quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pois é


Bem, rojões por toda a parte, buzinas perto e longe, como uma comemoração de título. Vou ao bar comprar cigarro e o bar está tomado por pessoas vestidas de preto, em festa, meio estupidificadas. Como se tivessem conquistado um título. Incrível. Quanta carência. Para eles, ganhar do Santos é como se fosse um título, que ainda estão longe de ganhar, porque ainda têm o Boca Juniors pela frente.

Em algum momento aqui no blog (não lembro onde) e também para pessoas próximas eu já disse que perder a Libertadores (para um clube que é tricampeão e ganhou no ano passado) não tinha tanta importância assim neste 2012 (para mim). Afinal, quem sabe, a geração de Neymar consiga finalmente se dedicar ao Campeonato Brasileiro, o único título que falta a essa geração.

Acho que o Boca (se confirmar amanhã a vantagem de 2 a 0 conquistada contra La U em La Bombonera no jogo de ida) não vai ser um adversário tão pusilânime como foi o Santos de Muricy Ramalho diante do Corinthians nesta semifinal da Libertadores. O Boca vai ser uma parada mais dura.

Esta cara de bobo é a cara do Santos de Muricy

Muricy é muito ruim. Mas muito ruim mesmo. Sou santista: creiam-me. Não é à toa que nunca ganhou um mata-mata contra time brasileiro em Libertadores. Acho que está na hora de as pessoas que “entendem” de futebol reconhecerem que muitas vezes são atribuídos ao técnico os méritos que são do clube, e não do “genial” treinador. Dorival Junior nunca havia ganhado nada importante (a não ser que se considere o campeonato mineiro importante, que Dorival ganhou com o Cruzeiro), até ir para o Santos. Muricy Ramalho fracassara em todas as Libertadores que disputou, até ganhar com o Santos. Quem é mais? Dorival e Muricy ou o Santos? É óbvio que é o Santos Futebol Clube. O cara e seu staff ganham 500 mil por mês para fazer isso?

De maneira que, se eu tivesse a varinha de condão, mandava Muricy Ramalho embora hoje mesmo. E não vou repetir aqui os porquês, pois quem acompanha o blog sabe que já falei um monte de vezes sobre a covardia tática de Muricy. Mas o presidente Laor parece que gosta muito de Muricy. Luis Álvaro deveria meditar mais sobre a velha questão custo-benefício.

Voltando a Corinthians 1 x 1 Santos, após terminar o primeiro tempo vencendo por 1 a 0, o time de Muricy tomou um gol de várzea logo de cara no início do segundo: uma faltinha que qualquer time tem que defender, para o Santos foi fatal, com a colaboração sempre marcante do horrível Durval e do sempre invisível Juan. Muricy é são-paulino, e por isso adora o jogadorzinho Juan, que já fizera lambanças homéricas no São Paulo (que não o queria mais nem pintado de ouro) e ainda piores no Flamengo (em 2008, Juan fez uma partida grotesca e foi um dos principais responsáveis pela eliminação do Rubro-negro na derrota para o América do México em pleno Maracanã por 3 a 0).


Muricy, perdido e arrogante como sempre quando enfrenta grande times em mata-matas, só tentou fazer alguma coisa aos 30 do segundo tempo! Meu deus, que cara inseguro!

Palmas para o Corinthians, e vaias para o Santos de Muricy Ramalho, que, como ouvi na sala da minha casa, fez o papel de um timinho (concordo). Ganso fez uma partida grotesca e sem comentários. Se continuar nessa toada, daqui a um ano ele não valerá mais nada no mercado. Se quiser mudar de time, talvez consiga jogar em algum time menor do que o Santos na primeira divisão do Brasileiro ou na segunda divisão da Europa.

E digo tudo isso com a ressalva: os santistas não temos muito do que reclamar, pois ganhamos muitos títulos nos últimos anos, e por isso os rivais estão putos conosco.

