Apenas 9 mil torcedores estiveram na Vila Belmiro neste domingo, pra ver um dos mais tradicionais clássicos do futebol brasileiro. Santos 2 x 1 Corinthians. Pena, porque com o estádio lotado os clássicos são maiores. Mas o presidente do Santos fez a escolha de colocar o preço dos ingressos nas alturas.
Os poucos que viram o jogo na Vila assistiram ao Santos anular e pôr na roda o Corinthians no primeiro tempo, que poderia ter acabado dois ou três a zero. O time da Vila fez uma primeira etapa de rolo compressor, com movimentação constante de Neymar e André, municiados por Paulo Henrique Ganso e Marquinhos, que fez uma partida soberba, pra mim ganhador do “Moto-Rádio” da tarde-noite de domingo. Aos seis minutos o Peixe já tinha perdido dois gols, ambos com Neymar, sendo o segundo ao cobrar mal um pênalti e Felipe (o melhor jogador do Corinthians) fazer grande defesa.
Dorival Júnior armou bem seu time, com Pará como ala pela esquerda e Roberto Brum, improvisado na lateral direita, mas sistematicamente derivando para o meio, como volante. Por conta disso, o Santos variou no primeiro tempo entre o 4-4-2 (do papel) e o 3-5-2 (que desnorteou o Corinthians, fazendo-o perder completamente o meio de campo).
Aos 33 do primeiro tempo, Neymar recebeu um passe primoroso de Marquinhos e fez justiça ao jogo, mandando inapelavelmente no canto direito de Felipe, um gol muito parecido ao marcado contra o Palmeiras no Paulistão do ano passado (veja os gols abaixo).
O Timão demonstrou um nervosismo anormal, como já havia acontecido na estreia na Libertadores, quando venceu o Racing do Uruguai por 2 a 1. A pressão sobre o juiz foi permanente, a começar do treinador Mano Menezes. Os corintianos quiseram apitar o jogo, mas não apitaram. A arbitragem de José Henrique de Carvalho e dos assistentes Celso Barbosa de Oliveira e Giovani Cesar Canzian foi perfeita no primeiro tempo.
2 a 0
No segundo tempo, o Corinthians equilibrou o jogo. Mas, também com um passe magistral de Marquinhos para Neymar, o pequeno craque se viu livre para cruzar com açúcar e André arrematar com categoria, aos 14 minutos. Como o Timão nunca está vencido, quando o jogo parecia resolvido, Dentinho diminuiu para 2 a 1,”achando” um gol aos 23 minutos (pra não dizer que fui eu, foi o Caio Ribeiro, na Globo, quem usou o verbo achar).
Quando o time do Mano partiria pra cima, teve Moacir e Roberto Carlos expulsos. Já tinham dois cartões amarelos e não tinha o que discutir. Mesmo assim, com nove em campo, o Corinthians, como sempre, não estava morto. Com o Timão, a partida só acaba quando termina.
E, numa falha clamorosa de Felipe, que deixou um cruzamento passar na pequena área, Tcheco não fez de cabeça porque a sorte do Santos não quis. A falha de Felipe foi a mesma do gol do Rio Claro no Pacaembu, no domingo de carnaval, que quase custou a derrota ao time. Para mim, em forma, Fábio Costa ainda é titular.
PS (22h18 do dia 1° de março): José Trajano, no programa "Linha de Passe" (ESPN-Brasil) desta segunda-feira, criticou o chororô corintiano, as atitudes do técnico Mano Menezes e resumiu: "O Santos está sendo acusado de jogar bonito".
Atualizado às 21h25 do domingo
11 comentários:
vergonhosa a participação do juiz no jogo. Interferiu no resultado.
Arrumou um penalty mediocre pro santos e ainda por cima expulsou injustamente os 2 atletas do corinthians.
No mais o santos foi melhor em campo. Mas novamente o juiz foi o destaque de mais um clássico.
curintiano ta tão acostumado a ganhar com o apito que quando o juiz nao rouba pra eles eles ficam tudo nervosinho. eles acham anormal. tomaram um vareio. meu parmera perdeu mas pelo menos os gambá tomaram uma sova e agora tão chorando, coitadinhos
Luciano, você está parecendo o Chico Lang, aquele pseudojornalista tosco da televisão brasileira. O André Rizek no Sportv, por exemplo, entre outros, tem opinião mais profissional. O Corinthians tomou um vareio. Isso é um fato. Pode reclamar, mas pede pro Chico Lang pagar a conta.
O Mano Menezes disse que o árbitro anotou pelo menos 15 "faltinhas". Vendo o quanto o Corinthians bateu, fora alguns lances que o juizão não marcou, fica difícil saber qual o conceito de "faltinha" do treinador...
