quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Santos de Muricy joga na defesa contra o “mais forte” da Bolívia e perde de virada

E o Corinthians de Tite começa Libertadores empatando com o Táchira, como o Peixe em 2011


Mesmo descontando a altitude de 3.600 metros de La Paz, não tem desculpa a péssima estreia do Santos na Libertadores, com a derrota inesperada para o The Strongest, “o mais forte”, por 2 a 1, de virada. O mais forte (sic) da Bolívia derrota o campeão da América.

O belo gol do sempre péssimo volante Henrique, aos 9 minutos do primeiro tempo, já indicava que essa era uma partida anormal. Os bolivianos empataram aos 33 minutos, pegando a defesa santista de calça curta: o time que está ganhando levar o empate de contra-ataque é sempre muito criticável.





Muricy não começou com Juan na lateral esquerda e Fucile na direita, como se esperava (Pará entrou na direita e Fucile, improvisado na esquerda). Deve ter tido motivos (*ver 14° comentário), Juan não joga há muito tempo. Ibson iniciou a partida e, como Elano, que o substituiu no segundo tempo, pouco apresentou. Nos 90 minutos, Neymar fez muitas jogadas, tentou, fez o que pôde, mas me pareceu isolado. Chega à frente e não tem com quem jogar. Ganso, abaixo da crítica, embora tenha cobrado a falta que resultou no gol peixeiro.

Quando Elano entrou aos 12 do segundo tempo no lugar do (como sempre) apagado Ibson, o narrador da Fox Sports narrou em espanhol que Elano “é um símbolo daquele Santos de Diego e Robinho”. De fato é, mas infelizmente Elano e depois Neymar perderam gols feitos.

O Alvinegro foi mantendo a célebre fama de perder muitos gols. Aos 40 da etapa final, Alan Kardec desperdiçou outro de vários tentos jogados fora (mas Neymar demorou a passar a bola). O Santos – que fez cera desde a primeira etapa – já jogava pelo empate fazia tempo. Segurou, segurou, segurou, recuou tanto, tomou tanta pressão do “mais forte” da Bolívia que Rodrigo Ramallo aproveitou a bobeira geral e mandou para as redes no último dos incontáveis escanteios batidos pelos bolivianos, nos descontos do segundo tempo.

Com todo o respeito, estrear sendo derrotado pelo mais forte da Bolívia não é um bom augúrio. Espero queimar a língua, santistas.

PS (às 20:55 do dia seguinte): Faço esse adendo porque ouvi comentários segundo os quais o Santos pressionou o portentoso The Strongest em parte do jogo. Curioso como podem ser diferentes as visões de uma mesma partida. Respeito, mas não vi o Alvinegro pressionando. Vi um primeiro tempo que foi lá e cá (na categoria santista e correria boliviana). O time de Muricy só ia nos contra-ataques. O Santos podia até ter goleado ante a defesa fraca e ingênua, se não tivesse desperdiçado um caminhão de gols. Mas nos contra-ataques, não na pressão.


*Timão estreia como o Santos em 2011




E o Corinthians começa empatando com o venezuelano Deportivo Táchira em 1 a 1, resultado comemorado como vitória pelo histérico Tite à beira do gramado. Curiosamente, a estreia do Santos na Libertadores de 2011 tembém foi contra o Táchira, e o jogo acabou igualmente empatado, só que em 0 a 0. O que foi considerado um resultado muito ruim pela comunidade santista, inclusive este blogueiro, como ficou registrado no post sobre o jogo em 16 de fevereiro de 2011.

Na época, o Peixe era treinado por Adilson Batista, que demonstrou total incompetência para treinar um grande time como o Santos e por isso foi demitido (se não fosse, o time não teria sido campeão). Interessante como estreias idênticas (empate contra o mesmo fraquíssimo time) podem ser encaradas de modo tão diferente. Mas a verdade é que a estreia do Corinthians não foi nem um pouco empolgante, apesar da histeria fiel.

