Ela estaria feliz nesta semana de alegrias que nos deu nosso Santos Futebol Clube, campeão paulista. Era fã do Mauro Ramos de Oliveira, nosso zagueiro central campeão do mundo, capitão da seleção brasileira.
Tinha outros ídolos também: Roberto Carlos, Tyrone Power, Elizabeth Taylor, Clark Gable e muitos outros. Adorava cinema.
Leila se foi em 4 de fevereiro de 1999, na hora do pôr do sol. Não a verei domingo, dias das mães. Se pudesse, gostaria que ela ouvisse o poema de Drummond:
PARA SEMPRE
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(Carlos Drummond de Andrade)
E na voz do próprio poeta:
5 comentários:
Lindo post santista. Abraço do primo e de um corintiano, muito triste.
Lindo, lindo, tenho certeza que a energia materna da Leila estará com você e com seus irmãos nesse domingo, como em todos os dias que vocês precisarem. Gostaria de tê-la conhecido melhor. E viva o Santos Futebol Clube!!!
lindas manhãs, é isso, não posso me esquecer disso. Minha mãe gostava também de um bom vinho, de um livro e uma prosa, não é? Então salve sra Leila Queiroz.
beijos
Linda homenagem, viva Leila, e todas as mães do Brasil e do mundo, pois mãe não pátria. Uma imagem que me ficou de dona Leila foi a de ela chorando ao ouvir o "Meu Guri", do Chico Buarque. Beijos a todas, e só Drummond mesmo...
"Só as mães são felizes"!!! God bless you, Mom.
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