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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O que é ser de esquerda? [1]
Fernando Haddad, a política de trânsito e os 50 km por hora



Há tempos quero escrever uma série de posts sobre o que é ser de esquerda. Os temas perpassados por essa ideia são muitos: racismo, literatura, políticas públicas, linguagem etc. Começo por um tema aparentemente banal: as medidas que vêm sendo adotadas pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e que incorporam muito do que se chama de politicamente correto, mas nem tanto de uma visão verdadeiramente de esquerda.




Mesmo com a queda do Muro de Berlim, ser de esquerda não diz respeito a um conceito abstrato que deixou de ter razão no mundo contemporâneo, como querem alguns (ignorantes ou direitistas). Muito resumidamente, quem se situa no espectro da esquerda necessariamente se identifica com a defesa de princípios universais tais como humanismo, solidariedade, tolerância, harmonia entre as raças e gêneros, direitos humanos, igualdade, assim como com a prevalência dos direitos coletivos sobre os individuais, dos direitos dos trabalhadores sobre os do capital, da paz sobre a guerra, a prevalência do Estado laico, entre outros princípios.

Aqui entre nós brasileiros, devido aos curtos períodos de democracia espremidos entre ditaduras, e, em consequência disso, do desconhecimento histórico, as pessoas se arvoram em determinar o que é ser de esquerda com um simplismo assustador. Ser de esquerda muitas vezes se resume à identificação com pequenas políticas, sejam quais forem, desde que venham dos heróis eleitos (literal ou simbolicamente) para representar as pequenas políticas, hoje muitas vezes traduzidas pelo que se conhece como o politicamente correto.

Com esta série de posts pretendo falar de atitudes ou políticas elencadas numa espécie de cartilha tacitamente aceita para ser seguida pelos "esquerdistas" de hoje.

Começo então a série com temas que dizem respeito ao cotidiano dos paulistanos. Aqui, o fato de a capital de São Paulo ter uma tradição conservadora e ter sido governada por direitistas como Paulo Maluf ou Gilberto Kassab, ironicamente ministro das Cidades de Dilma Rousseff, obscurece a mente das pessoas que se dizem de esquerda ou acham que são de esquerda.

Disso, decorre que as pessoas, principalmente as mais jovens, rezam uma cartilha segundo a qual há verdades absolutas. Se o prefeito adota uma medida, não importa se bem ou mal executada, inteligente ou burra, técnica ou politicamente justificável, você tem de ser a favor, desde que a medida esteja de acordo com a cartilha. Se você não for a favor, você não é de esquerda.

Por exemplo, não importa se você sempre se posicionou (não só em palavras, mas sobretudo em atos) na defesa dos princípios universais citados acima. Se você tem críticas à implantação das ciclovias na capital de São Paulo tal como foi (muito mal) feita, ou se não está de acordo com a decretação de velocidade máxima de 50 km por hora na via local da Marginal, pronto. Você é um reacionário. Você não é de esquerda.

Eu concordo com a redução de velocidade em São Paulo. Mas não da maneira como foi feita, autoritária e sem critério. O limite é de 50 km/h tanto numa avenidazinha de pista única e estreita, como uma aqui perto de casa, como numa via expressa ou grandes avenidas de duas pistas e quatro faixas. Não faz o menor sentido. A redução de maneira linear e sem critério como foi feita só dá "brecha" a gente de direita, que aproveita para capitalizar o erro. Dá a impressão de que, como tudo o que Jilmar Tatto faz, é implementado sem estudos e por decreto.

É mais do que óbvio que o transporte público deve prevalecer sobre o individual; é mais do que urgente que a cidade deve incorporar o uso da bicicleta (ou a bike, como se prefere dizer hoje em dia) como um direito. É claro também que a cidade de São Paulo precisa se humanizar, o que pressupõe o uso racional dos automóveis e limites aos abusos e à irracionalidade.

Mas as medidas que mexem no cotidiano de milhões de pessoas têm de ser discutidas. De repente aparece uma animosidade política entre pessoas que usam bicicleta e as que usam carro muito como consequência de uma visão autoritária do atual prefeito (e eu posso garantir que o prefeito é considerado autoritário inclusive por deputados do PT paulista). Um pouco como o que aconteceu com os fumantes, que viraram inimigos públicos número 1 quando a lei do (lembremos) José Serra passou a vigorar em São Paulo. Fumar um cigarro ou dirigir seu carro parecem ter virado atos moralmente condenáveis como se fossem os fumantes e motoristas os responsáveis pelos males do mundo.



