As lideranças em torno de Dilma Rousseff (PT) retomaram a campanha do segundo turno com algumas iniciativas importantes. A primeira, dia 5, foi o anúncio, feito pela própria candidata, da entrada do deputado federal Ciro Gomes (PSB) na coordenação.
Liderança importante, principalmente no Nordeste do país, mas não só, Ciro ajudará a corrigir um dos maiores problemas da campanha no primeiro turno, inexplicavelmente despolitizada e, como conseqüência, refém do marketing mais do que deveria e vulnerável aos ataques do adversário reconhecidamente inescrupuloso.
Internet contra boataria e mentiras
A segunda iniciativa fundamental, embora tardia, é o lançamento da página na internet http://www.dilma13.com.br/verdades, voltada exclusivamente a combater e desmentir boatos, baixarias e a sujeira que a campanha tucana adotou, abraçada ao ideário fascista com uma naturalidade repugnante. Uma das mentiras mais disseminadas, antes da mais sórdida de todas (sobre o aborto), é aquela segundo a qual a candidata petista não pode entrar nos Estados Unidos. A foto acima mostra encontro, no ano passado, de Dilma com o presidente Barack Obama, na Casa Branca, ambos observados pelo presidente Lula. Este ano, ela foi a Nova York para um evento promovido pela Câmara do Comércio Brasil-EUA. Ou seja, Dilma vai aos Estados Unidos quando quer.
Em Osasco, o prefeito Emidio de Souza (PT), que coordenou a campanha de Aloizio Mercadante ao governo, deu coletiva na quarta-feira. Ele criticou o que chama de "acusação sem rosto" e prometeu: “O segundo turno será para esclarecer as coisas”, avisou o osasquense, afirmando ainda que “o tema mais importante [a partir de agora] não é a campanha subterrânea que está sendo feita pela internet [pelos tucanos], mas sim a comparação entre os governos de Lula e FHC”. Ok, mas a passividade diante dos ataques da “campanha subterrânea” não pode continuar.
Os apoios dos governadores eleitos no primeiro turno, como os petistas Jaques Wagner na Bahia e Tarso Genro no RS, Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, no Ceará, além de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio, entre outros, tendem também a configurar movimentos politizadores.
A campanha na TV tem que ser menos marketeira e mais política. Vamos ver. É o que esperamos.
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Soninha Francine, coordenadora da campanha de José Serra, disse à revista TPM que já fez aborto. Leia clicando aqui.
2 comentários:
Dilma encontrando Obama na Casa Branca sob o olhar ameaçador de Abraham Lincoln, para não haver dúvidas.
A capa da Veja que saiu ontem (uma foto grande da Dilma e outra abaixo, com ela de ponta-cabeça, sob uma frase entre aspas "apoiando incondicionalmente" o aborto)lembra o que já sabíamos: que não há mais presos, mortos e torturados pela ditadura militar no Brasil, mas um autoritarismo moral sem moral, cuja eficiência a chefia da burguesada no Brasil descobriu ser ainda mais precisa.
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