domingo, 26 de agosto de 2012

Dois clássicos, duas viradas; dois gols de Neymar, dois de Luis Fabiano


Palmeiras 1 x 2 Santos, Corinthians 1 x 2 São Paulo, ambos no Pacaembu.

E acaba o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, com nenhum paulista no G-4 e o surpreendente Atlético-MG de Cuca na liderança. Próximo da zona da Libertadores entre os paulistas só o São Paulo com 31 pontos, em quinto lugar, quatro a menos que o Vasco, em quarto.

Não vi nem acompanhei a vitória do Peixe sobre o Palestra, no sábado. Nem dava. Aniversário do irmão palmeirense Paulo, na casa dele, em São Bernardo. Só deu pra comemorar a vitória, meio discretamente. Pelos melhores momentos, a impressão de um jogo bom. O gol alviverde surgiu aos 41 do primeiro tempo, mas numa cobrança de falta perfeita Neymar igualou o placar minutos depois. No segundo tempo, aos 17, novamente o craque balançou a rede, num chute de fora da área, colocado, que o goleiro Bruno aceitou.

Destaque ainda para a incrível chance desperdiçada por Barcos, aos 43 do segundo tempo, em grande defesa do goleiro Rafael na cabeçada a queima-roupa.



E no domingo, o São Paulo quebrou uma escrita: Desde 2005 o time do Morumbi não batia o rival no Pacaembu, período em que o Alvinegro ganhou seis partidas. E hoje o tabu teria sido mantido se o rolo compressor corintiano dos primeiro 15 minutos, quando imprensou o adversário em seu campo e teve várias chances, tivesse rendido mais do que o único gol marcado pelo time logo aos 5 minutos (notem a pressão corintiana no lance que originou o tento do time).



Mas o São Paulo conseguiu equilibrar o jogo e Luis Fabiano, aos 23 minutos do primeiro tempo e 16 do segundo, deu números finais ao marcador da partida, que acabou sendo justa.

Na tabela, situação preocupante do Palmeiras, que encerra o primeiro turno da competição na zona de rebaixamento (17°, 16 pontos). A Portuguesa está bem acima do Verdão, com 22 pontos, em 14° lugar.

O Santos, em 10°, tem 26, nove a menos do que o quarto colocado Vasco da Gama. Diferença que pode ser tirada em 19 rodadas. Infelizmente, a seleção-balcão-de-negócios-brasileira vai continuar desfalcando o Peixe de Neymar com amistosos inexpressivos e ridículos. Uma lástima, um absurdo, mas já reclamei tanto disso que cansei.

2 comentários:

Paulo M disse...

É, a coisa tá ficando feia, já está me cheirando a 2002, quando o time jogava mal ou a sorte não ajudava. Pelo pouco que vi do clássico paulista de sábado e por alguns comentários na imprensa, creio que o Palmeiras merecia melhor sorte, mas, enfim, erros de finalização também fazem parte do jogo, e goleiros também fazem a diferença: enquanto Rafael evitava aos 43 o empate na cabeçada do Barcos, o tosco Bruno deixava a bola passar no chute do Neymar que redundou no segundo gol santista. Sem desmerecer a beleza do tento (como disse Paulo V. Coelho, foi uma tacada de bilhar), mas um Diego Cavalieri, um Fábio, um Vítor ou o próprio Rafael não deixariam passar aquela bola. Agora, é obrigatoriamente ganhar da Portuguesa no Canindé, estádio que o Palmeiras conhece bem, e aproveitar a rodada em que pelo menos dois times "rebaixáveis" certamente perderiam três pontos (no caso, a própria Portuguesa e a Ponte Preta, que provavelmente já tem os três a menos na contabilidade contra o Atlético em Minas). Se o Palmeiras continuar jogando como ouvi dizer que jogou contra o Santos, e sem ansiedade, sai dessa, pois tem mais time do que Ponte, Náutico, Atlético-GO, Sport e Figueirense.

Leandro disse...

Falando em Diego Cavalieri, esta convocação do Cássio no time do Mané Meneses tem um cheiro de irmandade gaúcha à toda prova.
Não que eu esteja a fim de achincalhar o goleiro do meu Timão. Acho até que o rapaz tem potencial e ainda pode fazer muito numa posição em que se joga até os 40 anos com um pé nas costas.
O problema é que, a exemplo de Dunga, Mano também dá das suas gauchadas, e esta de convocar o Cássio está mais na cara que foi isso, pois, conforme já escrevi aqui, qualquer um dos quatro goleiros do RJ hoje é mais convocável que qualquer goleiro dos quatro grandes de SP.
Venho falando/escrevendo isso desde o começo do ano, mas não adianta pensar com lógica ou sensatez quanto o tema é este time do Mano, que joga contra ninguém, desfalcando os times para nada.
Para muito dinheiro, é verdade, mas para nada em termos futebolísticos.