segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Polícia de Alckmin volta a usar truculência na USP


Nesta segunda-feira, aproximadamente às 11 horas, um policial militar agrediu covardemente um aluno e chegou a sacar sua arma, na sede do DCE (Diretório Central dos Estudantes), na Universidade de São Paulo (veja o vídeo). O pretexto da presença de PM era retirar alguns alunos que acampavam no local desde sexta-feira, 6. A sede do DCE havia sido fechada pela Guarda Civil Metropolitana.

Antes de agredir, ouve-se o PM pedir a identificação do jovem para checar se era ou não estudante da USP. A agressão é absurda e injustificável mesmo que não o rapaz não fosse aluno.

A informação, de Igor Carvalho, é do site Spresso SP.

De resto, a atitude da polícia tucana é coerente com a política do governo paulista para a educação, como você pode ver no post abaixo, que faz um balanço de tal política, publicado em novembro aqui no blog.

A escalada autoritária na USP” (por Felipe Cabañas da Silva)


2 comentários:

Mayra disse...

Guerra declarada.

Vi comentário lá no site do Spresso SP de gente aprovando a agressão, desde que o cara não fosse estudante... O povo das sombras.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Detalhe: o policial escolhe o único negro do grupo que negociava pacificamente com a PM e, duvidando de que fosse aluno da USP (afinal de contas o que um negro estaria fazendo na USP?), enche o cara de sopapos, saca a arma pra um sujeito que não fez nada, desarmado, inofensivo, que negociava pacificamente. Por que ele não pede a carteirinha pra todos os outros? Então esse é o preparo da PM que vai "levar a segurança" ao câmpus da USP? É dividir alunos x não alunos e sentar o pau em quem não tiver carteirinha?

Eu não gosto de ficar criticando a polícia. Acho que a crítica tem que ser feita aos que comandam as forças policiais e à estrutura social que produz uma força de polícia mal preparada, mal paga, desvalorizada e consequentemente psicológica e moralmente frágil. Acho, também, que o lema de uma parte do Movimento Estudantil ("Fora PM do mundo") é tão ridículo quanto o lema do "cidadão de bem" ledor da Veja ("Na USP só tem maconheiro: bala neles"). No entanto, com atitudes como a desse PM, arbitrária, despropositada, desrespeitosa e desequilibrada, é a corporação policial em si que perde um pouco mais de respeito, assim como aquela lúmpem militância da última ocupação da reitoria prejudicou a imagem de todo o Movimento Estudantil.