O governador de São Paulo anunciou ontem os valores do reajuste dos cada vez mais extorsivos pedágios no estado, que passam a vigorar em 1° de julho. Ao contrário da promessa de campanha de que faria uma revisão dos contratos, o governador Geraldo Alckmin mais uma vez mostrou seu desapreço pela transparência e pelo bolso do usuário, mantendo o reajuste dos contratos mais antigos calculado pelo Índice Geral de Preços (IGP-M), quase sempre mais alto.
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Foto: Eduardo Metroviche |
Assim, o pedágio das rodovias Bandeirantes, Castello Branco, Anchieta, Washington Luís, parte da Raposo Tavares e da super lucrativa Imigrantes serão reajustados pela bagatela de 9,77%. A descida da Serra para tomar um chopp a beira-mar, por exemplo saltou de R$ 18,50 para R$ 20,10 na Imigrantes.
O que paguei de pedágio na viagem que fiz no fim de semana para Rio Claro (176 km da capital) aumenta de R$ 45,10 para R$ 49,50, ida e volta. Ou seja, mais de 50% do valor que eu gasto de combustível. São nada menos do que quatro praças em menos de 200 km.
Só as concessões mais recentes vão se basear no IPCA, e terão reajuste de “apenas” 6,55%, caso da Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Dom Pedro 1º, Marechal Rondon e parte da Raposo Tavares.
Agora, para justificar a quebra de palavra empenhada na campanha pelo chefe, o secretário dos Transportes e Logística, Saulo de Castro Abreu, desconversa. "A revisão está sendo feita. O governador prometeu neste ano e o ano termina em dezembro", disse ele.
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