MUNDIAL DE CLUBES
Tite e Benítez: dois favoritos, duas trajetórias, duas zebras no caminho |
Este é um post de vida curta, efêmero. Pois já na manhã desta quarta-feira, 8:30 da matina, o Corinthians faz a semifinal pelo Mundial de Clubes contra o Al Ahly, do Egito. Claro que o post terá vida um pouco mais longa se o Timão não "mazembar".
Evidentemente, a esmagadora maioria de paulistanos e paulistas estará torcendo para a “Primavera Árabe” no futebol, com o perdão da figura de linguagem.
Teoricamente, sempre teoricamente, deve dar Corinthians, assim como o Chelsea (o São Paulo de Londres, como alguém já disse neste blog) é favorito contra o Monterrey do México, na quinta também às 08:30.
Particularmente, eu acharia muito interessante uma final entre egípcios e mexicanos. Seria a prova de que “um outro mundo é possível” também no futebol. Se assim for, no domingo 16 de dezembro veremos às 8:30 da manhã Monterrey x Al Ahly, disputando o título.
Ou será Corinthians x Monterrey? Ou Al Ahly x Chelsea? Ou Chelsea x Corinthians?
Fazendo um recorte, considerando apenas os grandes, temos dois treinadores: Rafael (Rafa) Benítez pelo Chelsea e Tite pelo Corinthians.
Rafa Benítez substituiu Roberto Di Matteo no Chelsea, campeão europeu, há apenas 20 dias, e parece ter estancado a crise no clube londrino. Tite é o técnico do Corinthians desde 2010, quando faltavam oito rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro. Sobreviveu (mérito de Andrés Sanchez) à derrocada na pré-Libertadores em fevereiro de 2011, quando o Timão foi eliminado pelo Tolima da Colômbia, e conquistou o título sul-americano de 2012.
Fazendo outro recorte, considerando títulos internacionais relevantes, os treinadores conquistaram:
Benítez: Copa da Uefa (2003–2004), pelo Valência; Liga dos Campeões da UEFA (2004–2005), pelo Liverpool; Mundial de Clubes pela Internazionale de Milão em 2010 (contra o Mazembe).
Tite: Copa Sul-Americana (2008), pelo Internacional; Libertadores (2012) pelo Corinthians.
9 comentários:
Talvez algum corintiano possa me explicar por que o Corinthians, de uns tempos pra cá, se tornou tão pouco eficiente na defesa em vista do que víamos seis meses atrás, se é que não estou enganado. Afinal (vi hoje os melhores momentos do jogo contra o Al Ahli), o fraco time egípcio criou oportunidades várias para empatar o jogo e ameaçou seriamente o sonho alvinegro de se tornar campeão mundial pela primeira vez. O sistema defensivo do Timão, espalhado na frente da área, oferecia espaços ao rival a ponto de suscitar comentários do tipo "pelo que vi, o Chelsea, se jogar o que sabe, vai despedaçar o Corinthians", de Pat Nevin, ex-jogador do time inglês, hoje comentarista.
Antes disso, os arrogantes britânicos têm pela frente uma encrenca mexicana. Nem um pouco surpreenderia o Monterrey derrotar os ingleses e ir à final com a missão de descentralizar o poder no futebol, ao menos para a turma dos camarotes.
Vejo que esses palmeirenses rebaixados e frustrados não dão o braço a torcer nunca. Sr. Paulo Maretti, o Corinthians sonha com o BI-BI-BI mundial. Podem desmerecer o nosso mundial de 2000, mas é um título muito mais legítimo do que aquilo que vocês palmeirenses chamam de mundial. Mas eu entendo a sua frustração. Vocês, atualmente, estão tão longe do Japão quanto a Terra de Netuno. O que resta? Ficar desmerecendo e secando o Corinthians.
Sobre o jogo de hoje, obviamente, o sr. viu o VT de um jogo diferente do que eu vi. Me cite mais de uma chance CLARA de gol do time do Egito e eu te dou uma camisa do teu Guarani da Turiaçu.
O Corinthians não jogou bem. Mas não jogou tão mal quanto vocês antis querem. Podemos ganhar e podemos perder domingo. Mas tenho certeza de que vergonha não vamos passar.
Pobre quando fica rico de uma hora pra outra é um saco. Tem que aguentar. Mas a gente entende. Vamos lá jogar com o Chelsea, curintianada.
Felipe, sou um palmeirense rebaixado, sim, mas feliz, he he. Não sou o dono da verdade. Um amigo corintiano hoje me disse: "Se jogar assim contra o Chelsea, perde." Um outro: "Chelsea ou Monterrey vão exigir que o Corinthians jogue o seu máximo." Tudo pode ser. Só não espere que eu coma as unhas pelo Timão... E nem que eu acredite que o Corinthians seja o campeão do mundo de 2000. É minha opinião.
