A ministra da Cultra, Ana de Hollanda, cuja nomeação foi recebida até como algo glamouroso, é hoje uma personagem indesejada e mal vista até mesmo por quem a apoiava. Se a razão prevalecer e ela for devidamente defenestrada do MinC, será um fim melancólico para quem tomou posse dançando, executando passos de samba de roda e coco, e ficará registrada na história como “a ministra do Ecad”, o sinistro Ecad.
Como constata matéria de hoje do jornalista Anselmo Massad na Rede Brasil Atual, o ator José de Abreu já defende a troca da ministra. "A política do ministério foi aprovada pelo voto; o eleitor aprovou o governo Lula e o Ministério da Cultura, que precisaria ser continuado", afirma Abreu, que até março, ao mesmo veículo, dizia ser preciso dar mais tempo à ministra. "Defendo que se busque um nome que não leve a mais atritos ao ministério", disse.
Nas duas casas do Congresso Nacional o descontentamento é mais do que público. "Uma pessoa não pode continuar no Ministério da Cultura para barrar uma política que já foi aprovada nas urnas”, disse o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) ao jornal O Estado de S. Paulo ontem.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) defende que já há elementos para se criar uma CPI "sobre as relações do Ministério da Cultura com o Ecad", referindo-se a e-mails trocados entre dirigentes do Ecad, cujo conteúdo foi publicado no Globo.
Na segunda-feira, em seu blog, o jornalista Renato Rovai postou que “Petistas articulam Marta Porto como opção a Ana de Holanda”. Rovai defende a substituição da ministra, por ter lançado uma "ofensiva contra a liberdade do conhecimento".
Outro nome comentado é o de Sérgio Mamberti, já cogitado para comandar o Minc desde o primeiro mandato de Lula, que acabou optando então por Gilberto Gil.
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Um comentário:
É, já caiu de madura... Compartilhei seu texto no Feicebuqui.
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