Muro pintado pelo grafiteiro Dingos, em Osasco, dia 12
Entrevistei, para o jornal Visão Oeste, do qual sou editor, duas pessoas que conviveram com o cartunista Glauco Vilas Boas, assassinado por um mentecapto e, ao que parece, psicopata, na semana passada.
Glauco trabalhou por quatro anos no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, entre 1981 e 1984, onde ilustrava o jornal Visão Trabalhista e outras publicações. O atual vice-presidente da entidade, Carlos Aparício Clemente, conviveu com ele no período. Segundo Clemente, a presença do artista introduziu um elemento novo ao meio sindical. “Ele vinha no sindicato com seu jeito molecão, e, no meio de uma categoria sisuda, conseguia trazer beleza e leveza”.
Outro com quem falei, o atual secretário do Meio Ambiente de Osasco, Carlos Marx, era redator do jornal do sindicato. Marx conta que, muitas vezes, ia buscar o cartunista em sua casa, na Vila Madalena, para levá-lo a Osasco. “Nossa relação de amizade era muito forte”, diz. Depois de muito tempo, voltaram a se encontrar, na localidade onde o cartunista tinha suas atividades na igreja Céu de Maria, culto ligado ao Santo Daime, do qual Marx não participava.
Além de toda a tristeza, dói mais ainda saber que a brutalidade atingiu um cara que era "pacífico, brincalhão, gozador, como os personagens dele", segundo Carlos Marx. Ou seja, este mundo é mesmo uma merda.
Leia a matéria do Visão Oeste na íntegra
Glauco trabalhou por quatro anos no Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, entre 1981 e 1984, onde ilustrava o jornal Visão Trabalhista e outras publicações. O atual vice-presidente da entidade, Carlos Aparício Clemente, conviveu com ele no período. Segundo Clemente, a presença do artista introduziu um elemento novo ao meio sindical. “Ele vinha no sindicato com seu jeito molecão, e, no meio de uma categoria sisuda, conseguia trazer beleza e leveza”.
Outro com quem falei, o atual secretário do Meio Ambiente de Osasco, Carlos Marx, era redator do jornal do sindicato. Marx conta que, muitas vezes, ia buscar o cartunista em sua casa, na Vila Madalena, para levá-lo a Osasco. “Nossa relação de amizade era muito forte”, diz. Depois de muito tempo, voltaram a se encontrar, na localidade onde o cartunista tinha suas atividades na igreja Céu de Maria, culto ligado ao Santo Daime, do qual Marx não participava.
Além de toda a tristeza, dói mais ainda saber que a brutalidade atingiu um cara que era "pacífico, brincalhão, gozador, como os personagens dele", segundo Carlos Marx. Ou seja, este mundo é mesmo uma merda.
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2 comentários:
O artigo da barbara gancia sobre o glauco na folha de ontem está muito bom... ela diz: "Ele era uma das pessoas mais amenas de uma Redação repleta de jovens talentosos e arrogantes, em que raríssimas pessoas ofereciam um simples "bom dia" no elevador.
Eu achava o ambiente francamente hostil e, como nasci para dar risada e jogar conversa fora, fui me bandeando para o lado dos mais gregários. Tinha lá meus 24 ou 25 anos e, depois do calor do fechamento, costumava juntar-me a eles para tomar umas e outras"... deve ter sido realmente uma experiência única dividir uma redação com glauco... e não é difícil imaginá-lo como uma das pessoas mais amenas de uma redação repleta de arrogante, já que sabemos que o clima do jornalismo é cada vez mais "cérebro comendo cérebro", mesmo na folha, que ainda considero um jornal decente, apesar dos pesares... O Glauco foi uma perda muito grande para o jornalismo brasileiro... Abs!
não encontro palavras que possam expressar a minha revolta e tristeza diante dessa coisa besta, praticada por um verme, entre tantos. Parece que na terra, planeta singular e raro, é cobiçado por seres do mal, que estão prontos a minar a grandeza e o brilho alheio. Que o mal vá para além do inferno, se fosse possível.
salve Glauco.
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