domingo, 30 de abril de 2017

Chappie e a consciência humana num pendrive




Chappie (2015), dirigido por Neill Blomkamp, é um filme interessante. Filme com não poucos erros, mas, como ficção científica, vale a pena ver. Discute coisas aparentemente antagônicas, como alma e inteligência artificial. Tem sequências tocantes que remetem a Freud. Discute a morte.  

Também discute a imortalidade, mas não mais como a imortalidade perseguida por Drácula, o vampiro que precisa de sangue para se manter "vivo", e sim a imortalidade que pode ser armazenada em um pendrive. A consciência pode ser transferida de um corpo biológico para um robô.

Não vou discorrer sobre o filme, pois seria interminável. Mas a ideia de você transferir a consciência humana para um ser bio-robótico é fantástica, embora assustadora. É aparentemente impossível, hoje. Mas, como diria Carlos Drummond, "segunda-feira ninguém sabe o que será".

O filme é de 2015. Então, ele não estará "em breve nos cinemas", como diz o trailer acima, pois já foi exibido nos cinemas há dois anos. 

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Deus e o acaso, segundo Luis Buñuel



"Em casa": Reprodução do livro Meu Último Suspiro (Ed. Nova Fronteira)

Pelo mergulho profundo na psicologia, na filosofia, na teologia, com sua abordagem que estilhaça o senso comum, com sua ironia devastadora e seu cinema que causou perplexidade e escândalo, o espanhol Luis Buñuel (1900-1983) é um cineasta impossível de ser definido por parâmetros convencionais da crítica de cinema. Ele é diretor de filmes como L'Âge d'Or (1930), Los Olvidados (1950), Viridiana (1961), Simão no Deserto (1965), A Bela da Tarde (1967), La Voie Lactée (1969), Tristana (1970), O Discreto Charme da Burguesia (1972), Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977). Todos esses são obras-primas, fora outros. Tenho uma série neste blog, "Favoritos do cinema", em que falo de filmes que me são caros, mas Buñuel fica fora, porque teria de falar de cada um de seus filmes em particular.

Buñuel foi companheiro de surrealismo do maravilhoso poeta Federico García Lorca (assassinado pelo fascismo franquista espanhol em 1936) e do pintor Salvador Dali. Claro que Buñuel transcende o rótulo de surrealista e é inclassificável, assim como Lorca. Já Dali assumiu o surrealismo como modelo de arte e fonte de lucro.

Mas Buñuel está sempre presente na minha mente. Como hoje, por exemplo, durante agradabilíssima tertúlia com amigos queridos, em que falamos de fé e razão, ciência e espírito.

No livro Meu Último Suspiro (publicado em Paris em 1982 e no Brasil pela Nova Fronteira), Buñuel, que se professava ateu convicto, fala de Deus e do acaso. Não vou comentar. Reproduzo o que ele diz:


Sobre o acaso:

"O acaso é o grande senhor de todas as coisas. A necessidade só vem depois (...) Se entre meus filmes tenho uma ternura particular por O Fantasma da Liberdade, é talvez porque ele aborda esse tema inabordável. O roteiro ideal, com o qual sonhei muitas vezes, procederia de um ponto de partida anódino, banal. Por exemplo: um mendigo atravessa a rua. Vê uma mão que se estende por uma janela aberta de um carro de luxo e joga no chão a metade de um charuto. O mendigo para bruscamente para pegar o charuto. Outro carro o atropela e o mata.

"A partir desse acidente pode ser feita uma série infinita de perguntas. Por que o mendigo e o charuto se encontraram? Que fazia o mendigo àquela hora na rua? Por que o homem que fumava o charuto o jogou fora naquele momento? Cada resposta dada a essas perguntas gerará outras perguntas cada vez mais numerosas. Nós nos encontraremos diante de encruzilhadas cada vez mais complexas, levando a outras encruzilhadas, a labirintos fantásticos, onde teremos que escolher nosso caminho. Assim, seguindo causas aparentes que na realidade são apenas uma série, uma profusão ilimitada de acasos, poderíamos remontar cada vez mais longe no tempo, vertiginosamente, sem uma interrupção, através da história, através de todas as civilizações, até os protozoários originais.