E descontroles como o que o Corinthians teve ontem costumam ser fatais em Libertadores. Melhor o time do Parque reajustar o tal do foco, como dizem os comandantes.
Edu..... fala sério... o cara não deu um penalty claro em cima do Dentinho meu... expulsou INJUSTAMENTE o Roberto Carlos... O santos foi melhor eu confesso... mas pelo amor de deus o juiz é um %#@%@¨$#.
Obs.: chupa porcada
Quem precisa chupar (chupeta) são vcs. pra parar o chororô, num teve penalty nenhum, e com esse futebolzinho de quarta (digo, quarta feira e tb quarta categoria kkk)contra o racing, num vai nem pras oitavas, fio. O curintia já tá na libertadores com uma ajudinha do juiz contra o inter na final da copa do brasil! Para de reclamar que a situação já tá é boa demais!!
O Santos foi bem melhor, só que o árbitro deu uma grande ajuda ao peixe!
Agora, achar que o A. Rizek é sinonimo de credibilidade ou parcialidade é o fim da picada!
Provos Brasil
Podemos citar outras fontes também. O Paulo Vinícius Coelho, por exemplo, da ESPN-Brasil. Para o PVC, o árbitro não interferiu no resultado da partida. Podem ouvir a partir deste link, copiando/colando-o na sua página aí: http://bit.ly/9Wok1F
Pô... Falar que tomou um vareio de bola?!?!?!? Vareio foi aquela bandeira sempre presente nas arquibancadas: Eterno 7X1.
Logo com 3 segundos de jogo o tal de Ganso deveria ter sido expulso. Segundo suas próprias palavras: "A entrada no Ronaldo foi para dar uma acordada nele. Foi para dizer 'você não está no Pacaembu, está na Vila Belmiro'. Foi de propósito", falou Ganso ao jornal "Agora".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u700663.shtml
O juíz foi omisso, covarde e tendencioso. Se aquilo foi penalti (Marquinhos), o que dizer no Roberto Carlos e Dentinho. O lance do Marquinhos começa com o Marquinhos segurando, ou melhor, agarrando a camisa do Wilian. Quando o RC chegou, o Marquinhos já estava caindo. O primeiro cartão do Moacir foi por uma falta normal em cima do "não-me-toque-Neymarrrr. Só o grande juiz viu. E as gracinhas do não-me-toque depois que o juiz apitou. Na primeira ele deu cartão. Na segunda amarelou, quer dizer... afinou. Fora o Marquinhos que chutou a cabeça do Felipe com 3 minutos de jogo...
Deixa para lá. Alegria de viúva do Pelé é ganhar do Corinthians.
PS: Edu, você poderia colocar no seu imparcial relato que o dono do Blog é santista e citar Caio Ribeiro é o fim da picada. Os comentários dele são tão pasteurizados que parecem de vídeo game....
Fernando Figueiredo
Os corintianos estão realmente nervosos. Impressionante. Verdadeiramente à beira de um ataque de nervos. Eu preciso dizer que sou santista? Vou repetir a frase do José Trajano (que pus como PS lá no post): "O Santos está sendo acusado de jogar por bonito".
Curioso, Fernando, é que quando seu time ganha campeonatos ou jogos de maneira suspeita (e os exemplos são muitos), vocês acham normal, como disse alguém acima. Mas quando vocês tomam um "baile" (palavra usada pelo corintiano Juca Kfouri, entre MUITOS outros jornalistas nesta segunda-feira), vocês ficam fora de si. Chororô, sim. Vocês falam de futebol quando ganham, e de arbitragem quando perdem. Assim fica fácil. Assim até minha avó entendia de futebol.
Não vi erros gritantes do árbitro no jogo, não, corintianada. O Paulo Henrique deveria ter levado um cartão amarelo no lance com o Ronaldo logo no início (acho que o juiz não deu nem amarelo)... Sim, deveria. O pênalti marcado em favor do Santos foi bem marcado? Sim. O Moacir, depois de uma entrada criminosa, merecia ser expulso até independentemente de ter, antes, levado o primeiro cartão? Sim (ou alguém duvidaria disso caso a mesma ocorrência se desse num jogo entre Corinthians x Paulista de Jundiaí, contra o Paulista, por exemplo?). O Roberto Carlos simulou o pênalti e merecia o segundo cartão amarelo? Uns 80% dos corintianos acham que não. De resto, foi um baile mesmo. Então, alvi-negros da Fazendinha, acho que o inconsciente coletivo de vcs está encobrindo um pisca-alerta para uma possível e precoce queda do esperado centenário de conquistas.
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