A Secretaria de Educação do governo de Minas Gerais, do tucano Antonio Anastasia, sucessor de Aécio Neves, aplicou em fevereiro uma prova do Programa de Avaliação de Aprendizagem Escolar 2011 a alunos do ensino médio com uma questão vinculando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao “mensalão”.
Uma das questões do exame, de história, trazia uma charge adulterada do cartunista Jean, publicada na Folha de S. Paulo em 2007. O enunciado da questão 17 (código 326580) era o seguinte: “Ao se referir à distribuição de boletins em porta de fábrica, essa charge:” A resposta considerada certa, alternativa D, segundo a própria secretaria, era: “sugere, ironicamente, uma relação entre os movimentos sindicais do início da década de 1980 e o ‘mensalão’, refletindo sobre o processo histórico que levou os mesmos personagens de uma luta pela valorização do trabalhador à corrupção política".
A charge original publicada na Folha foi intitulada “CPMF" e nela Lula distribui "favores" e "cargos" a políticos. Na prova, o título é "Operação Abafa", e Lula dá dinheiro mesmo.
“Se o aluno não tiver a visão do governo do Estado, vai ser mal avaliado", protestou o deputado estadual Rogério Correia (PT). Depois da aberração ter repercutido em todo o país entre ontem e hoje, a Secretaria de Educação reconheceu o erro.
Os tucanos acusam os governos petistas de aparelhar o estado. Como caracterizar então tal prática? A gente aqui em São Paulo sabe do nível rasteiro da educação nas escolas estaduais, de onde as crianças e jovens saem mal sabendo ler e escrever. Pelo visto, em Minas é pior.
Um comentário:
Nossa... não tinha visto essa notícia ainda. Tá vendo do que o pessoal do Aécio é capaz? Exatamente das mesmas estratégias inescrupulosas do Serra, só que com o detalhe nada desprezível de fazer as coisas de modo menos explícito, acho...
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