, aliás, não é só a deste jogo, e nem diz respeito apenas ao time dentro de campo.

Muita gente é contra demitir técnico. Tem aquele discurso politicamente correto de hoje em dia segundo o qual é uma atitude “não-profissional”. Mas a ladainha não é que o clube tem que ser conduzido profissionalmente, como empresa? Ora, nenhuma empresa que queira lucrar pode ser comandada por um fraco. Concordo com o comentário de Felipe num post anterior: “De fato, esse time do Santos é muita areia para o caminhão do Dorival...”

E o zagueiro Edu Dracena, que não é nenhum bobo, dispara: “Tem que perguntar pra ele o que ele quer fazer”. Dorival perdeu a mão e o comando e não entende o que é dirigir um grande time. É ressentido, autoritário e moralista, além de não ter punch para encarar técnicos do porte de Mano Menezes. Hoje, fez uma lambança poucas vezes vista por este escriba que vos fala. Quando perdia por 2 a 1, tirou Neymar e pôs Madson (estranha substituição, que taticamente nada agregou ao time). Tirou o lateral Pará para colocar o atacante Marcel e o zagueiro Edu Dracena para entrar Zezinho. Que confusão. Poderia ter tomado uma goleada histórica, se o Corinthians tivesse mais vontade no fim.

Com um time considerado quase unanimemente o melhor do Brasil no primeiro semestre, Dorival Junior quase entregou o campeonato paulista (quando resolveu recuar o time contra o Santo André), quase perdeu a classificação na Copa do Brasil (a mesma coisa, quando, com 2 a 0 a favor, se acovardou e colocou Rodrigo Mancha, tomando quatro gols do Grêmio em 20 minutos em Porto Alegre) e, nessa sequência, chegou à lambança de hoje.

Desde que engoliu aquele rotundo “não” de Paulo Henrique Ganso, que se recusou a ser substituído na final contra o Santo André, Dorival parece estar acabrunhado e com o ego ferido. Mas deveria ser humilde, porque quem ganhou o título paulista foi Ganso, não ele. Algumas de suas intervenções soam como: “aqui quem manda sou eu”. É um homem do século passado, do tempo de Oswaldo Brandão. A diretoria do Santos, que assumiu prometendo o paraíso da modernidade, precisa entender que Dorival Junior não segura um clube grande e o Santos não tem futuro com ele. Pelo menos não com o elenco atual, porque o comando ele perdeu.

Após tirar Neymar, tomou o terceiro gol do Corinthians em seguida, como um castigo merecido. Na adrenalina da derrota, Edu Dracena, que pode estar de saída para a Europa, fez o desabafo já citado. Quando um jogador tarimbado como Dracena chega a esse ponto, vocês hão de reconhecer que algo está errado.

Apito amigo
O meia Marquinhos não esqueceu que o Corinthians, em seu terceiro jogo pelo Brasileiro no Pacaembu, ganhou a terceira partida seguida com a ajuda da arbitragem: contra o Atlético-PR e, sobretudo, ante o Fluminense. Diante do Santos, o árbitro anulou um gol legítimo do Peixe no fim do primeiro tempo que teria mudado o jogo, dando impedimento inexistente de Marquinhos. Façam as contas: num campeonato de pontos corridos, só aí são de quatro a seis pontos em três partidas.

Quando o Santos ganhou do Corinthians pelo Paulistão (2 x 1), os corintianos choraram as pitangas, ameaçaram, reclamaram, xingaram o juiz... E agora? Agora claro que é normal, porque foi a favor.

Veja os gols de Corinthians 4 x 2 Santos



PS (03h05): O Marquinhos estava impedido mesmo no gol anulado pelo árbitro Sálvio Spinola. Isso é fato e reconheço (vi melhor no tape do que quando vi primeiro). Por outro lado, no segundo gol do Corinthians, Edu Dracena foi visivelmente empurrado, e por isso a bola sobrou para Bruno César.

Essas ressalvas não tiram os méritos da vitória corintiana, que foi incontestável (a questão arbitragem é, aliás, secundária como tema do post). São apenas constatações. Como o é o fato de que, como dito acima, as arbitragens erraram três vezes a favor do Timão no Pacaembu, neste brasileiro.