terça-feira, 9 de abril de 2013

Zé Celso fala sobre os 100 primeiros dias do governo Fernando Haddad em São Paulo



Por José Celso Martinez Corrêa 
Reprodução
Estes 100 dias começaram com o reconhecimento da cultura como valor de Infraestrutura de SamPã já com a nomeação de Juca Ferreira para a Secretaria de Cultura. Um quadro de porte ministerial capaz de assumir a renovação cultural transversal necessária em todos os domínios desta metrópole carente em todas as áreas: trânsito, diferenças abismais de condições de vida de seus moradores e consequente violência.

Esses pontos necessitam da criação de outros valores culturais para este caos asfixiado pela cultura da especulação imobiliária tecno-burocrática-dinheirista com seu poder ainda nas mãos de Papai$ões e Mamãe$onas nesta Capital do Capital.

O valor dado à Cultura por Haddad, que vem de seu amor por esta cidade tão mal-amada, desafia apaixonadamente os Tecno-Artistas de todas as periferias: a cidade tem como inspiração esses pontos mais críticos pra sua imaginação criadora encontrar as saídas do dia a dia e também as estruturais.

A nomeação de John Neschling para o Teatro Municipal – que já está sendo desencalhado e ocupando o lugar que merece na cidade como ponto de encontro de todas as SamPãs – é outro fator.

Modéstia à parte, menciono como bons ventos destes 100 dias até o fato de Haddad ter tido a coragem de me convidar – mesmo sabendo que em torno de minha pessoa existe uma zecelsofobia de quem não é nem unanimidade – a participar do Conselho da Cidade, o primeiro convite em minha vida que recebi para ocupar uma função pública.
Aliás, deste conselho, desde representante da Bolsa de Valores fazem parte até demônios apontados pelo infeliz Feliciano, ponta de lança de um golpe no Estado Laico Brasileiro: gays, lésbicas, negros, travestis etc... Quer mais cultura nestes tempos que isso?

Há fatos concretos como as medidas diante das tempestades deste ano de iniciar a construção de tubulação maior pros rios da Pompéia, resolvendo o funcionamento permanente da Fábrica Cultural do Sesc Pompéia do 'arquiteto' mais contemporâneo internacional de hoje: Lina Bo Bardi.

Estas obras preparam assim o Centenário de Achi-Lina Bardi em 2014 sem as enchentes  que propiciavam até a pesca no fim da rua principal desta Fábrica da Cultura Paulistana.

A semeadura cultural inicial está sendo muito forte. 100 dias ainda não bastam mas apontam pra uma Primavera Cultural nunca vista na Paulicéia Desvairada - repito: na DESVAIRADA.

José Celso Martinez Corrêa
Presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona

*******

*Zé Celso é um dos convidados pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para participar do conselho consultivo com 200 integrantes, instalado no final de março, composto por empresários, artistas, sindicalistas, representantes de religiões e movimentos sociais para discutir temas para a cidade, como o Plano de Metas e Plano Diretor, entre outros.

Nenhum comentário: