Começou o horário político na TV.
Pela ordem, Paulinho da Força apareceu listando sua militância pelo trabalhador.
Russomanno, fiel ao estilo que apela para o emocional, mostrou seu vice Flavio D’Urso contando uma historinha do sábio e do passarinho para dizer que “o destino está em nossas mãos”(risos).
Soninha, mais do mesmo, andando de bicicleta e dizendo “eu amo São Paulo”.
A propaganda de Fernando Haddad me pareceu muito boa, considerando que é uma espécie de programa “muito prazer”, que começa por apresentar o candidato ainda pouco conhecido.
Tecnicamente, o programa usou recursos que impressionam, e, ainda bem, não ficou na ladainha de jingle e apresentação asséptica de propostas. Mostrou de cara uma agressividade bem dosada e um dinamismo de imagens convincentes. Ao falar um texto andando enquanto sua imagem percorria vários bairros de São Paulo, o primeiro dia de campanha de Haddad leva o telespectador a introjetar uma imagem dinâmica e de força.
Ao dizer que São Paulo “não quer mais prefeito de meio expediente, nem de meio mandato”, lembra à população, sem citar nomes, a catástrofe que tem sido o governo municipal com Kassab, parceiro de Serra. Ao afirmar que a vida “melhorou dentro de casa, mas piorou da porta para fora de casa”, lembra as pessoas da horrível gestão kassabista e ao mesmo tempo as conquistas trazidas pelos governos Lula e Dilma (resta saber se a população paulistana, majoritariamente individualista e ingrata, reconhece essas conquistas).
Ao mostrar Lula no simbólico Ipiranga, manifestando seu apoio ao candidato petista e fazendo a comparação óbvia com Dilma (“que no começo ninguém conhecia”), o programa naturalmente politiza a campanha (mas não pode ficar só nisso).
Chalita relembrou sua trajetória como professor e mostrou o (para mim) surpreendente apoio da grande escritora Lygia Fagundes Telles. Chalita voltou também a bater na tecla de sua proposta conciliadora de trabalhar por São Paulo com os governos estadual e federal. Citou Alckmin, “com quem tenho uma relação de respeito e amizade”, nas entrelinhas dirigindo-se aos insatisfeitos tucanos, muitos dos quais não suportam e declaradamente não apóiam Serra.
E Serra, como sempre, começa com sua historinha de origem humilde de um paulistano que nasceu na Mooca. Conta sua biografia com um sorriso de professor “dedicado a fazer o bem”, como disse uma das mocinhas contratadas para atuar em sua campanha.
Lembrou sua parceria com Kassab, o prefeito com uma avaliação popular próxima do chão, para mencionar obras, obras e mais obras que fizeram “São Paulo avançar em todos os setores”.
Mostrou também Alckmin, o governador, com quem disse que fará uma parceria para governarem juntos, “para o bem de São Paulo”. Só precisa avisar o Alckmin.
*Atualizado às 23:33
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