quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Monteiro Lobato, pasmem, é a nova vítima do politicamente correto

A polêmica sobre o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) – que recomenda censurar o livro Caçadas de Pedrinho nas escolas públicas – é emblemática. Porque trata-se de uma visão autoritária. E é (uma tentativa de) censura, sim. A obra de Monteiro Lobato não é apenas a literatura que encantou gerações de precoces amantes das letras, da poesia, da imaginação. É também história, se assim o quiserem. Publicada em 1933, a obra do genial criador do Sítio do Picapau Amarelo não poderia retratar uma sociedade do século XXI, poderia?

Sou um privilegiado, por ter podido ler Monteiro Lobato. Acho muito mais importante trabalhar para que muito mais crianças leiam do que perseguir algumas páginas de um escritor fundamental para a formação de muitos de nós. Diz-se que Buenos Aires tem mais livrarias do que há no Brasil inteiro. Este nosso país precisa de educação, de alfabetizar milhões de pessoas que no futuro possam comprar e ler livros, precisa que os 700 mil jovens carentes que fazem faculdade graças ao ProUni sejam muitos milhares mais, e não adotar medidazinhas supostamente anti-racistas censurando Monteiro Lobato. O que é isso, minha gente? Que burrice!

Como disse minha amiga Camila Claro (uma das entrevistadoras do livro Escritores, ótima coletânea de entrevistas), por e-mail, dia desses: “Espero que os projetos sociais possam fazer mais do que estimular o consumo e embalar a economia, o fim da miséria inclui colocar livros, e não só TVs e motos, na casa das pessoas”.

Tempos atrás li um libelo bem-humorado, uma crônica do Mouzar Benedito na revista Fórum, sobre essa (para mim) insuportável onda do politicamente correto (em todos os setores: política, artes, futebol, jornalismo...). A certa altura, Mouzar escreve que, do jeito que as coisas vão, daqui a pouco não poderemos falar Neguinho da Beija-Flor. Vamos ter que dizer Afrodescendentezinho da Beija-Flor. Daqui a pouco Lewis Carrol será proibido sob a acusação de pedofilia. Ou a Bíblia terá de ser censurada por conter visões da mulher dignas de aiatolás. Ou Nietzsche será relegado às galés sob a acusação de nazismo. Ou... Onde vamos parar?

O Estado tem o direito de, por exemplo, não adotar o livro em questão nas escolas. Ponto. O que por si só já seria censura, o que é grave. Mas o Estado não tem o Direito (com D maiúsculo) de meter o seu carimbo, o seu dedão, numa obra literária, rotulando ou acusando-a do que quer que seja. Muito menos em Monteiro Lobato. Ademais, Tia Anastácia é uma criatura adorável! Na minha mente infantil, eu sempre gostei mais dela do que da dona Benta. Curioso, porque dona Benta se parece com minha avó paterna, italiana, enquanto Anastácia lembra minha avó materna, baiana. Tenho olhos verdes, beiços grossos, não sou racista, adoro Monteiro Lobato e acho que a ignorância tem cura, mas a burrice não.

De minha parte, espero que o ministro Fernando Haddad (que é um homem sensato) não volte atrás em sua posição, anunciada há uma semana, de não homologar o parecer do CNE contrário à distribuição, para escolas públicas, do livro Caçadas de Pedrinho.


PS: O ministro da Cultura, Fernando Haddad, como postado em comentário a esse post, sendo um homem de bom senso, culto e democrático, deu um parecer sobre essa tosca tentativa de censurar Monteiro Lobato. Escreveu Haddad (em novembro de 2010): "Recebi muitas manifestações para afastar qualquer hipótese, ainda que por razões justificadas, de censura ou veto a uma obra, sobretudo no caso de Monteiro Lobato (...) Eu relativizaria o juízo que foi feito. Pessoalmente, não vejo racismo [na obra de Lobato]".

