terça-feira, 12 de julho de 2011

BNDES recua, inviabiliza fusão Pão de Açúcar-Carrefour e evita mancha no governo Dilma

É oficial. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a suspensão do que seria sua vergonhosa participação na operação de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour, com aporte de nada menos do que R$ 4 bilhões.

Um financiamento público para viabilizar um negócio que prejudicaria a concorrência, afetaria o bolso do consumidor, o mercado de trabalho (com perdas ao trabalhador, claro) e o pequeno comércio, cada vez mais sufocado pelas grandes redes, negócio que, como diz post anterior sobre o tema (leia aqui), faria o cidadão “pagar do seu bolso a omissão do governo brasileiro quanto à sua função de regulador do mercado”. Em suma, um escândalo com potencial de manchar gravemente o governo Dilma Rousseff para sempre.

O BNDES tomou a decisão, segundo nota divulgada no início da noite, “frente ao comunicado do Conselho de Administração do Grupo Casino (sócio francês do Pão de Açúcar)”, que rejeitou a proposta de associação entre as empresas.

Negócio por negócio, continuemos, pois, no post abaixo, que trata da tentativa do Corinthians de recontratar o ídolo Carlitos Tevez, assunto com certeza mais divertido, embora, pelos valores envolvidos, seja quase inacreditável.

3 comentários:

Mayra disse...

Uai, não entendi: o BNDES decidiu não participar da história porque o sócio francês do Pão de Açúcar decidiu, antes, não participar? Teve algum mérito do BNDES?? Sorry, tô meio esgotada mentalmente - ontem acabei o projeto, todos os neurônios estão em estado de repouso...

Mayra disse...

Olha o post do brizola Neto:

http://www.tijolaco.com/gorado-o-negocio-ja-podem-dizer-a-verdade/

Ele diz basicamente que a fusão, com parceria do BNDES, seria uma baita negócio porque "deixaria o Estaod brasileiro em posição de evitar a desnacionalização completa do setor de varejo e em condições de influir na política de compras de um grande grupo mundial do setor." É um argumento interessante...

Eduardo Maretti disse...

Olha, não consigo enxergar muito com essa visão nacionalistóide do deputado. O Pão de Açúcar já tem uma enorme capacidade de impor preços e, brasileiro ou não, ele não trabalha em prol do consumidor brasileiro. Capitalista é capitalista sendo brasileiro ou de qualquer país do mundo. "desnacionalização completa do setor de varejo?" Humm. Esse papo do Brizola Neto não passa nem perto do interesse de quem realmente deveria, o consumidor. Não acho que oligopólios interessem a nenhuma economia. COncentração econômica, liderada por Walmart ou Pão de Açúcar, dá na mesma.