Não esqueçamos que o empate corintiano só foi possível porque o juiz da partida, o colombiano Wilmar Roldán, anulou um gol legítimo do time da casa no segundo tempo quando estava 1 a 0 para o Táchira, atendendo a uma sinalização equivocada do bandeirinha. Segundo o sábio Arnaldo César Coelho, consultado pelo narrador Cléber Machado, o atacante do Táchira estava impedido, apesar de seu pé estar "na mesma linha". Isso porque "o ombro estava adiantado", disse o sábio. A norma da FIFA segundo a qual, na dúvida, deve se beneficiar o ataque, não existe para Arnaldo. A regra é clara.

Seja como for, nesta quarta, dos times brasileiros, apenas o Flamengo estreou com um resultado aceitável, o empate em 1 a 1 com o Lanús na Argentina.

*Atualizado à 00:30

14 comentários:

Leandro disse...

Nossa!!!… Pelo visto os santistas, legitimamente contrariados com o revés do afamado e temido campeão continental contra os rapazes do Evo Morales, deixaram para descontar toda a frustração e irritação no pobre Corinthians, que realmente não teve uma boa jornada contra os rapazes do Chávez.
Nem quero ficar aqui fazendo lucubrações sobre o recente processo de evolução do ainda fraco futebol da Venezuela (diferente do que ocorre com o futebol da Bolívia) para contextualizar as dificuldades com os campeões dos venezuelanos, que recentemente venceram "só" a Argentina com um tal de Messi em campo.
Concordo que nem estes elementos servem de justificativa para o empate do sempre tradicional Santos no ano passado, tampouco para este logrado pelo nem tão "tradicional" Corinthians, mesmo que dentro da mística corinthiana de arrancá-lo na raça e nos momentos finais da contenda.
Acredito que a histeria corinthiana com o empate decorra exatamente desta mística, mais uma vez confirmada. Histeria, diga-se, proporcional à da anti-corinthianada diante de outro empate recente, contra o Mogi Mirim, há alguns dias. Tudo circunstancial, portanto.
Quanto à arbitragem na terra das lindas venezuelanas e do grande Chávez, a verdade é que deixaram de assinalar uma penalidade no Elton já no final do jogo, e as imagens do Roja Directa e da Rede Bobo, com ou sem a voz da torpe e dispensável figura de Arnaldo, mostram que quando do cruzamento o atacante do Táchira estava sim adiantado.
Logo, a conclusão é de que, mesmo jogando abaixo da média, não fosse a arbitragem tão caseira o jogo poderia ter terminado com vitória do campeão brasiliero em sua estréia neste torneio que, de uns anos para cá, tornou-se uma espécie de Busca do Graal do Século XXI.
Mas realmente precisa melhorar muita coisa neste Corinthians sem Libertadores, sem estádio e sem técnico arrojado.
Tite segue fazendo a vida corinthiana mais difícil do que poderia ser.

Paulo M disse...

Quando a Globo quer, acha até a epiderme do cidadão à frente da zaga. Tem um santista aqui no trampo reclamando que dia 8 tem Santos e Inter na Vila, e dia 7, quarta, o jogo do Timão já está marcado pras 22:00 h. Estão investindo pesado mesmo...

Eduardo Maretti disse...

Opa, Leandro, quanto tempo hein. Se os comentários tivessem título, o seu acima seria: "Timão na Libertadores provoca volta de Leandro" - hahaha.

Eu não gosto muito de falar de arbitragem, tanto que nem falei de um pênalti claro que o Santos teve no primeiro tempo em La Paz. E arbitragem na Libertadores é um caso sério, os brasileiros são sempre prejudicados. Tem santista que achou o jogo de ontem "um roubo". Mas se Elano, Neymar, Borges e Kardec não tivessem perdido tantos gols feitos, ninguém estava falando de juiz. Agora, falar que o venezuelano tava adiantado no gol anulado é demais. Como o Paulo falou, "quando a Globo quer, acha até a epiderme do cidadão à frente da zaga".

Para mim essa tal "mística" corintiana é um mito, não é "mística", é "mítica". É como disse o Luiz Carlos Azenha (um cara respeitável, não?) bastante tempo atrás: "Eu acho o “corintianismo” tedioso. Ele se sustenta na teoria segundo a qual o corintiano teria direito à redenção por ter sofrido muito, fora mas especialmente dentro do campo. Sofredor? Para mim sofredor é o torcedor do Radium de Mococa, da Esportiva de Guaratinguetá e do Noroeste de Bauru".