14 comentários:

Ana Rohrer disse...

Edu, concordo em tudo com suas palavras... simplesmente um absurdo o que pretendem fazer com tal obra...
E em relação ao politicamente correto, chegará o dia em que não mais poderemos dizer que o nome do famoso petisco é "nega maluca" (queijo, azeitona, picles e salsicha)e sim, teremos que dizer: por favor, me veja uma porção de "afro descendentente com distúrbios neuro-psicológicos". Ora, façam o favor!!!!

Victor disse...

Diversidade, pluralidade e liberdade de expressão. Agora o politicamente correto é bom, na minha opinião, para provocar discussões sobre o tema e despertar algumas pessoas que nunca se incomodariam com o assunto se não notassem que algo mudou na maneira de falar, mesmo que provoque humor com disse a Ana. O que muda é a conscientização e não a maneira de se expressar, mas esta causa um estranhamento e chama para a conscientização. Por exemplo: falara todos e todas, chama atenção e faz pensar, é uma espécie de cotas para certos conceitos. Até agora é isso que acho. Vamos dizer que é uma posição intermediária. Pode? Rsrs

Mayra disse...

A onda do politicamente correto tem um lado bacana, claro, de detonar discussões, de polemizar muitas vezes questões jamais sequer, antes, tocadas no debate público. Tem também, em muitos casos, o mérito de trazer à tona questões referentes às “minorias” – bem entre aspas porque as questões próprias do gênero feminino estão nessa onda, mas as mulheres até onde sei não são minoria... O problema é que muitas vezes, no momento histórico atual, o politicamente correto pega carona publicitária em outras esferas e de modo inescrupuloso impõe a sua causa como sendo a única causa que verdadeiramente importa. Lembro do triste imbróglio recente com a obra “Bandeira branca”, de Nuno Ramos na Bienal deste ano. O politicamente correto ecológico não só pôde pichar impunemente a obra do artista, como também teve cacife e voz para destruí-la: os urubus – fonte da ira dos defensores dos animais maltratados pela arte inescrupulosa e diabólica – foram retirados da obra – urubus, que se faça justiça, foram certamente os urubus mais bem tratados da história dos urubus em toda humanidade, com direito a veterinário e tratador em visitas diárias à bienal, fora as autorizações dadas pelo próprio Ibama, fora o fato de já ter sido exposta a mesma obra em outra cidade etc. Mas na bienal a obra, todas as obras, tem muito mais visibilidade, portanto, fazer uma manifestação nesse contexto reverbera muito mais. Foi uma jogada publicitária dos ecológicos que deu certo. Mas a obra, na polêmica toda, em nenhum momento foi discutida, debatida, interpretada, isto é, a obra - tremendamente interessante sob diversos aspectos, sobretudo no aspecto político, a gente não pode/deve esquecer que a proposta desta bienal é justamente instigar a conversa entre a arte & política – ficou “esquecida”, na verdade, a arte foi atropelada pela questão ecológica, ou pela necessidade de publicidade desse tipo de discurso, que reverbera na sociedade, a gente não pode esquecer isso. Com essa polêmica agora em relação à obra do Lobato é exatamente o mesmo esquema. Não há nem sombra de discussão, na sociedade atual, sobre o fato catastrófico de que a literatura praticamente não entra mais na sala de aula do Brasil – os professores de português, de um modo geral, têm uma formação pífia em literatura, quando não têm nenhuma, compreensivelmente não se sentem à vontade para trabalhar com o texto literário em sala de aula; bem, esse é um dos tantos fatores que contribuem para a exclusão da literatura na vida das pessoas, há, infelizmente, um rosário de outros. E na esteira do pensamento autoritário (do qual o discurso do politicamente correto é uma ramificação), e de sua indiscutível limitação no exercício do confronto das idéias, daí sua “burrice” de fundo, a gente teve um 2° turno assustador que demonstrou, com eloquência, a existência de uma parcela significativa da sociedade brasileira predisposta a se identificar com esse tipo de visão, cujo lema mais assustador é aquele velho bordão dos fins que justificam os meios...

