Santos, São Paulo
Os clubes de São Paulo recomeçam a temporada, pós-Copa do Mundo, num clima de incerteza total. Domingo, tem clássico San-São na Vila Belmiro. O jogo promete ser um duelo para ver quem afunda mais na crise.
Os clubes de São Paulo recomeçam a temporada, pós-Copa do Mundo, num clima de incerteza total. Domingo, tem clássico San-São na Vila Belmiro. O jogo promete ser um duelo para ver quem afunda mais na crise.
Foto: Eduardo Metroviche
Domingo, quem afunda mais na crise?
O Santos de Dorival Jr., o melhor time do Brasil no primeiro semestre, com um ataque avassalador que chegou a impressionantes 100 gols na temporada ainda na final do Paulistão contra o Santo André, terminada a Copa do Mundo, desandou. Perturbado pela investida do mercado europeu e na iminência de ver o time desmontado, sofre ainda com a falta de um técnico à altura do clube. A conquista da Copa do Brasil, dada como favas contadas antes do Mundial da África do Sul, me parece seriamente ameaçada. Com que cabeça os principais atletas do elenco, assediados pelos milhões de euros, fora os outros problemas, entrarão em campo contra o sempre perigoso Vitória na quarta-feira que vem?
Quem assistiu à vexaminosa derrota para o Atlético-PR nesta quarta-feira (2 a 0 na Arena da Baixada) viu que o time parece ter perdido a alma e a alegria, não tem padrão tático, o meio-campo sofre com a solidão de Arouca (problema antigo que o treinador parece não ver) e o setor não dá conta de conter adversários mais fortes. Como eu já disse a amigos, o Santos ganhou o Paulista apesar de Dorival Jr., que, com o elenco que tem, quase pôs tudo a perder nos jogos finais do estadual e ainda perdeu o comando depois de querer dar uma de xerife moralista antes da Copa do Mundo.
Corinthians, Palmeiras
O Timão vive um momento curioso. Líder do Brasileiro disputadas dez rodadas, tudo indica, deve perder o técnico Mano Menezes (foto: Eduardo Metroviche) para a seleção brasileira. A derrota para o Atlético-GO em Goiânia pode não significar muito na tabela de classificação, já que a equipe perdeu apenas seu primeiro jogo. Mas cair por 3 a 1 diante do lanterna do campeonato, um time fraquíssimo que, mesmo vencendo ontem, soma míseros sete pontos, acende uma luz amarela. Não se sabe quem o Timão vai negociar na malfadada janela de transferências. Mas tampouco se sabe como reagirá o time à perda de Mano Menezes e de alguns atletas importantes que podem sair, como Elias e Chicão.
O Palmeiras de Marcos (foto/ Reprodução) parece ser o único que navega em águas mais calmas, após a contratação de Felipão, o retorno de Kléber e a possível volta de Valdívia (negócio que, segundo Juca Kfouri, Vanderlei Luxemburgo quer atravessar). Porém, o próprio Scolari já avisou que o time depende de tempo e que a torcida precisa ter paciência.
11ª rodada do Brasileiro
Domingo
16h Santos x São Paulo - Vila Belmiro
18h30 Ceará x Palmeiras - Castelão
18h30 Corinthians x Guarani - Pacaembu
5 comentários:
Assiste o jogo do Santos, foi péssimo, o Cirque de Soleil foi fechado, mas os malabaristas continuam.
Minha previsão do Mano para a seleção deu certo, acho que até ele já saiu, porque o Coringão para perder do lanterna só poderia estar sem técnico.
Agora nos resta a crise do Santos X a crise do Sâo Paulo, quem será o ganhador?
Edu, cada vez suas análises estão ficando melhor. O momento realmente é indefinido e, em termos de campeonato brasileiro, pela experiência já aprendi que tudo só se resolve nas últimas, ou mesmo na última rodada. Muitas crises, quedas de técnicos, venda de jogadores, derrotas inexplicáveis e muito mais ainda há de acontecer. Essa é a graça de um campeonato equilibrado e latinamente desequilibrado.
Abraços e parabéns pelo blog.
Creysu
Victor, por mim o Dorival Jr. já teria sido demitido. Não é treinador para o Santos.
E, Creisu, obrigado pelo elogio."Um campeonato equilibrado e latinamente desequilibrado." Ótimo isso.
abs
Legal mesmo o post. Só faço um acréscimo em relação ao Palmeiras, com base em comentário que ouvi na ESPN Brasil e que procede: o Felipão é a "última cartada" do Verdão. Se fracassar, o Palmeiras pode cair num vácuo difícil de sair. Quem o substituiria depois? Em entrevista ontem, na rádio Globo, o comandante disse, enfático: "Eu vou arrumar o Palmeiras, com ou sem Valdívia". Felipão é forte (já deu inclusive um chega pra lá em boa hora no Luxa) e entende o clube. Resta ao Palmeiras fazer direito sua parte e dar ao treinador um time melhor. Com esse elenco não vai longe.
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