sexta-feira, 11 de junho de 2010

Kleber é um grande atacante. Mas não é nenhum Edmundo

Kleber (esq.) e Diego: um sai, outro volta
Por Paulo Maretti

O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, tem viagem prevista para os Emirados Árabes durante a Copa do Mundo com o objetivo de trazer de volta o atacante chileno Valdívia. O clube parece determinado na tentativa de remontar o ataque campeão paulista de 2008 e de entregá-lo nas mãos de Luiz Felipe Scolari, que mostra interesse em retornar à maior cidade do país. Esse pacote de contratações parece ser o sonho de Belluzzo no último semestre de seu polêmico mandato como presidente do Verdão.

Na última quarta-feira, dia 9, o Palmeiras apresentou ao público e à imprensa o também polêmico atacante Kleber, adquirindo 50% de seus direitos federativos por três milhões de euros junto ao Cruzeiro de Belo Horizonte. E como quase tudo no Palmeiras, de uns anos pra cá, tem sido mesmo polêmico, a entrevista do ex-atacante cruzeirense também teria de ser, pra não fugir do script.

Ele, na verdade, foi polêmico, corajoso até, e ao mesmo tempo óbvio: em resumo, disse que estava voltando pra casa, que não é deus e que o Palmeiras precisa de mais reforços. Precisa. Contratou Kleber. Parabéns ao Palmeiras, Kleber é um grande atacante, é fato. Mas não é nenhum Edmundo, não. E necessita de suporte dentro de campo pra não virar um suporte político para a situação angariar votos nas eleições do clube em janeiro.

Teve passagem marcante pelo Cruzeiro, por um lado; mas, por outro, comprometeu a equipe mineira, por exemplo, em dois jogos decisivos de Libertadores: em 2009, no jogo de ida contra o Estudiantes, em La Plata, perdeu o gol do título.

Com um zagueiro e as traves na frente, da marca do pênalti, e a partida em 0 a 0, chutou pra fora, no último minuto. E agora, em 2010, deu um tapa na cara do Richarlyson, contra o São Paulo, e foi expulso a um minuto de um jogo em que o Cruzeiro precisava vencer por dois gols de diferença no Morumbi. Então dirigentes cruzeirenses disseram que não tinham como segurar o jogador porque ele queria voltar ao Palmeiras a qualquer custo. Tomara seja isso. Será?

Ou o Palmeiras deveria revelar Gilsinho e Ramos, das categorias de base, que comeram a bola no paulista de juniores e na Copinha em 2010, tirar Diego da geladeira e tentar trazer Felipão pra ser o comandante de algo novo?

Kleber, em sua primeira passagem pelo Palestra, era incansável, jamais perdia a bola sem recuperá-la depois. Vamos saber em breve se quem o inspirava pra isso era o Palmeiras ou se era só um momento de sua carreira.

Foto: Eduardo Metroviche

4 comentários:

alexandre disse...

além de trazer o Cléber de volta, também trazer os garotos da base, e se psssível valdívia e Diego. E Felipão, pra f. geral.

João disse...

"pra f. geral"???

O q isso quer dizer? foda geral?

é melhor kleber do que os nadas que temos aí...

Paulo M disse...

Até concordo, João, mas se pensarmos bem, nós torcedores queremos saber mais é de timaço dentro de campo. Porém, a pergunta que não quer calar: o Kleber vai dar retorno satisfatoriamente a um investimento de três milhões de euros, jogando com um elenco que requer muito mais investimento?

Eduardo Maretti disse...

Esse post foi publicado sexta-feira de manhã. Dois dias depois, a volta de Felipão é dada como certa nas hostes palmeirenses. O comentário do Alexandre é otimista, mas por incrível que pareça muito factível hoje. O Palmeiras pode ser forte no segundo semestre.