Edu Maretti disse...

Não sei se "a literatura praticamente não entra mais na sala de aula do Brasil" ou se entra de maneira capenga, tosca, por meio de professores mal preparados (não necessariamente por culpa deles, pois ganham mal e não são valorizados). Acho que entrar até entra, pois um currículo básico tem de ser cumprido, mas daquela maneira... decoreba e resumo, por exemplo, que só afasta os alunos do gosto pelas obras. Enfiam José de Alencar aos meninos e obrigam ler.

De qualquer maneira, como eu disse no post, com tanto para se fazer e melhorar na educação e na cultura do país (a cultura, gente!), acho revoltante que haja quem venha inventar ideias de censura a uma obra essencial como a de Lobato. Francamente.

carmem disse...

Francamente, o pior de tudo foi que a obra de Monteiro Lobato ficou, durante anos, proibida de ser (re)editada por motivos de disputa de herança, isso sim, pra mim, foi revoltante. Que se leia e se discuta, que se traga à consciência os fatos, as questões; esconder, maquiar, usar de subterfúgeos não enriquece, não esclarece.

Victor disse...

Talvez pela literatura não ter o espaço que deveria ter entre alunos e professores, a famigerada Revista Veja entra na sala de aula para ser foco dos trabalhos e discussões...meu Deus !

Edu Maretti disse...

Isso, Victor, mostra o nível da educação no Brasil. Assustador. A CArtaCapital recentemente deu uma lista de gastos do governo de SP com publicações da Abril. Milhões. Está aí um dos focos do problema de SP não sair das mãos tucanas. Eles vão doutrinando a partir das escolas.

Boa a lembrança da Carmem. Lobato ficou muito tempo longe das livrarias por disputas familiares. Absurdo.

Nicolau disse...

Edu, não sou muito de politicamente correto, mas calma lá. O parecer do MEC em momento nenhum recomenda a proibição do livro. Recomenda que a questão do racismo seja contextualizada em prefácio e que os professores sejam preparados para lidar com essa questão. Está tudo aqui neste bom post do Sérgio Leo:

http://verbeat.org/blogs/sergioleo/2010/10/o-equivocado-ataque-ao-mec-por-causa-do-monteiro-lobato.html

Alguém aí é contra? Eu não sou. Claro que Monteiro Lobato é genial e é absurdo pensar em proibí-lo. Claro que a obra dele vai retratar a época em que viveu. Mas, citando o posto do cabra, "o fato é que há, sim, racismo nas obras de Lobato, e o drama do MEC é como lidar com isso. Não se pode simplesmente derramar o racismo de um fazendeiro paulistano genial dos anos 30 sobre a cabeça das crianças negras, brancas e pardas do século XX". A já combalida e atacada auto-estima das crianças negras agradece.

Abraços a todos!

Edu Maretti disse...

Bom, Nicolau, respeito mas discordo da sua opinião.

Carmem disse...

Olhe, não discordo de maneira alguma do peso das palavras de Monteiro Lobato sobre os negros, mas fico a indagar o que é melhor, esconder ou discutir?

A literatura é sempre fonte de debate e, na minha opinião, o debate é sempre melhor que o nada. Essa polêmica me trouxe a resposta sobre um fato: estava eu saindo numa manhã, pelas "alamedas" do meu condomínio classe média, e me deparo com a seguinte cena: uma senhora mulata chama uma criança branca que estava brincando no parquinho dizendo a ela que pegasse o seu calçado e subisse pro seu apartamento, no que a criança responde – ah, sua preta...– não consegui ouvir o final da frase mas percebi o constrangimento da senhora que, claramente, se sentiu ofendida. Esse debate me responde o seguinte: por mais dolorosa que seja, a discussão é sempre melhor do que o silêncio.