Se não me engano foi Roland Barthes quem escreveu o seguinte (citação de memória): as revoluções não acabaram com a opressão do homem pelo homem porque a opressão está na linguagem, não no poder político. Não concordo integralmente com tal redução, acho que as coisas são mais dialéticas, mas o que disse Barthes é uma variável que tem de ser considerada.

Nesse contexto, é negativamente muito significativa a seguinte afirmação do secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, em entrevista publicada na Rede Brasil Atual: "Sobre os que defendem o carro, não acho que é má-fé ou ideológico, acho que é burrice, mesmo. É um problema de inteligência". É obtusa, para dizer o mínimo, tal declaração de um secretário de governo que se diz de esquerda.

Se é fundamental numa sociedade justa e mais evoluída que o transporte público deve prevalecer sobre o individual e que haja espaço para o ciclista, são condições para isso que o transporte público seja decente e que haja diálogo entre o poder público e os cidadãos.

Mas não há diálogo, muito menos transporte público decente. O metrô de São Paulo (gerido pelo governo do Estado, nas mãos do PSDB há 20 anos) tem um terço da extensão necessária. A Cidade do México, que começou a construir seu metrô mais ou menos na mesma época que São Paulo, tem hoje cerca de 200 km de linhas, enquanto São Paulo tem 74 km. E o serviço de ônibus na nossa cidade só melhorou na gestão Fernando Haddad na velocidade, com os corredores e faixas exclusivas. Mas o serviço em si continua péssimo. Os carros que a prefeitura chama de ônibus são quase literalmente carroças com uma capa de metal chamada carroceria.

Dia desses peguei um ônibus que rangia e fazia tanto barulho que fiquei curioso para saber qual era o ano de fabricação do carro. Perguntei ao motorista. Resposta: 2015. É esse tipo de serviço que temos em São Paulo, com Kassab ou com Haddad no fim do terceiro ano de sua gestão.

Outra constatação: muitos dos que aplaudem cegamente as medidas de Haddad referentes ao trânsito não dirigem ou não têm carro, o que pressupõe desconhecimento ou um certo ressentimento, talvez.

O prefeito de uma cidade como São Paulo tem de procurar proporcionar ciclovias planejadas e implantadas com fundamentos técnicos, não no improviso e na imposição, como tem sido feito; tem de procurar desenvolver um sistema de transportes moderno, eficiente e confortável; tem de procurar proporcionar, sim, aos motoristas, vias (ruas e avenidas) bem sinalizadas, modernas, e pensar numa política de trânsito do século XXI, com um sistema de semáforos inteligente, ao invés de impor por decreto que a partir de hoje você é obrigado a andar a 50 km nas marginais.

Enfim, o prefeito tem de procurar governar para tentar construir uma cidade realmente inclusiva, cujas diferentes formas de linguagem convivam de maneira harmônica. Se isso é uma utopia, é em busca da utopia que um governo de esquerda deve caminhar. E não por imposições, como faz a gestão Haddad, cujo secretário chama os cidadãos de burros.

O prefeito tem de ser o mediador dessas linguagens, sobretudo quando falamos de uma megalópole como São Paulo. Quero crer que inconscientemente, o prefeito alimenta divisões com suas disputas e bandeiras do politicamente correto contra o politicamente incorreto, que é tudo o que um governo dito de esquerda não deve fazer na atual conjuntura de animosidade política no país, e principalmente em São Paulo.

Citei Roland Barthes acima porque me parece oportuno falar em linguagem, que tem a ver com cultura, que tem a ver com poder. Não é porque o cara adora bicicleta que é do bem e porque o cara gosta, prefere ou precisa de carro que é do mal. É comum atitudes de ciclistas francamente contrárias ao bom senso, à educação e a qualquer princípio de esquerda ou cidadania. Muitos deles desrespeitam leis de trânsito e pessoas e adotam posturas agressivas incompatíveis com o que quer que se entenda por esquerda.

