sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pensamento para sexta-feira [10] – episódio da bolinha de papel

O episódio da bolinha de papel disseminado pelo twitter neste 21 de outubro de 2010 jamais será esquecido na história das eleições de 2010. Jamais! Mostra que a gente pode ganhar eleição sem atazanar. A gente pode dar risada. Iluminar as sombras. Poucas vezes dei tanta risada num fechamento de jornal como hoje.

Senti, muitos de nós sentimos, um cheiro mais agradável que o do enxofre.

Por isso eu não poderia deixar de listar alguns, muito poucos, dos muitos #bolinhadepapel que o povo postou:

MugNoTechTestemunhas ouviram "plim plim" qdo bolinha bateu na cabeça de Serra #Boladepapelfacts

sandrodennisUltimo boletim médico: Serra não tem nada na cabeça. #bolinhadepapel

mlisias

A bala de prata era uma #bolinhadepapel #serrarojas

Lais_MD Laís Meireles Duarte
RT @Bella_Azevedoo A Chamex está sendo investigada pela Polícia Federal por dar suporte para ataques terroristas. #boladepapelfacts / hahaha

sandrodennis
Após ser atingido por bola de papel, Serra recupera a memória e lembra quem é o Paulo Preto

sandrodennis

Quem nunca errou que atire a 1a #bolinhadepapel!

ricardotbh @franciscopfn José Serra não vai a baile de carnaval porque pensa que chuva de confete é tiroteio.

ary_jr ary jr.
by AMMIRaMIL
Iranianos lançam projeto de enriquecimento de celulose.#BolaDePapelFacts

Felipe Cabañas da Silva disse...**
#bolinhadepapel pesando 2k = 500 folhas de papel A4. Se Indio da Costa estiver falando a verdade, Serra foi atingido pelo dossiê do Aécio.

**este último não foi postado no twitter, mas como comentário neste blog, no post abaixo.

4 comentários:

Victor disse...

O médico amigo que atendeu José Serra, Dr. Jacob Kligerman, é oncologista (especialista em câncer).
Quem atende traumas cranianos são neurologistas.
Logo... é mais um fato que comprova que tudo foi uma armação de marketing.
O Rojas pelo menos se cortou. O Serra quando entrou na VAN deveria ter pedido para alguém dar um cacetada de leve na cabeça dele, para disfarçar um pouco, ficar pelo menos uma vermelhidão.
(do blog dos amigos)

Felipe Cabañas da Silva disse...

Pois é. E Globo e Folha fizeram matérias mostrando supostamente um segundo objeto que seria um rolo de fita adesiva que teria atingido o candidato depois da bolinha de papel. Mas a imagem não é nada clara, e a interpretação só pode ser forçada.
Tirem suas próprias conclusões:
http://www1.folha.uol.com.br/poder/818398-objeto-circular-e-transparente-atingiu-serra.shtml

Além do mais, como bem notou o Victor, um rolo de fita adesiva não deixaria aquela careca decrépita no mínimo esfolada??? José Serra não tinha nem uma marquinha de beliscão. Farsa! Com três das quatro pesquisas indicando Dilma com 12 pontos de vantagem, o desespero vai batendo nas nádegas.

Eduardo Maretti disse...

Eleitores conservadores, mas civilizados, que sempre votaram no PSDB, já se declaram publicamente contrários à campanha "repulsiva" de Serra. É o caso do jornalista Paulo Nogueira, ex-editor assistente da Veja e ex-diretor de redação da Exame. Em texto no seu blog, ele disse o seguinte: "A campanha de Serra é repulsiva, e acabou por afugentar do PSDB gente que, como eu, tradicionalmente opta pelo partido".

Está em http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=2725

Felipe Cabañas da Silva disse...

"Serra entende política como uma forma de triturar todo mundo para chegar à presidência. O melhor quadro do PSDB para suceder FHC era Pedro Mallan, que foi sabotado de todas as formas por Serra.

Serra quer muito ser presidente. O problema é que os brasileiros não querem que ele seja."

Este me parece o diagnóstico mais lúcido que li nos últimos tempos sobre o sr. José Serra. Explica a máquina de promessas vazias e impossíveis que ele se tornou. Explica o esvaziamento do apoio na campanha, o racha entre o tucanato mineiro e o paulista na decisão da candidatura, os conflitos com o DEM, a inexpressividade de seu vice, etc, etc, etc.

Em 2002, Serra postou-se como o mais preparado para governar o país porque o adversário não tinha curso universitário, o dedo mindinho e não sabia falar cinco idiomas. Foi arrogante do início ao fim da campanha e "perdeu perdendo". Em 2006, espertalhão, rifou o Alckmin porque sabia que não tinha chances. Agora, mais uma vez calculou que ia ganhar na boa, porque afinal ele é "a voz da experiência", e mais uma vez vai "perder perdendo", como disse a Marina Silva.

Este senhor é o ser mais intragável que a direita produziu depois de Fernando Collor. Até o Alckmin é mais carismático que o Serra. Tá doido.