É interessante perceber a ambiguidade de sentimentos causados pelas frases de Monteiro Lobato nas pessoas, mas consegui perceber uma coisa: é que, a partir da leitura, de Lobato, elas tiveram sensações que as levaram a um pensamento crítico, e é nisso que acredito.

Não consigo compactuar com a ideia de que as crianças têm que ser "protegidas" ou subestimadas, as crianças são cruéis, elas não têm barreiras, como a Emília. Elas repetem o que ouvem e nada melhor do que ouvirem com um indicativo de pensamento crítico.

Que os educadores tenham coragem de enfrentar a situação. Essa é a falta, a lacuna, o desperdício de gerações, não podemos mais fingir que está tudo bem.

Dos textos que li por aí destaco alguns trechos do blog do Paulo Moreira Leite, o texto todo é merecedor de ser lido:

"A hipocrisia não é uma idéia, nem uma opção. É uma atitude de vida. Você enxerga o que é errado mas finge que não o vê. Simula concordar do fundo do coração com uma idéia, uma proposição, ou mesmo uma decisão em seu local de trabalho ou numa roda de amigos — mas só está agindo de acordo com aquilo que é conveniente para sua vida profissional ou até para começar a namorar uma menina interessante. A base de tudo é tratar a consciência como moeda de troca.

“A hipocrisia é aquela postura que nos faz fracos, que esconde nossa estranha capacidade de esconder convicções e valores pelo esforço de agradar e receber algum benefício. Quanto mais disfarçada, mais eficiente.

...

“Como Gilberto Freyre, Lobato era uma consciência e um produto de seu tempo. Foi assim que chegou a mim, naqueles dias infantis em que eu lia ‘Caçadas de Pedrinho’ e não conseguia entender por que um escritor tão bom — apesar das sobrancelhas de taturana que lhe davam um ar maligno –, tão recomendado por meus pais, que por sua vez eram cidadãos tão otimistas sobre o futuro da humanidade, era capaz de escrever palavras tão feias, que machucavam tanto Tia Nastácia...

...

“Na verdade, o que se quer é orientar uma discussão delicada e necessária. Eu acho que este debate pode ser útil, além de corajoso.

...

“A função de localizar um autor, situá-lo em seu tempo e trazer sua obra para nosso mundo exige preparo, conhecimento e capacidade intelectual. É um serviço ambicioso, delicado, mas necessário. Uma nota explicativa, como quer o Conselho [Nacional de Educação], pode ser um bom estímulo à discussão...

...

“Lembrando aquele menino que lia Lobato num pequeno apartamento do Paraíso, em São Paulo, muito mais próximo do samba do Bixiga do que se admitia em casa, eu acho que o Brasil precisa desta redescoberta.

“Lobato ficará maior e a cultura brasileira também. Afinal, o criador de Emília nunca teve medo de chamar as coisas por seu nome.”

O link do texto do Paulo Moreira Leite:

http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/2010/11/05/lobato-nas-aulas-de-hipocrisia/?cp=2#comment-140985

Mayra disse...

Bacana essa visão que você trouxe, Carminha. A gente sai da estigmatização tanto de um lado quanto de outro e entra num terreno bem mais inteligente, que é o da discussão das ideias - atitude pra lá de urgente nas terras de Pindorama cujos nativos não costumam cultivar o saudável hábito do debate. Continuo achando exatamente o que falei antes: a radicalização do politicamente correto leva a equívocos tremendos, mas a discussão de preconceitos, equívocos, costumes etc. pode ser um indicativo de uma sociedade que amadurece e procura, de fato, se tornar mais humana, mais democrática.

Victor disse...

Minha gente, eu na minha ignorância não sabia que Monteiro Lobato tinha escrito um livro chamado: O presidente negro ou Choque das raças, um romance que mostra no que ele acreditava. É claro que esta essência acaba sendo passada para os seus cândidos livros infantis. Procurei na net e achei um pouco do posicionamento ideológico dele a este respeito: Em 1908, talvez ecoando uma célebre declaração do Conde de Gobineau (que certa feita havia chamado os cariocas de "macacos"), Lobato confidenciou ao amigo Godofredo Rangel que a miscigenação criara uma classe de "corcundas de Notre Dame" nos subúrbios do Rio de Janeiro, declaração que trazia implícita uma crítica aos intelectuais da época, segundo os quais haveria um "padrão de beleza grega" entre a população mulata da cidade. Lobato advoga ainda a adoção de um esquema de segregação racial para o Brasil, nos moldes do então vigente nos EUA e a imigração de europeus para consertar a "anti-Grécia" carioca.[6]

A partir de 1914, Lobato começou a publicar suas idéias sobre as "raças" brasileiras em livros e na grande imprensa, basicamente opondo o caboclo, "espécie de homem baldio, semi-nômade, inadaptável à civilização, mas que vive à beira dela"[7](e que mais tarde seria simbolizado pelo personagem Jeca Tatu), ao mulato, que, embora também fosse mestiço, possuía certa "superioridade racial" graças ao "sangue recente do europeu, rico de atavismos estéticos"[8]
O endereço para leitura completa é http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Presidente_Negro

Pedro disse...

Pessoal, não houve proibição de utilizar a obra!! Se vocês lerem o parecer do CNE (O Sr. Eduardo poderia colocar em seu blog link para ele) verão exatamente o que o Nicolau disse um pouco acima: a determinação é de contextualizar a obra qdo de sua divulgação na sala de aula e não censura-la. A primeira frase do texto do blog é falsa. Não há polêmica pois O MEC se posicionou contra a censura e é da mesma opinião que o Eduardo.

Li o parecer e reli as Caçadas de Pedrinho neste final de semana. Têm frases que sem contextualizar são de fato racistas. Só um exemplo: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que nem uma macaca de carvão pelo mastro.."

É preciso lembrar que o que está em jogo é conteúdo a ser utilizado em sala de aula !
Não gostaria de estar na pele de uma criança negra escutando este texto em voz alta na sala de aula sem que o professor esteja preparado para lidar com a questão.

Concordo com a Carmem: Censura não. Informação sim !

Abs

Eduardo Maretti disse...

Caro Pedro.

Em seu site na web, o MEC informou que: "O Ministério da Educação devolveu ao Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta quinta-feira, 11, o Parecer nº 15/2010, sobre a obra literária Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato (...)
"A Câmara de Educação Básica (...) pretende fazer nova análise do parecer em sua reunião ordinária de dezembro" para verificar "a existência de pontos que possam, eventualmente, ter sido mal-interpretados". Íntegra da notícia do MEC aqui:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16038:conselho-voltara-a-analisar-parecer-sobre-obra-de-lobato&catid=211&Itemid=86

O que significa o MEC ter devolvido o parecer? Na prática, significa que, no mínimo, ele é discutível e foi recusado. A posição do ministro Fernando Haddad é a seguinte (manifestada no dia 3): "Recebi muitas manifestações para afastar qualquer hipótese, ainda que por razões justificadas, de censura ou veto a uma obra, sobretudo no caso de Monteiro Lobato (...) Eu relativizaria o juízo que foi feito. Pessoalmente, não vejo racismo [na obra de Lobato]".

Fico com a sensatez de Haddad.

A íntegra do parecer CNE/CEB n° 15/2010 do CNE (que agora será revisado) está neste link:

http://ead.sitescola.com.br/arquivo/documento/Parecer%20Lobato.pdf

Aguardemos os desdobramentos e um novo parecer. Provavelmente um novo post será então necessário. Não o faço agora porque, como se vê, as notícias estão meio velhas.

Abraços a todos