"Claro está que é possível tomar o roteiro pelo outro sentido, e ver que o fato de jogar o charuto pela janela de um carro, provocando a morte de um mendigo, pode mudar totalmente o curso da história e conduzir ao fim do mundo."

***

"Ateu graças a Deus"

"Ao aproximar-se meu último suspiro, muitas vezes imagino uma última brincadeira. Convoco aqueles de meus amigos que são ateus convictos como eu. Tristes, eles se distribuem em torno de minha cama. Chega então um padre que mandei chamar. Para grande escândalo de meus amigos, confesso-me, peço a absolvição para todos os meus pecados, e recebo a extrema-unção. Após o que, viro-me de lado e morro."

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Libertadores, futebol e subdesenvolvimento


Foto: Divulgação/Conmebol

Há quem defenda a Libertadores, na comparação com a Copa dos Campeões da Europa (hoje é mais chique: UEFA Champions League). Eu não estou entre esses. "Isso é Libertadores" é uma frase tão clichê e tão sintomática da subcultura que não discuto mais isso. Não tem como comparar o futebol europeu com o sul-americano. A verdade é que "lá [na Europa] eles jogam futebol e aqui nóis joga bola", como me disse um vizinho de condomínio. Não estou a fim de discutir sociologia ou complexo de vira-lata (coisa mais velha que minha avó), que, no caso do futebol, hoje, é uma discussão distorcida, porque o fato é que um Juventus x Barcelona é muito mais espetacular do que qualquer "crássico" sul-americano, e sinto muito.

Em poucos minutos de Independiente Santa Fé x Santos, pela terceira rodada da Libertadores 2017, o time da Colômbia mostrou como se pode ser criminoso no futebol. Uma entrada de um colombiano, que deu uma voadora no lateral direito do Santos Victor Ferraz logo no início do jogo, foi apenas uma amostra de como é estúpida essa cultura de vale-tudo que vigora sob o manto de "isso é Libertadores". Se o jogador acerta o santista de jeito, poderia inutilizar o atleta para o futebol. O absurdo é que, apesar da violência dos colombianos, quem acabou expulso foi o Jean Mota, do Santos, aos 34 minutos do segundo tempo, por um segundo cartão amarelo burocrático.

A violência não parou por aí. Ela predominou no jogo dos colombianos, que para mim se tornaram símbolo da deslealdade com o lance em que o tal Zuñiga tirou Neymar da Copa de 2014. A esta observação acrescento a exceção honrosa do Atlético Nacional, da mesma Colômbia, que abriu mão da Copa Sul-Americana de 2016 em favor da Chapecoense, devido à tragédia que se abateu sobre o clube catarinense.

Palmeirenses protestaram no Facebook quando reclamei do alviverde ganhar do Peñarol aos 54 minutos do segundo tempo. Segundo palmeirenses, eu não falei da catimba dos uruguaios. Mas os palmeirenses não entenderam exatamente o que falei quando eu disse que, na Libertadores, vigora uma cultura futebolística de subdesenvolvimento, segundo a qual vale tudo e tudo vale. Inclusive a malfadada catimba, a violência e todo tipo de coisas estranhas extra-futebol, tais como um time mandante ganhar com um gol aos 54 minutos do segundo tempo. Eu não quero que meu time ganhe assim.

