segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Arthur Zanetti é ouro. Má notícia é que Brasil continua dependendo de talentos individuais


Divulgação COB
A boa notícia é a conquista do ginasta Arthur Zanetti, de São Caetano (SP), que ganhou hoje em Londres, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos para o Brasil, uma medalha de ouro em prova de argolas, modalidade da ginástica artística. O atleta conseguiu 15.900 pontos, contra os 15.800 do segundo colocado, o chinês Yibing Chen, campeão mundial e olímpico.

A notícia não tão boa é que nosso país continua dependendo de talentos individuais que brilham como estrelas efêmeras. Quer dizer, não há políticas públicas consistentes para fomentar um real desenvolvimento do atletismo e outros esportes no Brasil.

E o desempenho brasileiro em 2012 dificilmente vai atingir ou superar significativamente o de Pequim 2008, que já foi considerado decepcionante.

Na China, o Brasil ficou em 23º lugar, com 15 medalhas no total, três de ouro, quatro de prata e oito de bronze: conquistaram o ouro há qutro anos Cesar Cielo (natação, 50m livre), Maurren Maggi, no salto em distância (com a marca de 7,04 ), e a seleção feminina de vôlei. Em Londres, com a conquista de Arthur Zanetti, a menos de uma semana do fim dos Jogos Olímpicos, temos duas medalhas de ouro, uma de prata e cinco de bronze (oito medalhas).

A judoca piauiense Sara Menezes fez história ao ganhar na semana passada o ouro na categoria ligeiro (até 48 kg). (Veja aqui).

2 comentários:

Alexandre disse...

É uma pena, pque talento e paixão os atletas brasileiros têm de sobra. Quando o Brasil vai mudar essa mentalidade e condições ainda subdesenvolvidas? A economia tem de crescer, ok, mas o atletismo e tudo o mais também tem de crescer!
Ou não?

Eduardo Maretti disse...

Sim, Alexandre, sem dúvida. Assim como a Cultura... Não existe uma política de Estado para o atletismo no Brasil, como há na Jamaica, por exemplo, um país infinitamente mais pobre que o Brasil mas que produz gigantes como Usain Bolt, não por acaso, como aqui, onde as medalhas de ouro dependem mais da abnegação e/ou talento de atletas individualmente, estrelas que aparecem de vez em quando. Bolt, Asafa Powell e Shelly-Ann Fraser são fruto de uma política que desde cedo incentiva as crianças a entrar no mundo do atletismo da Jamaica.