Com 35 anos, Shevchenko mostra categoria e faro de gol |
Amanhã vou falar de Santos x Corinthians. Hoje só um pequeno balanço da Eurocopa. Encerrada a primeira rodada, dos jogos e times que pude ver, a equipe que mais me agradou foi a Rússia. Só depois de ter achado o time muito bom na vitória de 4 a 1 sobre a República Tcheca é que entendi por quê: o técnico é o holandês Dick Advocaat. Um time rapidíssimo baseado em contra-ataques fulminantes, que perdia muitos gols mas encontrou o caminho da goleada após a entrada do ótimo Pavlyuchenko no lugar do medíocre Kerzhakov, que perdeu gols a rodo antes de sair.
Gostei do jogo Polônia x Grécia, mas mais pela dramaticidade e emoção do que pelo jogo em si.
Francamente? Francamente, adorei a derrota da Holanda para a Dinamarca, por 1 a 0. Não, não estou virando defensor de futebol feio, de resultados ou da retranca. Adoro futebol bem jogado e bonito, ofensivo. Mas, primeiro: a Holanda, na Copa do Mundo, parecia um time de cavalos, no qual o gol parecia ter tanta importância quanto os coices. Segundo: acho que a cor da camisa da Holanda (para quem eu torcia sempre desde 1974) deveria mudar de cor, para amarelo. Não existe seleção que amarela mais. E, em terceiro, não adianta nada esse estilo de toquinho pra lá e pra cá (que já me encheu o saco) se não balançar as redes. Palmas à Dinamarca, país pelo qual tenho tanta simpatia por seus gênios, como Kierkegaard e Andersen,que transfiro essa simpatia para o futebol. E parece que o velho estilo de futebol holandês fulminante, que eu tanto admirava, hoje veste vermelho e se chama Rússia. A conferir.
Nota sobre a Itália: contra a Espanha (atual campeã do mundo, a mais paparicada de todas as seleções) a velha Azzurra mostra que não há crise capaz de abater a força de seu futebol. Em 1982, o futebol italiano estava numa crise semelhante à de hoje, ninguém dava um tostão furado por sua seleção, e o resultado foi que o time de Paolo Rossi despachou o mitológico Brasil de Telê Santana (ainda vou escrever sobre Telê e explicar por que acho que ele tem de ser desmitificado). Em 2006, apostava-se em todo mundo, menos na Itália, que foi lá e levantou o tetra. Na estreia da Euro, no domingo, a Itália mostrou que pode chegar lá.
Preferi ver o Brasil olímpico contra a seleção principal da Argentina do que Alemanha e Portugal. Mesmo assim, enquanto vi os germânicos contra os lusos, achei muito meia-boca.
O destaque final da primeira rodada: Shevchenko, que, com seus 35 anos e meio desacreditado, mostrou que conhece tudo dentro da área e marcou dois gols de cabeça, daqueles que mostram o que um camisa 9 (embora ele vista a 7) deve fazer, na vitória de sua Ucrânia contra a Suécia por 2 a 1, hoje.
A primeira rodada da Euro 2012
Polônia 1 x 1 Grécia
Rússia 4 x 1 Rep. Tcheca
Holanda 0 x 1 Dinamarca
Alemanha 1 x 0 Portugal
Espanha 1 x 1 Itália
Irlanda 1 x 3 Croácia
França 1 x 1 Inglaterra
Ucrânia 2 x 1 Suécia
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