sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Oposição em SP quer explicações sobre caso Rodoanel

Eduardo Metroviche

Por Leandro Conceição
Do jornal
Visão Oeste


A oposição ao governo Serra na Assembleia Legislativa quer convocar o secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce, para dar explicações sobre o desabamento de três vigas de 85 toneladas das obras do trecho Sul do Rodoanel sobre a rodovia Régis Bittencourt. O acidente feriu três pessoas, no km 279 (Embu), na sexta-feira, 13.

Na próxima terça, 24, a Comissão de Serviços e Obras Públicas da Assembleia deve votar o requerimento pela convocação do secretário.

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) feita em 2007 e 2008 apontou que as empreiteiras haviam mudado o material descrito em contrato e usado vigas pré-moldadas para baratear os custos.

Em evento de inauguração da nova sede do 14º Batalhão da Polícia Militar, no Jardim Ipê, em Osasco, na terça-feira, 17, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), negou que o fato tenha contribuído para a queda das vigas. “Não houve isso. Foi uma questão de natureza contratual. No final, houve um acordo e o próprio TCU assinou o Termo de Ajustamento de Conduta, junto com o Ministério Público Federal, o resto é folclore”, disse Serra.

Irregularidades
Uso de material mais barato, superfaturamento e crimes ambientais estão entre as 79 irregularidades apuradas e consideradas “graves” pelo TCU.

A oposição tenta emplacar uma CPI sobre o Rodoanel desde 2001. Mas, com maioria na Assembleia, tucanos e aliados conseguiram impedir a criação desta entre outras mais de 60 CPIs arquivadas. Dos 94 deputados estaduais, 73 são da base de Serra. Para criar a CPI, são necessárias 32 assinaturas.

Os tucanos acusam o PT de uso eleitoral do acidente. “É uma questão eleitoral, normal durante o processo eleitoral, mas a Assembleia é soberana”, disse o governador. “É uma coisa normal do PT, que sempre trabalhou em cima de oportunismo. Não iriam perder a oportunidade”, ataca o deputado João Caramez (PSDB).

O deputado Enio Tatto (PT) reclama da falta de fiscalização do estado, como na tragédia da Linha 4 do Metrô. “Vão acabar colocando a culpa só nos engenheiros da obra ou nas empreiteiras. A responsabilidade nunca chega ao governador e ao secretário”, afirmou ao Uol.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Dersa abriram investigações para apurar as causas do desabamento.

Leia mais no jornal Visão Oeste

2 comentários:

Jesus Divino Barbosa de souza disse...

Eu fico imaginado como estariam os comerntários da impresa ante-Lula se este acidente tivesse acontecido em uma obra do Governo federal.

Cheguei ao seu blog via "Classe média, way of life".

Estou passando aqui para convidá-lo para fazer uma visita no "blog do Jesus" (http://jesusprev.zip.net). É um blog que discute previdencia sem os "ismos" que normalmente acompanham este tema.

Jesus Divino Barbosa de Souza
jesusprevidencia@hotmail.com
http://jesusprev.zip.net

Eduardo Maretti disse...

Olá, Jesus.

Se este acidente tivesse acontecido em uma obra do Governo federal, seria manchete em todos os jornais do país, a começar de Folha, Estadão, O Globo, TV Globo e... Veja. O pior de todos os veículos.

Estou fazendo uma visita no seu blog. Abraços
Eduardo