sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pensamento para sexta-feira [número 31] – Nunca discuta com um cobrador de ônibus (fatos reais!)



O Grito, de Edvard Munch

Por Alexandre Indiana

Hoje pensei que fosse tomar uma surra! Papo de cobrador de ônibus. 14 horas. Entrei como sempre, a fim de obter bilhete de metrô. Perguntei ao cobrador se tinha bilhete e ele respondeu que não. Comecei a reclamar, dizendo que a porra da empresa tinha que fornecer e que isso acontecia toda hora. O cara fez cara feia e falou: “desce e pega outro e já era”. Foi o que ia fazer, quando não sei por que cargas d'água fiz um gesto com a mão, tipo vá se danar, mas não disse nada. Nem era pra ele na verdade.

O cara levantou-se da cadeira, pulou a catraca e veio pra cima. Era um touro, físico de peão, do tipo taludo e alto. A porta não abria e pensei: fodeu. Tomei um chute na bunda e nisso a porta se abrindo e eu saindo, não esperando que ela se abrisse por completo. É patético, mas fiquei assustado. Pensei que o cara ia me dar um tiro, sei lá. Desci e o filho da puta desceu também. Daí comecei a correr e o cara correndo atrás de mim. Meu Deus, como corri hoje. Graças a Deus fui mais rápido. Vi o cara a uma boa distância e então pude respirar aliviado. Comecei a falar de longe coisas, tipo "vou anotar o n° do ônibus, seu animal". E o cara voltou a me perseguir, mas já não dava pra ele me alcançar. Finalmente ele se foi e fui me recuperando. Que horror.

2 comentários:

Gabriel Megracko disse...

Duro aprendizado! Rs... Vou levar isso pra dentro de todos os ônibus que entrar, principalmente no A do ABCD paulista.

Eduardo Maretti disse...

A propósito, além de ser um duro (mas importante) aprendizado, por que não usar o fato para algo criativo? Tipo fazer um filme. Tenho algumas sugestões de filmes:

1- "Touro Indomável, o retorno" (estilo Hollywood)
2 - Corra, Alê, corra (estilo mais vanguardista, com tempo não linear)