César Ogata/SECOM
Haddad e seu secretário de Transportes, Jilmar Tatto, 
que prefere xingar cidadão de "burro" do que dialogar 

Vamos falar francamente: 1) Sob alguns aspectos, Haddad está agradando gente mais próxima do pensamento de uma Soninha Francine do que de pessoas que votaram nele, muitas das quais estão irritadas com seu afã de querer radicalizar; 2) essa restrição exagerada à velocidade obedece muito fielmente à necessidade de a prefeitura arrecadar com as multas, a chamada “sanha arrecadatória” do estado.

Algumas medidas que Fernando Haddad adota no seu afã de radicalizar e “falar” a linguagem dos jovens o levam a esquecer que São Paulo é uma megalópole multicultural.

Nesta megalópole há também muitos milhares de pessoas que estão aborrecidas com o prefeito porque aqui há quem, como eu, é de esquerda, respeita os direitos dos outros, anda a 10 km por hora quando tem um ciclista perto de seu carro, que nunca atropelou sequer um cãozinho, mas é um cidadão, também gosta de dirigir, gosta de vias decentes e de uma política de trânsito competente. Que pecado há nisso?

Curiosamente, hoje a imprensa (a chamada mídia conservadora) publica balanço segundo o qual caiu em 27% o número de acidentes com vítimas nas marginais com o novo limite. Esse é o argumento principal. Vamos considerar, com boa vontade, que o balanço da CET seja fidedigno, e não manipulado. Mas tal argumento, levado ao limite, nos levaria a concluir que a melhor solução seria então que todos os carros ficassem parados, o que reduziria os acidentes em ideais 100%. O que me parece fundamental é que houvesse punição real a quem provoca acidentes criminosos. É comum que ricos cheios de dinheiro atropelem e matem (não raro, dirigindo bêbados) e fique tudo por isso mesmo. Se esses criminosos fossem punidos exemplarmente, se a lei previsse enquadramento inafiançável e outras sanções severas, não haveria necessidade de se recorrer ao mais simples.

O ex-presidente Lula, de cujo governo Haddad foi um ótimo ministro da Educação, como sempre foi preciso ao fazer o comentário em tom de brincadeira, no dia 1°, no lançamento do Memorial da Democracia no ABC paulista: "O Haddad tinha se comprometido a vir, mas não compareceu. Vai ver que ele tá vindo a 50 por hora, não chegou ainda aqui em São Bernardo. Ou tá vindo de bicicleta."

Humor (tão em falta hoje em dia), ironia e mordacidade. E não digam que Lula não é de esquerda. Ou pelo menos de centro-esquerda, como se depreende da leitura de Os sentidos do lulismo, de André Singer. Mas aí já é outro (longo) assunto.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cadê os ônibus, Jilmar Tatto?


Apesar das medidas espetaculosas do secretário Municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, e do próprio prefeito ter resolvido mostrar que, como cidadão, deve andar de ônibus, muitas coisas estão erradas na cidade de São Paulo na área de transportes, quase 14 meses após Fernando Haddad assumir a prefeitura.

Clique nas imagens para ampliar
+ de 1h espera PT – Addad Cadê Os Ônibus?
– diz, literalmente, pichação na av. Eiras Garcia, no Jd. Bonfiglioli

As medidas espetaculosas da gestão incluem as faixas de ônibus, reverberadas como solução para o transporte público por todos os setores, dos ligados a Soninha Francine aos ativistas do MPL.

Este humilde blogueiro ou qualquer pessoa de bom senso apoia a necessidade de se priorizar os ônibus em relação aos automóveis. Mas não à maneira de Jilmar Tatto, que Haddad acata talvez sem conhecer a fundo, apesar de o prefeito andar de ônibus como se fosse um Jânio Quadros.

Riscar avenidas com uma faixa branca e dizer que a partir desse momento, por decreto, a cidade vai funcionar assim ou assado não faz com que a cidade funcione. E a política de Jilmar Tatto não está funcionando. Não foi planejada. É improvisada e mal feita. Ele e o prefeito dizem que os ônibus andam agora mais rápido graças às faixas. Mas cadê os ônibus? 

