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Além do caráter estritamente esportivo e da paixão de torcedor que sou, o fico de Neymar, como lance no tabuleiro dos negócios do futebol, para mim demonstra que o jogador parece bem assessorado: talvez não seja mesmo um bom negócio ir para uma Europa em crise quando o Brasil apresenta perspectivas promissoras e uma Copa do Mundo.
O Santos Futebol Clube, sob a gestão de Luis Álvaro Ribeiro, está de parabéns por mais esse grande lance no xadrez do futebol contemporâneo. Uma frase do presidente do clube na coletiva, ao anunciar a permanência do craque, é digna de um dirigente que de fato revoluciona o futebol brasileiro com sua obstinação e competência administrativa: “Essa luta quixotesca chegou a bom termo. O fato concreto é que Neymar continua conosco até a Copa de 2014”, disse. Neymar é santista.
Abaixo, trechos da fala de Luis Álvaro e Neymar na coletiva:
E Neymar, o astro da companhia, vai continuar levantando a platéia com seu futebol de raiz, sua capacidade de inventar, num lapso de tempo, uma jogada que só se evita na porrada, uma após uma, incansavelmente, ou que só termina triscando a trave, ou no fundo do gol; ou com sua rapidez que aniquila os adversários, seja arrancando para receber um lançamento, seja mudando o rumo de uma jogada com assistências precisas e mortais.
Ou dando o bote fulminante e inapelável, de surpresa, como o bote da cobra: pego de surpresa, o goleiro reage tarde demais (costuma-se erradamente atribuir esse tipo de gol a uma falha do goleiro). Interessante que gols nesse estilo foram justamente os das decisões dos dois títulos de 2011, pela ordem de importância:
- o primeiro ante o Peñarol (Santos 2 x 1 Peñarol) na final da Libertadores (este vídeo é muito interessante: uma filmagem amadora de um maluco que estava na arquibancada e dá uma visão única do gol):
E o primeiro gol contra o Timão na decisão do estadual deste ano (Santos 2 x 1 Corinthians):
Neymar é o Rey, termo perfeito para designar o provável substituto do Rei, cunhado pelo blogueiro-poeta Gabriel Megracko nos comentários a post anterior (é sempre bom registrar as ideias).
Diante de tudo isso, gostaria de saber o que dirá O Estado de S. Paulo, que garantiu em reportagem no começo de setembro: “Neymar é do Barcelona”, com assinatura do repórter Luís Augusto Mônaco. Depois, o mesmo jornal garantiu que o Real Madrid é que tinha contratado o craque. O que o Estadão tem a dizer agora? Qual seu novo "furo"?
Nota do blog: Este post era para ter sido publicado antes, o que não foi possível por problemas com o serviço da NET.
4 comentários:
aha, uhu, o Neymar é nosso!
e, Laor pra imperador! (rs)
Salve o Rey!
Vai fazer mais história que indo pra Europa. A Europa não pára de falar nele. Vai dar olé no Messi, nem que perca o jogo.
O garoto é bom de bola mesmo!! Driblou o Real Madrid e deu um chapelaço no Barça numa jogada só!!
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