Mas, voltando ao jogo Santa Fé x Santos, o empate em 0 a 0, fora de casa, foi muito bom para o Peixe num jogo muito ruim. Terminado o primeiro turno (no qual fez dois jogos fora de casa), o alvinegro praiano é líder do grupo com 5 pontos. No segundo turno, fará duas partidas como mandante, contra o próprio Santa Fé e diante do Sporting Cristal (fora será contra o mais forte, o temível The Strongest, da Bolívia - apesar da ironia, o Strongest é enjoado mesmo, e uma boa equipe). Mas a classificação do Santos será tranquila.

E torço muito para o Santos pegar o Palmeiras em um mata-mata nesta Libertadores. Acho que o Santos é muito mais time, apesar de Dorival Júnior, e, se esse encontro acontecer, o Santos eliminará os palestrinos. 

sábado, 15 de abril de 2017

Manifesto do Projeto Brasil Nação - por Luiz Carlos Bresser-Pereira



Foto: Marcia Minillo/RBA


Do Facebook de Luiz Carlos Bresser-Pereira


- um manifesto em busca de um Brasil novamente unido em torno do desenvolvimento e da justiça

O movimento Projeto Brasil Nação nasceu da grande preocupação com o que está acontecendo com o Brasil. É um movimento político para devolver ao Brasil a ideia de nação. Hoje, ao invés de uma nação coesa buscando a democracia e a justiça social, como éramos nos anos 1980, somos uma sociedade dividida, na qual um governo nascido de um golpe parlamentar tenta impor ao povo brasileiro uma política liberal radical. Hoje, ao invés de uma economia que cresce fortemente, a uma taxa superior a 4 % ao ano, somos desde 1980 uma economia semiestagnada, crescendo menos de 1%. Estamos, portanto, diante de uma crise econômica de longo prazo, que foi agravada pela descoberta de um amplo esquema de corrupção envolvendo empresas, políticos, lobistas e funcionários de empresas estatais. Embora a corrupção envolvesse políticos de todos os partidos, ela abriu espaço para um liberalismo radical moralista, de direita, como eu nunca havia visto antes. Uma verdadeira luta de classes de cima para baixo. Dada esse diagnóstico geral, realizamos uma série de reuniões para redigir o manifesto que agora estamos tornando público. 

O nome do movimento Projeto Brasil Nação é constituído de três substantivos unidos que dizem bem o que queremos: um Brasil que volte a ser uma nação e tenha um projeto de desenvolvimento econômico, político, social e ambiental. 

A última vez que a nação brasileira foi forte e soberana foi nos anos 1980, quando nos unimos para aprovar uma Constituição democrática e social. Mas em seguida começou a divisão, porque os liberais a viram como excessivamente social, envolvendo uma carga tributária alta demais, e porque boa parte dos brasileiros perderam a ideia de nação diante da hegemonia ideológica do liberalismo internacional. Em consequência o Brasil, desde 1990, através da abertura comercial, da abertura financeira, das privatizações de monopólios públicos, e de uma política de altos juros e câmbio apreciado crônica e ciclicamente, passou a ter um regime de política econômica liberal, desindustrializou-se e passou a crescer a uma taxa per capita quatro vezes menor do que a vigente no regime de política econômica anterior, que era desenvolvimentista. No período em que o PT esteve no poder (2003-2015) houve tentativas de mudar esse quadro, mas fracassaram. Afinal, tanto nos governos conservadores como nos progressistas, a alta preferência pelo consumo imediato dos brasileiros refletiu-se no populismo fiscal e principalmente no populismo cambial, que aumentou artificialmente o valor dos salários e dos rendimentos rentistas (juros, dividendos e aluguéis) enquanto causava desindustrialização e baixo crescimento. 

