domingo, 19 de maio de 2013

Corinthians ganha título e castiga gestão arrogante e incompetente do Santos de Laor e Muricy



Ricardo Saibun/Santos FC
Por mais histórico que tivesse sido o Santos conquistar o inédito tetracampeonato paulista, a verdade é que a equipe de Muricy Ramalho esteve muito longe de merecer tal façanha nas finais do Paulistão contra o Corinthians. E o 1 a 1 na Vila Belmiro, que deu o título ao Corinthians, foi justo.

Como eu não tenho sido um dos defensores mais ardorosos dos tediosos campeonatos estaduais nos formatos atuais, fico à vontade para dizer que, tirando o ineditismo perdido, foi até bom para o Santos perder o título: 

- primeiro, porque, com uma campanha mediana e tendo chegado à final após duas vitórias na disputa por pênaltis, o Santos não teve em nenhum momento a chamada “pegada de campeão”. Se tivesse sido campeão, seria a premiação ao futebol de quinta categoria em vigor hoje na Baixada, sob o comando de Muricy Ramalho, cuja arrogância é inversamente proporcional ao futebol que o time apresenta nos últimos dois anos;

- em segundo lugar, porque, como time, o Corinthians é muito melhor, atualmente. A partir do banco. Tite dá de dez a zero em Muricy, que se mantém tosco e covarde em todas as situações nas quais tem de provar que sabe do riscado. Sabe porra nenhuma. Muricy é uma farsa de 500 mil reais por mês, no mínimo.

O Santos foi um time desconjuntado, esgarçado, cheio de brechas. Precisando vencer, quase nada exigiu do goleiro adversário. No primeiro jogo, no Pacaembu, tomou um vareio e não saiu já virtualmente perdido para a última partida graças a um gol que o zagueiro Durval achou numa cabeçada. Na segunda partida, na Vila, logo após Cícero fazer um golaço, a santista aqui em casa disse: “espero que o Santos não tome o empate no próximo minuto”. Dito e feito: como aconteceu no jogo de ida da Libertadores em 2012, o pusilânime Peixe de Muricy fez o mais difícil, furar a zaga corintiana, pra entregar em seguida e depois ficar ciscando e dando chuveirinho, como um time de várzea, sem padrão tático, sem nada que se veja digno de um time grande. Se não fosse o goleiro Rafael, o vaca tinha ido pro brejo no primeiro tempo.

O Santos de Muricy (e digo isso faz tempo) não tem futuro. Aliás, o Santos de Luis Álvaro Ribeiro, o popular Laor, não tem futuro. A segunda gestão do atual mandatário, caracterizada pela total falta de comando, é um desastre. 

A análise tática do Santos 1 x 1 Corinthians de hoje é o menos importante. Venceu o melhor, por inúmeros fatores. O principal é que o Santos hoje é comandado por uma turma de incompetentes. E, o pior, além de incompetentes, arrogantes.

4 comentários:

Alexandre disse...

Neymarzinho tá na hora de dar linha, hein? Nem chutar não chuta mais? Ôxi!!

Eduardo Maretti disse...

Podemos dizer que o Santos não chuta. No primeiro tempo o Neymar fez uma boa partida, senão ótima. Correu, tentou, deu um passe magistral para Felipe Anderson perder o gol, sofreu incontáveis faltas, inclusive uma não marcada na entrada da área que merecia até cartão amarelo.

É fato que Neymar não está jogando tão bem. Mas se o time fosse mais time, tivesse um plano tático, ele renderia mais. Os adversários sabem que se cercar e anular Neymar (seja marcando, seja fazendo faltas) o Santos do senhor Ramalho não tem alternativas, porque o esquema do Santos é "dá no Neymar" e mais nada. A palavra já diz: time - "conjunto de indivíduos associados numa ação comum" (Aurélio).

Ninguém aguenta ser responsável o tempo todo. Uma hora o cara cansa ou o adversário anula.

E não custa repetir: Fora Muricy!

Felipe Cabañas da Silva disse...

Eu acho que no papel o Santos tem um time muito bom, time pra ser campeão paulista sim, e até brasileiro. Creio que a defesa é o ponto mais fraco, mas até que se mostrou mais arrumada nos últimos jogos - e, não podemos esquecer, foi com esse miolo de zaga que o Santos foi tricampeão da libertadores. É interessante isso: o Santos tem em campo vários dos jogadores que fizeram parte daquela conquista. Perdeu o Ganso, claro, mas ganhou o Montillo, que para mim atualmente é um jogador mais interessante que o Ganso. O que acontece com o time, então? Creio que se um time não rende o que pode render, as atenções se voltam para o banco. Como observador externo, tenho a impressão de que o Muricy deu uma bela acomodada depois do título da libertadores (a ponto de disputar um mundial de clubes dizendo que não podia fazer muita coisa). Lembro que ele chegou no Santos no meio da competição continental depois da saída do Prof. Adilson Pardal Batista com a missão de levar o Santos ao caneco e cumpriu o objetivo com maestria e ganas de vencedor. Embora eu nunca tenha gostado do futebol muricyano, é preciso reconhecer que é um treinador que tem seus méritos, mas parece que já não espera nem deseja muita coisa da carreira. Quem sabe ele queira mais uma temporada no seu time do coração, lá do Jardim Leonor? Não sei, mas parece claro que o ciclo de Muricy Ramalho no Santos acabou.

Nicolau disse...

O Santos sofre desse mal mesmo, o "joga no Neymar". É justo é obvio que todo time vai depender em certo nível de seu craque, se tiver um, mas o Santos parece abdicar de organização coletiva ofensiva para que Neymar faça o que quiser. E aí o garoto não consegue fazer tudo o que quer, porque esse trem ainda é coletivo. Não sou desses que defende a saída de Neymar do pais como algo essencial, mas imagino como ele se sente em campo ao lado dessa desorganização. Não é a primeira vez que o vejo dando bronca em colegas, gritando "passa" , "se mexe" ou algo assim.

Em meu post lá no Futepoca, perguntei aos santistas como seria a vida esse ano se Neymar realmente sair. Penso que vai ser bem complicada, mas será que não força Muricy a se coçar e acha rum esquema de jogo depois desse tempo todo?

No mais, Corinthians jogou bem, mas precisa ver como resolve esse grande número de chances perdidas. Sem menosprezar aqui as intervenções de Rafael, goleiro jovem e que tem crescido muito e caminha para ser um dos (o?) melhores do Brasil.