Foto: Waldemir Barreto |
Marta Suplicy é autora de um projeto sobre o tema que está parado no Congresso há dez anos. Segundo ela, o projeto já está obsoleto.
No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, o ministro Luiz Fux destacou: “O homossexual, em regra, não pode constituir família por força de duas questões que são abominadas por nossa Constituição: a intolerância e o preconceito”.
Já a ministra Ellen Gracie disse em seu voto: “O reconhecimento, portanto, pelo tribunal, hoje, desses direitos, responde a um grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida”.
O Estado laico
A Igreja Católica, obviamente, protestou. Vejam o que disse d. Orani João Tempesta, arcebispo do Rio: "A definição do que é uma família não nasce do voto ou da opinião de um grupo majoritário. É algo de direito natural, está inscrito na própria condição humana". Pitoresco, isso, “direito natural”.
O Judiciário brasileiro, enfim, tem se manifestado a favor do Estado laico, como manda nossa Constituição, contra essas filosofias obscurantistas que perduram através dos séculos. Assim foi também na histórica decisão de maio de 2008, quando a Suprema Corte aprovou as pesquisas com células-tronco embrionárias no país.
2 comentários:
Boa notícia, que para muitos, infelizmente, não é tão boa assim.
Além de se reconhecer oficialmente o direito aos homossexuais, também impomos mais uma derrota às facções reacionárias da sociedade, que nos fazem involuir num abismo social: a Igreja, o modelo arbitrário de família ideal e os homófobos violentos que andam soltos por aí, espancando inocentes. Fico mais feliz ainda quando lembro que votei nessa mulher pra Senadora, um patrimônio político, Marta Suplicy.
Grande Marta ! E pensar que Bolsonaro comentou que agora só falta aprovar a pedofilia, é demais da conta.
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