domingo, 15 de julho de 2012

Galo de Gaúcho lidera Brasileiro após um quarto do campeonato disputado


Foto: Bruno Cantini/Divulgação
Podemos criticar, mas o cara decide

Vi cerca de um jogo e meio da nona rodada do Campeonato Brasileiro. No sábado, assisti ao segundo tempo da virada espetacular do Atlético-MG sobre o Figueirense no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O Galo do técnico Cuca e de Ronaldinho Gaúcho perdia por 3 a 1 até os 20 min do segundo tempo, quando começou a reagir com gol de Leonardo Silva e só parou após fazer 4 a 3. Já o Figueirense, pelo menos considerando esse jogo, parece fadado a lutar para não cair, e só.

Com 22 pontos, o Galo lidera o Brasileiro, após quase 25% (ou um quarto) da tabela cumprida (9 de 38 rodadas). Faltam três quartos, ou 75%, dos jogos. Vasco da Gama (com 20 pontos), Fluminense (19) e Botafogo (16) completam o G-4.

Uma palavra sobre Ronaldinho Gaúcho. Não é sombra do que foi, mas está sendo fundamental para o Atlético Mineiro, com jogadas cirúrgicas e decisivas (por exemplo, o que Ganso há muito tempo não é no Santos). Não sei quantos, mas se ele não estivesse lá parece óbvio que o Galo teria vários pontos a menos. Fiquem de olho. O Galo pode ir longe. Ou não. Em se tratando de Galo, pode-se esperar tudo... Felizmente não tenho a bola de cristal.

Inter e Santos desfigurados

E vi Internacional 0 x 0 Santos. Um jogo horrível no primeiro tempo (muitas faltas, pouca bola no chão, chutão pra todo lado) e bastante bom no segundo, quando pelo menos tivemos um “lá e cá” tático interessante (com um jogador a menos, o Santos jogou melhor e poderia ter vencido no Beira Rio, não fosse a inoperância do ataque com Dimba e Miralles).

Mas lembremos: Peixe x Colorado é um clássico nacional, mas hoje disputado por dois times que atualmente cedem suas estrelas para a seleção de Mano Menezes: o meia Oscar e o atacante Leandro Damião (do Inter) e o goleiro Rafael, PH Ganso e Neymar (do Santos).

(Um parêntese: o Santos não deve mais considerar Ganso como desfalque. Num post de dezembro passado, este blog já defendia o que está neste link: Está mais do que na hora do Santos negociar Paulo Henrique Ganso, em 24/dezembro/2011.)

Parêntese fechado, o Santos saiu de Porto Alegre com um ótimo resultado, o 0 a 0, embora pudesse ter sido bem melhor. Primeiro porque a arbitragem do senhor Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) foi, para dizer o mínimo, caseira. Não gosto do lateral Juan (um dos homens de Muricy), mas hoje ele foi expulso pela arbitragem caseira, que estava louca para o Colorado de Dorival Jr. vencer.

Só que o Peixe continuou mandando no jogo mesmo após a expulsão de Juan, no comecinho do segundo tempo. Perdeu gols (tradição santista), depois sofreu pressão esperada no fim e por fim voltou da capital gaúcha com um ponto ganho, e tirou dois do Inter, um rival direto na briga por qualquer coisa, título ou G4.

Palmeiras 1 x 1 São Paulo
Reprodução
Felipão e Mazinho
Na Arena Barueri, com o triste público de 8.374 pagantes numa tarde fria na capital, o Palmeiras arrancou um bom empate (1 a 1) do São Paulo do novo técnico Ney Franco. O Alviverde perdia até os 36 da segunda etapa, quando Mazinho empatou o prélio. Lembremos que o time de Felipão estava numa semana de ressaca braba pela conquista da Copa do Brasil, o título mais importante do clube desde a Libertadores de 1999. O empate foi ruim para o Tricolor, que, se tivesse vencido, estaria em quarto, com 18 pontos, mas graças ao gol de Mazinho está em quinto, com 16. O Verdão, com meros 6 pontos, está em 19° e penúltimo lugar. Mas, como o Corinthians, é passageiro. Nem Timão nem Verdão vão cair para a segundona este ano.

O Flamengo ganhou do Bahia em Pituaçu com um pênalti inexistente (é impressionante como a arbitragem erra a favor do Flamengo).

O Corinthians, que saiu do rebaixamento ao vencer o Náutico por 2 a 1, fará um campeonato protocolar, à espera do Chelsea em dezembro, como o Santos de 2011.

No clássico carioca, Botafogo 1 x 1 Flu. O Fluminense de Abel Braga é candidato ao título. E o Botafogo de Oswaldo Oliveira, Renato, Seedorf (que ainda nem estreou) é um time interessante, insinuante. O Galo a mesma coisa. Contra ambos pesa a pecha de cavalos paraguaios de temporadas passadas. Vamos ver se conseguem superar esse estigma com Ronaldinho Gaúcho e Seedorf na parada.

3 comentários:

Felipe Cabañas da Silva disse...

Pra mim esse tal de Seedorf, 36 anos nas costas, é puro marketing. Concordo com Tostão, que escreveu isso na Folha hoje. É melhor para esses jogadores em fim de carreira vir jogar no Brasil que em algum time obscuro da China, da Rússia ou da Bulgária. E ele foi apresentado no Botafogo como se fosse o Seedorf de 10 anos atrás. Para mim, a torcida botafoguense pode se iludir, mas não vejo esse time do Botafogo chegando em lugar nenhum, o que é triste, porque o Fogão já foi um dos clubes mais importantes do país. Hoje, pobre Bota...

Em relação ao Corinthians, eu gostaria que o time buscasse o segundo bicampeonato brasileiro. Como mostra a experiência colorada em 2010 e a santista em 2011, esse negócio de fazer um nacional protocolar "se preparando para o mundial" pode ser uma faca de dois gumes. Não precisa ser obsessivo, mas o time é o atual campeão brasileiro, é campeão da América, está trabalhando para manter a maior parte do elenco e está buscando reforços e a reposição de peças perdidas. Por que não? Temos que pensar grande, cada vez mais...

Eduardo Maretti disse...

"Faca de dois gumes" não, Felipe. "Faca de dois legumes"!, como diria o célebre Vicente Mateus.

Felipe Cabañas da Silva disse...

hahahaha... Nosso saudoso e folclórico Vicente Mateus... Boa lembrança... Hoje eu diria que "o elenco inteiro do Corinthians é invendável, inegociável e imprestável"... hahaha...