Diante desse quadro, entendemos que precisávamos de um documento que não fosse uma simples manifestação de protesto e indignação contra o atual governo, nem pretendesse ser um projeto para o Brasil que cobrisse todos os campos. Precisávamos de um documento que enunciasse valores, e definisse apenas uma das áreas desse projeto – a econômica. Foi daí que nasceram os cinco pontos econômicos do projeto:  

(1) regra fiscal que não seja mera tentativa de reduzir o tamanho do Estado a força, como é a atual regra;  

(2) taxa de juros mais baixa, semelhante à de países de igual nível de desenvolvimento;  

(3) superavit em conta-corrente necessário para que a taxa de câmbio assegure competitividade para as empresas industriais eficientes; 

(4) retomada do investimento público;  e 

(5) reforma tributária que torne os impostos progressivos. Enfim, precisávamos de um programa que fosse uma clara alternativa tanto ao populismo cambial combinado com desrespeito aos direitos sociais, quanto ao populismo cambial. O manifesto define essa alternativa. 

São dois os próximos passos: obter através de internet um grande número de assinaturas para o documento; e conversarmos com os partidos políticos e movimentos sociais que estiverem interessados em esclarecer e aprofundar as questões e as políticas que estão no manifesto. 

É importante assinalar que o movimento Projeto Brasil Nação não é partidário. Nem pretende ter a chave para todas as questões. É um movimento de cidadãos que quer mostrar que EXISTE UMA ALTERNATIVA PARA O BRASIL – uma alternativa que poderá unir trabalhadores, empresários, classes médias em torno das ideias de nação, desenvolvimento econômico, diminuição das desigualdades e proteção do ambiente. 

Caso queira se juntar a nós, entre no link www.bresserpereira.org.br/ , leia o manifesto Projeto Brasil Nação, o subscreva, e passe a divulgá-lo para que outros também o assinem. E para que todos nós possamos mostrar que a nação brasileira não está morta, que não estamos condenados à dependência, à divisão interna, à desigualdade e ao baixo crescimento.




domingo, 9 de abril de 2017

Dia de Guarani x Portuguesa, dia de tradição e nostalgia


Clássico de hoje pela série A2 do paulistinha: Guarani x Portuguesa. Pode soar como brincadeira ou ironia, mas não é. São dois clubes de grande tradição. 

Hoje, no Brinco de Ouro, a Lusa vencia até os 47 do segundo tempo, quando o juiz deu pênalti pro Guarani. Foi mão na bola, segundo o juiz, apesar de eu achar que foi bola na mão. Dúvida. Mas, na dúvida, a arbitragem sempre foi e sempre vai contra a Lusinha. Eita sina. Final, 1 a 1. O Bugre está em quarto lugar e hoje estaria na semifinal, enquanto a Lusa perdeu a chance de se aproximar dos 4 líderes e, agora em décimo lugar, tem poucas chances de disputar o acesso à primeira divisão estadual.

Grandes histórias


O Guarani foi o primeiro e único time do interior paulista a ser campeão brasileiro (1978). A Lusa era um dos indiscutíveis cinco grandes de São Paulo. Nos anos 70 tinha uma esquadra onde formavam Zecão, Calegari, Badeco, Dicá e o grande Enéas, entre outros. 

Em 1996 foi vice-campeã brasileira, perdendo a final em Porto Alegre para o Grêmio por 2 a 0. O tricolor gaúcho tinha mais time, foi campeão com justiça, mas foi uma pena a Lusa não ter levantado a taça, porque merecia ter sido campeã nacional.

A Portuguesa já foi uma fábrica de jogadores. Entre muitos que revelou para o futebol brasileiro, estava Enéas (nome do herói do poema de Virgílio), que jogou na época de Pelé (Santos), Rivelino (Corinthians), Pedro Rocha (São Paulo) e Ademir da Guia (Palmeiras).


A Lusa de 1975: Enéas é o segundo da esquerda para a direita, agachado

O Guarani era uma indústria fabulosa de craques. Careca, Neto, Zenon, Luizão, Evair, .Djalminha! Todos foram revelados lá. Há quem considere que, se Careca tivesse jogado contra a Itália em 1982 em Sarrià, o Brasil não teria perdido para a Itália de Paolo Rossi por 3 a 2. Mas Careca estava fora, e jogou Serginho Chulapa, que não estava à altura daquele time de craques (apesar do valor de Serginho e de tudo o que fez). Estou entre os que acham isso.

