quarta-feira, 4 de abril de 2012

Popularidade de Dilma sobe e supera FHC e Lula no mesmo período de seus governos


A popularidade da presidente Dilma Rousseff subiu cinco pontos percentuais. Sua aprovação pessoal (ótimo e bom) foi de 72%, em dezembro passado, para 77% em março de 2012, segundo pesquisa Confederação Nacional da Indústria (CNI)/ Ibope divulgada nesta quarta-feira, 4. Dos entrevistados, 12% desaprovaram a presidente e 14% não responderam.

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

No mesmo período de seu primeiro mandato, o ex-presidente Lula tinha 54% de aprovação pessoal. Fernando Henrique Cardoso contava com 60%. Além disso, Dilma chega à aprovação mais alta desde que assumiu a presidência.

O percentual de pessoas que confiam em Dilma Rousseff subiu de 68% para 72%, no mesmo período. E a parcela da população que considera o governo ótimo ou bom manteve-se estável em 56%.

As áreas mais mal avaliadas foram impostos (65% de desaprovação), saúde (63%) e segurança pública (61%). E 60% dos entrevistados consideram o governo Dilma igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Note-se que duas áreas importantes (cultura e meio ambiente), que têm sido passíveis de críticas justas da comunidade cultural e de ecologistas, não aparecem entre as campeãs de insatisfação. É claro, são áreas que não têm apelo das massas, infelizmente, o que não colabora para que sejam gerenciadas como se espera de um governo popular.

A pesquisa da CNI/Ibope ouviu 2002 pessoas em 142 municípios entre 16 e 19 de março. A margem de erro é 2 pontos percentuais.

2 comentários:

Mayra disse...

Cultura e meio ambiente não têm apelo popular, mas têm um baita apelo nas redes sociais. A batalha tá lançada.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Não querendo menosprezar o governo Dilma que, apesar das justas críticas construtivas que merece em diversos assuntos, foi o governo para quem eu dei meu voto na última eleição, mas essas pesquisas de popularidade cada vez mais se confundem com o sentimento de bem estar da "massa". E, dado que vivemos numa sociedade capitalista, como todos nós trabalhadores bem sabemos (rs), o sentimento de bem estar está intimamente, carnalmente atrelado ao bem estar econômico. E, fato, a economia brasileira vai bem, apesar da imprensa vir ressaltando nas últimas semanas os baixos índices de crescimento (como se bem estar econômico fosse medido somente pela taxa de crescimento anual do PIB; com as últimas análises da grande imprensa sobre isso fica parecendo que atualmente está melhor morar no Perú, que cresce a 9%, que no Brasil). A economia vai bem, sobe a taxas modestas mas é estável, o desemprego é baixo e o nível de endividamento civil ainda é aceitável, as pessoas vêem um bom horizonte econômico para poupar e investir, etc. E, last but not least, é perceptível que desde que Lula assumiu o poder o salário mínimo vem sendo reajustado de forma razoavelmente justa (tanto é que a senzala moderna, o quarto de empregada, está saindo cada vez mais cara para as tais classes A e B). A vida da massa vem melhorando, lentamente mas melhorando, um pouco por causa de ações diretas dos governos Lula e Dilma, e um pouco pela "boa maré" econômica na qual vêm andando os tais dos BRICS. O perigo é que no sistema capitalista só há uma certeza (como diz David Harvey, o capitalismo ao menos é interessante porque não é um sistema nem um pouco tedioso): a próxima crise virá.