Em reunião com parlamentares e dirigentes do PT, PSB, PC do B e PDT nesta quarta-feira, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) manteve o suspense sobre a decisão que tomará em 2010: governo de SP ou Planalto? Mas deixou uma brecha mais aberta ainda à possibilidade de disputar o Palácio dos Bandeirantes. "Eu estou decidido [à candidatura à presidência], mas só o tempo vai dizer se minha decisão vai se manter ou se serviremos o país deslocando a candidatura para São Paulo", disse, para aumentar a população de pulgas atrás de muitas orelhas.
O presidente do PT paulista, Edinho Silva, mostrou ser favorável a Ciro em SP: "Nunca tivemos em São Paulo um campo partidário como esse atual. Hoje, a liderança que mais unifica é a do Ciro Gomes", pontificou. Ele se refere ao bloco partidário formado por PSB, PT, PDT, PC do B, PTC, PRB, PSC, PTN e PT do B.
Curioso é que, fora Antonio Palocci ter saído da disputa, pouca coisa mudou desde 3 de dezembro passado, quando falei sobre o rumo de Ciro, que continua afirmando acreditar que o governador paulista José Serra não será candidato à presidência da República. Questão que eu tive a oportunidade de perguntar ao próprio governador em novembro, sem ouvir sequer um sussurro de vossa excelência. Lá se vão três meses, e nada de decisão (pelo menos pública).
E Aécio Neves, que parece ter se conformado com uma vaga ao Senado, está quietinho no seu canto, à mineira.
Emidio de Souza
Já o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Emidio de Souza, em entrevista ao jornal Visão Oeste, na última semana, disse não acreditar que Serra desista de ser candidato ao Planalto. "Seria um fim melancólico para a carreira dele", avalia Emidio, que ataca: "Serra é medroso, está com medo".
Sobre as chances de ser indicado, Emidio é cauteloso: "se for para ser candidato, estou preparado. Se for para escolher outro, vou ser o militante número um".
Atualizado às 12h26
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