O engraçado é que o nosso dileto blogueiro, há cerca de um ano, não queria nem saber deste papo de "um outro mundo é possível". Só se falava (inclusive ele, e com razão) no embate Santos e Barcelona.
Mas eu estou com o Edu quanto a esta predileção pela diversidade e quanto a esta probabilidade de um outro mundo ser, mesmo, possível, como já foi em 2010.
Estou com ele e com o blogueiro do "Retrospecto Corintiano", que afirmou: "E que ninguém se espante se o clube mexicano aparecer 'no lugar' do inglês diante do Timão no domingo".
Mas quem acompanha meus comentários por aqui já conhece minha opinião quanto ao torneio. Acredito que é mais um da série "Pode parecer besteira, e é".
Se um dia vai engrenar e virar algo super importante para todo mundo, inclusive com direito a um período do calendário internacional só para ele, como a Copa do Mundo, o futuro dirá. Hoje, do ponto de vista esportivo, é muito mais um estorvo para todos, e o melhor exemplo é o do próprio Corinthians, que jogou mais um título brasileiro pela janela para disputar dois jogos do outro lado da terra.
E acho que não estou sozinho quanto ao meu pé atrás com o Mundial de Clubes. O crescente desinteresse dos japoneses, que recebem a competição desde 2005, é tão nítido que o patrocinador já mandou a disputa para o Oriente Médio e para o ano que vem, o norte da África.
Não fosse o bando de loucos que atravessou o mundo atrás do time, o jogo de ontem seria disputado às moscas no que dependensse do público local.
E Edu, o Chelsea consegue ser ainda pior na comparação que fiz com o SPFC.
Eu diria que é uma mistura de SPFC e Palmeiras, porque alia o nariz empinado, o preconceito social e o ar blasé da burguesia londrina (típico dos caboblos querendo ser ingleses da Vila Sônia) com o preconceito social, regional e, sobretudo, racial que marca uma considerável parcela da torcida palmeirese.
Alexandre, seu comentário espelha o preconceito, a ignorância e o elitismo que "embasam" o ódio de classe e o ódio ao Corinthians.
É. Pobre quando fica rico de uma hora pra outra é um saco. Fica chato. Não tem "classe". Continua comendo de boca aberta. Não sabe se comportar na ópera ou no shopping center. A "elite branca perversa" (Lembo, 2006) pensa coisa muito parecida sobre um certo sapo barbudo que foi presidente da República.
Mas, sr. Alexandre, pior que pobre que fica rico de uma hora pra outra, só pobre que é pobre mas pensa que é rico.
olha só, temos aqui um herói, dos fracos e oprimidos. Tem vaga aí pra assistente, companheiro?
Não tenho preconceito contra pobre, tenho preconceito contra a pobreza, seja ela de qualquer natureza. Talvez tenha um pouco de preconceito contra corintiano, o que é bem diferente, heheh. Existem corintianos ricos por aí. è raro, mas existem.
Um dos principais responsáveis pela ascenção do Curinthia foi Ronaldo Nazário, que levou profissionalismo e a relação comercial necessários que esse clube precisava, quando estava em crise profunda, metido com a máfia, "cheia de dinheiro", esqueceram disso jà?. Pois é.. certamente, vcs corintianos, tiveram muita sorte qdo contrataram o Ronaldo pra servir ao Timão, não só com seu futebol mágico, na época já em fim de carreira, mas também com sua admirável postura 'administrativa', trabalhando o clube do Corínthians nos bastidores, para ser o que é hoje, num curto período de tempo. Não foi o único, mas um grande responsável por essa mudança. Conseguiram até um campo, uma arena!! Entre outras coisas. Foi isso que quis dizer, sr Felipe.
Que aproveitem isso então e façam a alegria da galera contra o Chelsea.
arrivederci
Pois é. O Corinthians passou por uma revolução administrativa que o clube de vocês precisa há décadas e não faz. A ATUAL ascensão do clube (tivemos várias outras no passado, por exemplo do final da década de 1980 até o final da década de 1990, que apesar de não ter trazido a tão sonhada libertadores trouxe três títulos brasileiros, uma copa do Brasil e um mundial, além de três paulistas) se deve sim a alguns personagens. Os dois mais emblemáticos, Andrés Sanchez e Ronaldo Nazário, saíram sim da pobreza e podem ser considerados, como você parece dizer, "novos ricos". Ótimo. Sabe, quem nasce na penúria e consegue sair dela costuma dar muito valor ao que tem. Já os "velhos ricos", muitas vezes decadentes sem saber, esbanjam, ostentam, torram dinheiro com futilidades, pensam que a bonança é eterna, entram em declínio e podem acabar caindo no fundo do poço. A "odisseia" da família Matarazzo talvez seja emblemática a este respeito. Curiosamente, algumas das instalações do ex-império Matarazzo ficam bem pertinho da sede do teu time... E o nome não trai a origem.
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