sábado, 21 de maio de 2011

Tiros e bombas contra a Marcha da Maconha em São Paulo

Da série Epísódios da truculência tucana

Cenas na tarde de hoje, sábado, na avenida Paulista, em São Paulo, por ocasião da Marcha da Maconha, que, proibida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, foi realizada como uma manifestação "pela liberdade de expressão".

A brutalidade da Polícia Militar, seja de Geraldo Alckmin, seja de José Serra, não tem limites. Onde está a liberdade de expressão se um punhado de jovens pacíficos é tratado a tiros e bombas por exercer um direito que lhes garante a Constituição do Brasil?



"A repressão policial à maconha, em menos de 80 anos, já causou mais mortes e prejuízos do que o uso da erva jamais poderia ter causado em toda a história da humanidade." (Túlio Vianna - Revista Fórum n° 98 - maio de 2011)


Leia também relatos de outros episódios:

Relatos sobre a truculência tucana [2] – Vila Madalena

Ginásio da Fito (Osasco)

Eleição de 2010

Alckmin começa seu governo atacando estudantes

Polícia de Alckmin não pára de cometer barbaridades

Atualizado às 02:26

3 comentários:

Mayra disse...

É inacreditável que a gente esteja vivendo isso, de novo, nesta cidade! Eu fui à manifestação do churrascão em Higienópolis absolutamente tranquila em relação à segurança que o Estado deve à população em todos os sentidos, inclusive, quando essa população quer se manifestar, porque isso é um direito conquistado no nosso país, com um bocado de lutas das quais a nossa geração participou ativamente. Mas eu tinha me esquecido que a gente vive sob a administração política do povo das trevas há quase 20 anos no estado de SP! Agora, uma semana depois da manifestação em Higienópolis, a gente vê a polícia tratando outra manifestação absolutamente pacífica e legítima com a costumeira violência tão comum aos atuais governos da cidade e do estado. Que tristeza, na verdade, a gente não pode mais ir às ruas em SP se manifestar contando com o direito a uma polícia democrática.

Paulo M disse...

De qualquer maneira, acho que terem aberto o debate (não só no Brasil) de maneira tão contundente sobre a legalização da maconha é inédito e é algo que tende a tomar corpo, enquanto o governo Alckmin não, é efêmero. Acho que esse "debate" é o mesmo que pôs em cheque a homofobia e o preconceito racial. "A História é um carro alegre."

Mayra disse...

É, Paulinho, mas acabo de saber que a marcha da maconha teve 10 mil adeptos na semana passada na hermana Buenos Aires. Sem repressão, num boa. Nessas horas, quando a gente compara os governos, a história fica triste.