É que o que acontece com qualquer time (viradas espetaculares e sofridas no último minuto, por exemplo) para o corintiano é coisa do além que só acontece com o Timão! Mas fique certo que não, são coisas do futebol e acontecem com qualquer time.

Outra coisa. Como o mesmo Paulo lembra acima, curioso como os torcedores do time mais perseguido do universo estão tranquilos, não precisam pensar em briga da Globosat e Net contra Fox Sports, pois todos os seus jogos são garantidos na Globo. Quem dera meu Santos fosse perseguido como é o Corinthians.

abraço

Leandro disse...

No que se refere ao tema futebol, as postagens sobre o Corinthians, naturalmente, têm a minha predileção na leitura e na participação, e esta que tinha toda a cara de ser uma postagem sobre a estréia do grande Santos FC, campeão da América, acabou virando um desabafo em que o grande alvo (em todos os aspectos) acabou sendo o Corinthians.
Então, acho que também posso considerá-la uma postagem sobre o Timão, e aí não teria como deixar de participar, até p/ ajudar a cornetar a jornada pouco inspirada de ontem a noite.
Mas a questão do não-impedimento cai por terra com a imagem de que o atacante estava adiantado no momento do cruzamento. É assim desde que o futebol é o futebol, mas esperar boa-vontade com um lance envolvendo o Corinthians é pedir demais. As conjecturas anticorinthianas servem para isso, e é melhor não contrariar.
Quanto ao Azenha, politicamente é um cara respeitável, mas devemos ter presente que no aspecto do futebol ele é gaúcho, e o maior rival de Grêmio e Inter (embora eles adorem cantar aos quatro ventos uma suposta maior rivalidade do planeta) é o perseguido Corinthians.
Não são só os times de SP que reputam o Corinthians seu maior rival, o time mais odiado. Os grandes de outos Estados, inclusive RS, também. Fazer o quê?
A questão da mística que coloquei no texto refere-se à fama de ganhar de modo sofrido desde 1910, muitas vezes com um time tecnicamente inferior, jogando feio, mas de modo aguerrido e lutando até o fim, como pedem os torcedores.
Tanto que é mais fácil um sujeito raçudo que um craque de bola cair nas graças da corinthianada. Peculiaridades, apenas. Isso não quer dizer que o SCCP é melhor que os outros por ter estas peculiaridades. Não foi isso que eu quis dizer.
Quanto ao resto das teorias de desconstrução de um Corinthians popular, estigmatizado, perseguido e sofrido, costumo dizer que as muitas formulações a este respeito decorrem de questões clubísticas (como parece ser o caso do Azenha), ideológicas, ou de tudo isso misturado com muito gelo e limão.
E quanto ao imbróglio das TVs por assinatura, o corinthiano médio realmente não tem se preocupado com isso, pois nem tem acesso a estes bens de consumo. Acompanha pela TV aberta, como acompanhava, (melhor dizendo, não acompanhava) em 77, na primeira participação do time, ou no comecinho dos anos 90, quando as TVs abertas nem passavam todos os jogos desta competição porque ela não valia tudo isso que querem que valha hoje.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Eu endosso praticamente todo o texto do Leandro. E acho incrível que, num lance tão duvidoso quanto o do segundo gol Venezuelano, o anti-corintianismo não admita nem a possibilidade da dúvida. "O cara estava atrás da linha da bola e ponto!", é o que dizem. É tão absurdo que nem mesmo os corintianos estão tão ortodoxos em defender a teoria contrária. É lance duvidoso, daqueles que vão dar discussão eternamente, e nenhum tira-teima, e muito menos o sr. Arnaldo César Coelho, vai ser capaz de sanar a dúvida. O fato é que esse lance foi um dos únicos lances em que a arbitragem não foi caseira. O time Venezuelano bateu a torto e a direito, e o Corinthians procurou jogar bola, tanto é que no segundo tempo, depois de uma falta escandalosa, para a qual árbitros brasileiros aplicariam até o cartão vermelho, o árbitro deixou barato e o jogador corintiano se levantou e foi pro jogo.

