Em decorrência de uma reportagem publicada em maio de 2001 sob o título
"O Caso Rigotto – Um golpe de US$ 65 milhões e duas mortes não esclarecidas", o importante, combativo e resistente jornal JÁ, de Porto Alegre, que existe há 24 anos, está sendo asfixiado por uma condenação, na Vara Cível do Tribunal de Justiça do RS, que o obriga a indenizar a matriarca da família, Julieta Vargas Rigotto, em 54 mil reais.
O caso está no Supremo Tribunal Federal, onde o recurso interposto pelo JÁ deve ser julgado pelo ministro Joaquim Barbosa.
Em texto no Observatório da Imprensa de ontem 24, o jornalista Luiz Cláudio Cunha desabafa: "Se o JÁ não voltar, não será mais um jornal a morrer, diante do silêncio inexplicável de alguns, da omissão de muitos, da complacência de todos nós. A morte iminente de um jornal como o JÁ – somado ao desalento de um jornalista como Elmar Bones – é um fundo golpe nas convicções de todos que acreditam nos fundamentos da democracia, da justiça, da verdade e de uma imprensa livre".
O JÁ ganhou o Prêmio Esso de reportagem em 2004, pela matéria A tragédia de Felipe Klein, de Renan Antunes de Oliveira.
O caso tem tudo a ver neste momento em que tanto se discute a democratização dos meios de comunicação, por meio da Confecom ou não. Daqui de São Paulo, eu desejo sorte e força a Elmar Bones e a minha amiga e competente jornalista Patrícia Marini em Porto Alegre. E no STF.
Você pode saber mais sobre essa sinistra história aqui.
E conhecer o jornal JÁ na internet aqui
Atualizado às 23h37
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