Deixar o carro em casa em fins de semana e esperar ônibus para passear aos sábados e domingos é um exercício que eu convidaria o secretário Jilmar Tatto a fazer.

Moro no Butantã. E aqui no Butantã, da Vila Gomes ao Jardim Bonfiglioli, em dias úteis a fins de semana, os serviços de ônibus da prefeitura pioraram com a gestão Haddad/Jilmar Tatto. É triste, mas até malufistas dizem isso e você fica sem argumento, porque é uma lamentável verdade.

A linha 577-T, que ligava o Jd. Miriam à Vila Gomes, uma linha importante da cidade (e quem conhece sabe do que falo), subitamente desapareceu, como muitas outras na cidade.

Nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, ocorre nova manifestação, em frente à estação Butantã do metrô, pela volta do 577-T, o “Azulzinho”, que a prefeitura permitiu ser suprimida graças à política ainda não muito clara de Tatto.



No último dia 20, o secretário se comprometeu a receber comissões de moradores de regiões que tiveram alterações inexplicáveis em linhas de ônibus população. Leia aqui. A ver.

A causa do Butantã eu conheço e apoio. Jilmar Tatto está devendo explicações sobre sua, até agora, pífia gestão.



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O simbolismo da reabertura do Cine Belas Artes


A reabertura do Cine Belas Artes em São Paulo, prevista para acontecer em cerca de 4 meses, deve ser vista como mais importante do que o fato em si, pelo caráter simbólico. O prefeito Fernando Haddad disse ontem que a reinauguração das salas de cinema “se insere num contexto maior” de sua gestão. Segundo ele, a cultura deve ocupar os espaços públicos como disseminadora da cidadania.


Foto Letícia Macedo


O secretário Juca Ferreira afirmou que o mandato do atual prefeito “resgata uma cidade que estimula o espaço público como espaço da cultura”.

Outro dado muito relevante é que, conforme explicou Haddad, a prefeitura participará da parceria fechada com a Caixa Econômica Federal com um instrumento recém-criado, e valioso, a SP Cine, que vai ter o direito de utilizar as salas de exibição para o cinema brasileiro e para os filmes produzidos pela própria empresa municipal. “A SP Cine vai ter uma sala no Belas Artes, patrocinando o cinema brasileiro ou o que é produzido no Brasil”, disse ele.

No final de dezembro, o prefeito sancionou a criação da SP Cine, agência municipal de fomento ao cinema na cidade, antiga reivindicação de produtores, diretores e atores paulistanos.

Quem conhece São Paulo sabe do simbolismo da reinauguração do Belas Artes, na esquina da Rua da Consolação com avenida Paulista, e do estado de deterioração a que esse local chegou nos últimos anos.

O túnel que passa por baixo da Consolação, do Belas Artes ao Riviera, vai virar um espaço cultural.

Enfim, há quem não dê tanta importância à política cultural de uma gestão. Mas ela revela de fato muito mais do que parece.


Leia mais sobre a reinauguração do Belas Artes em matéria da RBA.

sábado, 19 de janeiro de 2013

MP instaura inquérito para apurar financiamento de UFC por Kassab


Da Rede Brasil Atual

O Ministério Público de São Paulo instaurou na quarta-feira (16) inquérito civil para apurar possíveis irregularidades e prejuízos aos cofres públicos relacionados ao acordo pelo qual a prefeitura de São Paulo investe R$ 2,5 milhões em patrocínio para a realização do evento UFC Brasil 2013, neste sábado, 19 de janeiro, no Ginásio do Ibirapuera. O contrato foi assinado com a empresa IMX, agência de marketing esportivo formada pela EBX, holding do bilionário Eike Batista, e a gigante multinacional IMG.


Divulgação/UFC
O lutador Daniel Sarafian, Kassab e a executiva responsável
pelo marketing do UFC, Grace Tourinho, em 28 de dezembro

O ex-prefeito Gilberto Kassab assinou o acordo em 28 dezembro de 2012, último dia útil de sua gestão. O inquérito, instaurado pelo promotor de Justiça Valter Foleto Santin, recomenda a suspensão do patrocínio do evento. A justificativa é de que “o valor destinado supera em mais de 70% a verba para eventos da Secretaria Municipal dos Esportes, Lazer e Recreação para 2013”, segundo a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital.

