Deu no blog Tijolaço, do Brizola Neto. O jornalista Heródoto Barbeiro é mais uma vítima da conhecida sanha do ex-governador José Serra pela cabeça de jornalistas que o desafiam. Leia-se: os que perguntam o que ele não quer ouvir ou responder. Eu não sou nenhum Heródoto Barbeiro, mas já tive a experiência de receber o silêncio do então governador como resposta a uma pergunta que fiz a ele.
Heródoto foi substituído do programa Roda Viva, da TV Cultura, pela figurinha carimbada que atende pelo nome de Marília Gabriela, depois de questionar Serra (veja vídeo abaixo) sobre o alto preço dos pedágios, que o agradável tucano diz ser "trololó de petista".
Heródoto foi substituído do programa Roda Viva, da TV Cultura, pela figurinha carimbada que atende pelo nome de Marília Gabriela, depois de questionar Serra (veja vídeo abaixo) sobre o alto preço dos pedágios, que o agradável tucano diz ser "trololó de petista".
7 comentários:
Onde está a grande imprensa pra reclamar seus próprios direitos de expressar-se livremente?
Você já viu um político que odeia fazer política? Paradoxalmente este é o caso do sr. José Serra. Quem afirmou isso, de maneira muito pertinente, foi Marcelo Coelho.
Serra é um tecnocrata que gosta do poder e, muito vaidoso, como todos os políticos, acha que o país precisa encarecidamente de sua “imensa experiência administrativa". Mas tem horror a algo que é fundamental em matéria de política: relações públicas. Por isso, destrata jornalistas, é grosso em entrevistas, detesta, principalmente, perguntas que o coloquem contra a parede, ao contrário da maioria dos políticos, que têm um talento especial para responder perguntas capciosas e se sair bem delas, geralmente não dando resposta alguma.
É a clara antítese de Lula, o adversário que tem que derrotar, e que se pudesse viveria 24 horas nos braços do povo, fazendo comícios, arrancando gargalhadas. hehe
Chego a achar que se o tucano-pefelismo quer mesmo ganhar essa eleição é melhor colocar Indio da Costa como presidenciável e Serra na vice, quietinho, quietinho.
Meu querido Edu. Reproduzo abaixo o comentário que escrevi no Facebook e em outros sítios.
Beijos, Mari-Jô
R.I.P.!
O primeiro jornalista que morreu no pedágio da TV Cultura, durante a entrevista do Roda Viva, é serrista até o sangue. Basta ouvi-lo diariamente na CBN. Aliás, nas minhas caminhadas, eu ouvia a CBN. Isso mesmo, ouvia. A CBN é totalmente PSDB. Motivo óbvio: quem patrocina a CBN São Paulo? O governo estadual. Faz parte de um pacote só: Globo SP, CBN SP, portal G1 e outras filiais. Nunca houve jornalismo independente. A TV Cultura é PSDB desde sempre. Nunca houve crítica alguma ao governo estadual. Façam suas contas, há quantos anos o psdb está no governo de SP? Lembrem-se de que antes era o PMDB. Ou seja, refaçam suas contas.
Todos os jornais da TV Cultura sempre foram chapa branca. Desde sempre, repito.
Gabriel Priolli, le pauvre, dançou porque não existe jornalismo independente na TV Cutlura. Nunca existiu. O que existe é jornalismo chapa branca, pois a TV é estatal, do governo serrista. Todas as matérias de todos os jornais da tv cultura são pró São Paulo, como nossa cidade é linda, como as escolas estaduais estão bem, como a cultura, promovida pelo estado, vai bem.
Pedágio? Pra quê? Só não paga e reclama quem é petista trololó, como disse o desesperado ex-governador, que continua agindo como governador.
Ele pede a cabeça, pediu e continuará nesse sórdido papel. A Globo SP, que recebe maior verba de anúncios do governo serrista e da prefeitura kassabista, não pode ter uma matéria crítica. Os editores do jornal SP têm de passar todas as gravações em que o ex-governador e o prefeito deram depoimento para saber se há matéria relevante. Se não houver, no dia seguinte, "cortem-lhe a cabeça".
Quem trabalhou e trabalha lá sabe muito bem dessa regra. Serra mesmo tratava de pedir a cabeça se não houvesse matéria no SP TV em que ele tivesse dado algum depoimento que ele julgasse significativo, quando era governador.
A direção da TV Globo sabe disso. A grana deixa de entrar. A Globo é serra porque recebe grana do governo estadual (se ninguém reparou, basta assistir televisão durante o SPTV e se indagar quem são os principais anunciantes. Qualquer criança de sete anos percebe).
Se a Globo não recebesse a maior fatia de anúncios, seria talvez, talvez, mais crítica.
Não acredito, porém, se ela algum dia foi crítica.
A Cultura sempre foi chapa branca.
E vamos combinar, como dizem os cariocas, quantos anos mesmo o psdb está no governo paulista? Façam suas contas e lembrem-se de que antes do governo psdb havia o pmdb.
E depois vem uma enxurrada de jornalistas pretensamente independentes fazer crítica ao Canal Brasil, alegando que é chapa branca, a TV do Lula e o escambau.
Resta saber se o jornalista Gabriel Priolli não tinha conhecimento ou nunca teve dessas regras do jogo. Ingênuo ele não é.
Definitivamente, democracia no Brasil é uma palavra de mero teor estético, pois situações como esta evidencia que nossa capacidade de debater ideias e questionar disparidades é um incômodo para quem não deseja ter 'problemas' eleitorais pelo caminho...
A solução prá essa ingerência política é simples: Privatizar tudo, chega de TV Pública e cabide de empregos prá jornalistas.
Edu, ontem eu assisti o Roda Viva ao Vivo com o Beluzzo e o apresentador era o Herótodo.
Victor, coloquei um novo post sobre o assunto, pois as coisas andam tensas na Cultura mesmo.
Um abraço
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