Santos 3 x 2 Penapolense
Palmeiras 0 x 1 Ituano
Com esses resultados, o Santos faz a final do Paulistão 2014
com o Ituano, para decepção de quem pensava numa decisão, que há décadas se
esperava, entre Santos x Palmeiras, por incompetência do time de Gilson Kleina.
A dificuldade do Santos na Vila contra o surpreendente
time do Penapolense foi consequência da partida desastrosa (para dizer o
mínimo) do zagueiro David Braz, reserva que, como se vê, não deveria nem mesmo ser reserva
do time. Ele cometeu um pênalti desnecessário e entregou o segundo gol de
presente para a equipe de Narciso fazer 2 a 1 de virada ainda no primeiro
tempo. No segundo gol, diga-se, a lambança foi feita em parceria com o
goleiro Aranha, com 50% de culpa para cada um. Muitos santistas acham que Aranha “é
seleção”, o que me parece um exagero. É um bom goleiro, mas daí a ser um goleiro
de seleção vai uma bela distância.
O Penapolense que o Peixe derrotou é um time melhor taticamente do que o violento Ituano. Isso posto, o Palmeiras protagonizou mais
uma de sua série histórica de vexames contra times pequenos. Os episódios de
que mais me lembro foram a perda do título paulista para a Inter de Limeira no
Morumbi em 1986 (1 a 2) e as eliminações pelo ASA de Arapiraca na Copa do
Brasil de 2002 (o Verdão ganhou por 2 a 1, mas caiu porque o ASA ganhara de 1 a
0 no Nordeste) e pelo Santo André em pleno Parque Antarctica pela mesma
competição de 2004 (4 a 4).
A saída de Alan Kardec (que levou uma entrada digna de
cartão vermelho do jogador do Ituano Alemão) e a ausência de Valdívia no
primeiro tempo, poupado por estar com o tornozelo inchado após apanhar o jogo
todo do Bragantino, além da saída do goleiro titular Fernando Praz (que não sei
por que saiu) foram decisivas para a derrota do Alviverde. E, como todo mundo sabe,
o goleiro reserva, Bruno, é um frangueiro: o chute do jogador Marcelinho foi
daqueles que ele nunca mais vai acertar de novo, mas mesmo assim dava pra
pegar, o goleiro caiu atrasado.
Voltando ao Peixe, impressionante a estrela do menino
Stéfano Yuri, da escola santista, uma verdadeira indústria de grandes
jogadores. Enquanto o caríssimo Lenadro Damião perdeu quatro gols absolutamente
feitos (apesar de ter marcado o segundo do Santos), o menino entrou aos 40’ do
segundo tempo, no sufoco, e na primeira bola em que pôs os pés mandou pra rede.
Sensacional.
Enfim, pra quem esperava o clássico Santos x Palmeiras, numa
final inédita em décadas, vai ter que se contentar mesmo, infelizmente, com Santos
x Ituano.