"Se a gente pedisse pro Woody Allen pra fazer um filme, nem ele conseguiria, mesmo com a comptencia dele."
A frase acima é da líbero Fabi, ao falar da antológica conquista da medalha de ouro (o bicampeonato olímpico) do vôlei feminino brasileiro na final contra os Estados Unidos neste sábado. Provavelmente ela deve ter visto o filme Match Point, filme do diretor americano de 2005.
Fotos: Reprodução/Portal Terra
A musa Jaqueline comemora, na melhor partida de sua vida |
Em determinado momento do jogo eu postei na minha conta no twitter, acho que durante o terceiro set, ainda sob a possibilidade de a equipe perder para os EUA: "Engraçado como muda o significado de uma medalha de prata. Se o vôlei feminino ficar com a prata, merecerá palmas - mesmo. O futebol não merece". Porque o vôlei das meninas do Brasil, tirando o catastrófico primeiro set, esmagou o time americano.
Meninas não esqueceram a ironia: quem viveu, viu |
Méritos, muitos méritos para José Roberto Guimarães, que ganha sua terceira medalha de ouro olímpica, em Barcelona com o time masculino (1992) e a seleção feminina (Pequim 2008 e Londres 2012).
Fabiana |
A menina da foto ao lado é a Fabiana, que fez o ponto da vitória na partida das quartas-de-final contra a Rússia, que foi um jogo mais difícil do que a semifinal (contra o Japão) e a final contra os Estados Unidos.
3 comentários:
Uma vitória "cala a boca", à la Corinthians... hahaha... Vibrei muito com as meninas do vôlei, para esquecer os pernas-de-pau do Mané Menezes. Foram achincalhadas pela imprensa, viram-se repetidas vezes à beira da eliminação, saíram perdendo na final, e faturaram o ouro. Realmente, uma conquista épica. Poucas vezes vi um time vibrar tanto com uma vitória, e como as mulheres não têm vergonha de chorar (muitos homens, sobretudo esportistas, ainda insistem nessa groselha arcaica de que "homem não chora"), a quadra tomou um banho depois do jogo. Até eu, que nunca vibrei muito pelo vôlei, derramei uma lágrima ou duas... hehe
Jaque e Sheilla, especialmente, são medalha de ouro e sempre serão, no meu conceito estritamente desportivo...
Bonita a frase da Fabi. Para fazer os "norte-americanos" de plantão engolirem suas opiniões de aduladores de autoridades. Se, somo disse o UOl antes do início das Olimpíadas, o time estava decadente por supostas brigas internas e ainda tinha seu próprio carrasco pela frente, agora acabou. E quem já teve Júnior, Sócrates, Falcão e Zico procurando as redes no futebol, agora tem Sheila, Fabi, Dani Lins, Jaqueline e Fernanda Garay driblando a rede e pondo a bola no chão do adversário. Com técnica. Com simplicidade mesmo. Com crise e tudo. As vitórias mais lindas, em qualquer esporte, são essas que vêm com a superação de quem tem autocrítica e sabe quando e por que está rendendo mal. Não é fácil ser o melhor do mundo.
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