O anti-corintianismo é chato, faz barulho, é reverberado até por gente inteligente - com os mesmos argumentos toscos ainda que recauchutados com uma aura de "sabedoria" -, mas é pouco criativo. Sempre, sempre, sempre encontram um porém na arbitragem.

A estréia do Corinthians na Libertadores foi boa? Não, não foi. Mas me impressiona que os "sábios" da Libertadores que são os santistas, palmeirenses e são-paulinos, ou por ignorância ou por pura má-fé, queiram ver num jogo duro de Libertadores uma prova cabal da incompetência corintiana em lidar com esse "santo Graal", como disse o Leandro, e não uma pura expressão do que realmente é: a prova cabal de que em Libertadores não tem jogo fácil.

O Corinthians ainda tem que melhorar muito, sem dúvida. Mas para frustração dos grandes campeões Santos, Palmeiras e São Paulo, todos ultimamente mais preocupados em agourar o Corinthians que em olhar para a sua própria grama, o resultado de ontem, pelo enredo do jogo e pela superação que demonstrou, pode sim ser considerado uma vitória.
Essa histeria anti-corintiana até faz parecer que nossos adversários estão pressentindo alguma coisa...

Palmas para os "mais fortes"...

Leandro disse...

E também é engraçado o fato de verem a transmissão dos jogos como uma espécie de apoio, de solidariedade às refregas do Corinthians, SP Brasil e América à fora.
O que a mídia quer é espetacularizar a questão da forma que for mais conveniente aos seus anseios. Se vêm as vitórias, as repercutem como repercutiriam no caso de qualquer outro time. Agora, quando vêm as derrotas, tudo isso ganha uma dimensão ainda maior, porque é conveniente, chama público, tanto o do Corinthians quanto daqueles que se deliciam como nunca antes na história deste país com qualquer outro clube.
Como exemplos, comparemos a reação e a cobertura da mídia no caso do rebaixamento do SPFC no Paulistão de 1990 com o do Corinthians no Brasileiro de 2007.
ou os rebaixamentos de Botafogo, Grêmio, Atlético Mineiro, Palmeiras…
Ou então, a derrota do Flamengo para o América do México e de Cabañas. Comparemos com qualquer eliminação corinthiana na Libertadores. Não precisa nem ser a do confronto do ano passado, contra o Tolima.
A mídia burguesa e corporativista quer sangue, e o Corinthians, por sua expressão, infelizmente é um grande fio condutor para tudo isso.
Não por outro motivo Don Paulo disse certa vez que também consegue ser "mesmo o símbolo do povo que não chega lá".

Leandro disse...

Errata: O Azenha não é gaúcho, ok.
Mas que é anticorinthiano, disso não se tem dúvida alguma, como também não há dúvidas quanto ao maior rival do Grêmio não ser o Inter, nem o do Inter ser o Grêmio em determinadas circunstâncias de temperatura, pressão e espaço.

Eduardo Maretti disse...

Queridos corintianos, por mais que vocês, eu ou qualquer santista, são-paulino, palmeirense etc etc etc esperneiem, futebol para mim tem que ter uma dose de humor. Parece que vcs não têm humor!

Eu sempre digo: quando o Corinthians ganhar a Libertadores (mas ainda acredito que o mundo vai acabar antes - hahaha) o futebol terá perdido uma das suas graças maiores. É simples assim.

Este ano o Corinthians, me parece, tem time (entrosamento, bom elenco, um técnico antes contestado mas que deu um padrão definido e ganhou o Brasileiro) para disputar o título. Mas Libertadores (que vcs fingem não o valor que realmente dão) é muito imprevisível. Que o digam o Palmeiras de 1972/73 e de 1993/94, o Inter dos anos 70, o Corinthians de 1999/2000, o Santos de 2003 e outros.

É isso aí. Saudações.

Paulo M disse...