No meu Santos, dois bicampeões brasileiros (2002 e 2004) vieram do Bugre: Elano e Renato.

Estive muitas vezes no Canindé. Numa delas, em 1993, testemunhei o gol de placa de Dener, o jovem craque que morreu tão cedo num acidente de carro (em 1994, com 23 anos). Naquele 1 de maio de 1993, numa partida em que o Santos vencia por 2 a 0 no segundo tempo, de repente baixou o capeta no jovem Dener e, em cerca de 15 minutos, o jogo estava 4 a 2 para a Lusa.

Lusa e Guarani são dois grandes que hoje infelizmente estão mergulhados numa luta melancólica para sobreviver.

O gol de placa (com narração do velho e bom Silvio Luiz) foi esse:


sexta-feira, 7 de abril de 2017

A versão idiota de Hollywood sobre a ciência e a ficção científica



Independence Day: exemplo de filme que ninguém deveria ver

Ler um livro sério sobre os temas ciência e astrofísica não quer dizer que você não possa dar risada, se o autor é capaz de tirar umas linhas para usar a ironia e o bom humor. Como eu  gosto de cinema, de ficção científica e também de ciência e astrofísica (lógico que como um pobre e leigo mortal), me diverti com uma passagem do livro Morte no Buraco Negro, de Neil deGrasse Tyson.

É o trecho de um capítulo em que o autor comenta filmes hollywoodianos de ficção científica, no qual discorre sobre abordagens falhas, absurdas ou simplesmente idiotas de alguns desses filmes, sob a ótica da ciência ou mesmo da lógica. Afinal, alguma lógica deve basear a ficção científica ou as suposições de vida alienígena inteligente.

Gosto muito de filmes de ficção científica, como a obra-prima 2001: uma Odisseia no Espaço (Kubrick, 1968), Blade Runner (Ridley Scott, 1882) e Interestelar (Christopher Nolan - 2014). E mesmo de filmes menos "sérios", digamos assim, como Guerra nas Estrelas (George Lucas, 1977) e De Volta Para o Futuro (Robert Zemeckis, 1985), sem os quais, reconheçamos, a vida seria um pouco menos legal.

Mas não tive o desprazer de ver Independence Day (Roland Emmerich, 1996). É sobre esse filme o comentário abaixo do livro de Neil deGrasse Tyson:

"E não me façam falar do sucesso de bilheteria do verão de 1996, Independence Day. Não acho nada particularmente ofensivo em alienígenas malvados. Não haveria indústria cinematográfica de ficção científica sem eles. Os alienígenas de Independence Day eram definitivamente maus. Pareciam um cruzamento genético entre uma caravela-portuguesa, um tubarão-martelo e um ser humano. Embora concebidos mais criativamente do que a maioria dos alienígenas de Hollywood, seus discos voadores eram equipados com cadeiras de espaldar alto e descanso para os braços.  

Alegro-me que, no final, os humanos vencem. Conquistamos os alienígenas de Independence Day fazendo um computador laptop Macintosh introduzir um vírus de software na nave mãe (que é por acaso um quinto da massa da lua) para desarmar seu campo protetor. Não sei quanto a você, mas eu tenho dificuldade em fazer upload de arquivo para outros computadores dentro de meu próprio computador, especialmente quando os sistemas operacionais são diferentes. Há apenas uma única solução. Todo o sistema de defesa da nave mãe alienígena devia ser alimentado pela mesma versão do sistema de software da Apple Computer usada pelo laptop que introduziu o vírus.

Obrigado por me ouvirem. Eu tinha que desabafar."

Aqui entre nós: muito bom esse desabafo.

Leia também:

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Interestelar: ficção inteligente, apesar de Hollywood

Um pouco mais sobre Interestelar