De acordo com a portaria de instauração do inquérito, o valor dispendido pela prefeitura para a realização do evento é um “gasto desnecessário, abusivo e excessivo de recursos públicos em atividade não olímpica”. O MP pede ao atual prefeito, Fernando Haddad, e ao secretário de Esportes, Celso Jatene, que forneçam em dez dias informações sobre a situação legal do patrocínio.

No dia da assinatura do contrato com a IMX, o então prefeito justificou o ato por considerar o evento "muito importante, que vai trazer visibilidade para a cidade”. Na ocasião, de muito bom humor, Kassab chegou a simular um combate contra o lutador brasileiro Daniel Sarafian, presente ao evento.

Leia também:

MMA: rinha de seres humanos ou de animais?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Marcos Assunção, do Palmeiras, declara apoio a Fernando Haddad


Foto: Paulo Pinto/Campanha Haddad
"Sei como é a vida das pessoas da periferia", diz volante do Palmeiras

“Estamos juntos. Confio muito nele [Haddad]. É um cara que trabalha muito pela periferia, pelas pessoas mais sofridas, que trabalha e acorda às quatro da manhã para sustentar seus filhos. É por isso que estou aqui.”

Assim o volante do Palmeiras Marcos Assunção anunciou nesta quinta-feira, 25, no Diretório Municipal do PT, seu apoio à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.

“Eu nasci num barraco de madeira e sei como é a vida das pessoas da periferia.” O jogador, revelado pelo Rio Branco de Americana, nasceu no Jardim Rincão, em Paradas de Taipas (zona norte da capital).

Aos 36 anos e próximo de pendurar as chuteiras, Assunção comparou as carreiras de um político e um jogador de futebol. “A vida do político é igual à do jogador. Chega a hora que tem de parar para dar lugar ao mais jovem. E está aí o mais jovem, com novas ideias. Espero que ele faça da cidade de são Paulo uma cidade justa e boa de se viver”, comparou.

Rogério Ceni

Na semana passada, outro atleta de grande clube da capital também manifestou apoio a um candidato. O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, anunciou seu voto no candidato José Serra (PSDB). “Torço muito pelo Serra”, disse o goleiro.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

"José Serra mente", diz Marta no Twitter


A senadora Marta Suplicy (PT-SP) rebateu nesta terça-feira (4) no Twitter a ataque de José Serra (PSDB), em seu horário eleitoral, à gestão dela entre 2001 e 2004 como prefeita de São Paulo. Segundo Serra, ela deixou a prefeitura falida.

Há oito dias, Marta se engajou na campanha de Fernando Haddad e previu que o petista iria ao segundo turno com Russomanno.

Seguem as postagens de Marta no twitter e, abaixo delas, tal como postado no perfil da senadora, o documento citado por ela (“Balanço/2004, assinado por Mauro Ricardo, secretário de Finanças do Serra”).



1) José Serra mente. Usou de má-fé no passado e continua com o mesmo expediente. (segue)

2) Em janeiro de 2005 (Serra) poderia pagar todos os compromissos que venciam naquele mês porque dispunha de dinheiro em caixa (segue)

3) Deixamos na PMSP R$ 358, 6 milhões, p/ contas q somavam R$ 267, milhões. Superávit de + de R$ 91 milhões, segundo constatou o TCM (segue)

4) Serra tinha outros interesses políticos, fabricou o caos, deixou de pagar fornecedores, assustou credores, criou situações falsas (segue)

5) Serra deixou se formarem filas de gente desesperada à porta da Prefeitura. Mais prova de sua má-fé? (segue)

6) Serra arrecadou, até o final de junho de 2005, mais de R$ 7,42 bilhões, e teve despesas de pouco mais de R$ 5,15 bilhões. (segue)

7) Serra deixou + de R$ 2,27 bilhões investido no mercado financeiro, em meados de 2005. Poderia ter pago credores da PMSP. Fabricou caos!

Balanço/2004, assinado por Mauro Ricardo, secretário de Finanças do Serra, comprova: deixei R$ 358,6 milhões em caixa

http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/financas/contas-publicas/Balanco-Financeiro-2004.pdf