E não sei por que esse mau humor. O Timão tem conseguido tudo o que quer: estádio, abertura da Copa, contratações, títulos, televisionamento de seus jogos... Só não a Libertadores, he he, pelo menos não ainda. Mas o bandeirinha, pra ver um aquele impedimento (estava?, não estava?), tinha olhos de gavião, hein...

Eduardo Maretti disse...

Sobre humor: quando o seu Fluminense caiu pra terceira divisão, o Chico Buarque foi entrevistado no Jô Soares, que lhe perguntou o que achava. Já meio manguaçado, ele pensou um pouco e disse: "é até melhor, assim a gente não vê mais!" - rindo.

Vai aí abaixo um post sobre o humor do Chico Buarque (que não é a entrevista no Jô):

http://fatosetc.blogspot.com/2011/10/o-humor-de-chico-buarque.html

Felipe Cabañas da Silva disse...

É fácil falar de humor quando é o fiofó dos outros que está ardendo com a pimenta... O anticorintianismo daqui a pouco vai passar a IURD em número de fiéis. Isso só pode ter uma raiz social. É a velha mentalidade conservadora que constitui a pátria de que pobre tem mais é que se lascar na penúria. Eu não vejo corintianos infernizando mais os outros que são-paulinos, santistas ou palmeirenses. Por que tanto ódio???

Leandro disse...

Exemplo de torcedores do SPFC e Palmeiras infernizando mais os outros: Me assustei com algumas reações de santistas conhecidos e desconhecidos, inclusive nas redes sociais, depois da goleada do Barcelona em dezembro.
Os santistas eram quase unânimes nos xingamentos à corinthianada, naquele mesmo samba de duas notas "sós" do "sem estádio e sem Libertadores", mas o que eu via nas mesmas redes sociais e nas comemorações das ruas era o júbilo dos aristocráticos torcedores do time do Morumbi lembrando que já tinham vencido o Barcelona no Japão.
Esta era a maioria a tripudiar, mas nem assim teve jeito. Esqueceram os são-paulinos e vieram p/ cima da "rapela", da "ralé", dos desdentados sem Libertadores, sem estádio, e blá, blá, blá.
E ainda assim, os desprovidos de humor são os corinthianos…

Felipe Cabañas da Silva disse...

Vejo nesse ódio anticorintiano o ranço do ódio da elite quando se dá conta que o povo no Brasil deixou de ser aquela massa informe e passiva, desprovida de passado, de presente, de futuro e de partido. Que odeia o presidente "semi-analfabeto" que fala "menas laranja", sente repúdio pelo motoboy que tem a ousadia de costurar o trânsito, que criminaliza os flanelinhas lutando pela sobrevivência, que, em suma, odeia qualquer coisa que venha do povo, seja expressão do povo ou demonstre alguma migalha de poder do povo, e que tem para si que quando o povo sai por cima em alguma situação é "porque roubou" (por isso que se criou o maldito mito do apito amigo do Corinthians).

Eu tenho a minha origem pequeno-burguesa (felizmente ou infelizmente), por isso sou suspeito para levantar a bandeira da defesa do povo (não acredito que a burguesia possa fazer de maneira significativa a defesa do povo, mas acredito na tomada de consciência e na sensibilização), mas meu próprio pai era um pequeno-burguês (físico iteano) comunista que achava que torcer para o time do povo fazia dele mais comunista, e me passou essa "doença" do corintianismo. Contudo, não me engano, o anticorintianismo tem raízes sociais profundas, e esse ódio em relação "à fé ludopédica que eu professo" é uma reprodução das relações sociais mais arcaicas que ainda estão incrustadas na mentalidade do brasileiro médio.

Eduardo Maretti disse...

Errata: eu disse no post que "Muricy não começou com Juan na lateral esquerda e Fucile na direita, como se esperava" e que o treinador "deve ter tido motivos".

Na verdade, o que ocorreu foi que o administrativo do clube descobriu na última hora que o lateral (emprestado pelo São Paulo) estava suspenso (sic) pela Conmebol, por ter sido expulso no jogo São Paulo e Libertad-PAR, em 26 de outubro, pela Copa Sul-Americana. Que lambança!

Em A Tribuna:

http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=136645&idDepartamento=2&idCategoria=0