Mas repito o que já disse antes no blog: tem alguma coisa mal explicada no Santos hoje. O Santos de Muricy Ramalho.

18 comentários:

Leandro disse...

Rojões por toda parte, quase um espetáculo de pirotecnia, buzinação pelas ruas e gritos de “chupa” vindos do fundo das entranhas de gente nos bares próximos e pelas casas vizinhas, com pessoas comemorando meio que estupidificadas, como uma comemoração de título.
Testemunhei tudo isso não por conta de uma comemoração de título ou de classificação, mas quando do gol de Neymar. Quanto recalque da felonia anti...
Também ganhamos muitos títulos nos últimos anos, mas não é por isso que os rivais estão putos conosco. Quando ficamos mais de duas décadas sem ganhar nada, também era assim. E assim seguirão as coisas.
Mas sem dúvida que este clima de festa, esta costumeira visceralidade à moda corinthiana, também decorrem de uma consciência coletiva de que o time deixou pelo caminho mais um favorito e seguiu contrariando os prognósticos pessimistas até de alguns corinthianos, como eu, que não acreditavam numa chegada à final no lugar dos poderosos Santos e Vasco, sobretudo se considerarmos a falta de um centroavante que substitua à altura o bom, mas bichado, Liedson, se considerarmos a incógnita que é a questão do guarda-metas desde a saída de Dida e se considerarmos a perda de duas peças importantes: Edenilson e Emerson.
Praticamente as mesmas queixas feitas sobre Muricy caberiam para Tite se o classificado da vez fosse o Santos. O primeiro time de um Corinthians cheio de titebilidade foi horrendo e poderia ter custado mais caro.
No segundo tempo a postura do time mudou e, mesmo correndo riscos inevitáveis por jogar contra um time mais agudo e cheio de talentos individuais, executou bem o que melhor faz, se defendendo e saindo compacto no tal do jogo coletivo. E fez isso na maior parte dos 180 minutos de futebol, pois o Santos nunca esteve mais perto da final e seus grandes nomes não brilharam como costumam em nenhum momento.
Méritos de Tite? Neste aspecto, e sopesados todos os riscos, talvez. Mérito deste grupo de jogadores esforçados? Certamente.
Mas todo este esforço e estas qualidades coletivas não tiraram e não tiram do Corinthians esta condição de patinho feio da competição.
O Corinthians era o menos cotado entre todos os brasileiros, era o patinho feio desde a fase de grupos, depois virou o patinho feio no mata-mata, e na final seguirá sendo este patinho.
Boca ou Universidad (ainda resta um jogo em Santiago, hein?) têm o favoritismo para esta final.
O negócio é seguir de franco-atirador. Concordo com o dileto blogueiro que o Boca, se passar, será parada mais dura que o seu Santos, pelas circunstâncias do embate. Basta lembrar que este mesmo time já trucidou Santos e Grêmio em finais, recentemente. Mas se os habilidosos chilenos passarem, a casca também será grossa.
Resta torcer para que São Jorge siga descendo do cavalo nos próximos jogos, até porque, tem “dérbi” no domingo (um dos dez maiores ”dérbis“ do mundo) e o Timão segura uma luminosa lanterna no Brasileirão do qual é seu atual dono.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Pois é. O que um jogo de 180 minutos não faz com as mentes. Antes, tão orgulhosos e empenhados pelo seu tetra, pela escrita da história, pela repetição dos feitos de Pelé, do alto de seu favoritismo. Agora, críticos da "estupidificação" futebolística. Por caminhos às vezes tortuosos, o anticorintianismo sempre volta ao mesmo discursinho ressentido de raiva e preconceito: a massa corintiana é "carente", "estúpida", "desdentada", e comemora como títulos feitos menores, que os "gigantes" rivais já têm às dezenas no currículo.

Rivais não entendem e nunca entenderão o que é o Corinthians. Só podem lamentar. Comemoramos sim, como um título, e com orgulho, nossa classificação à "primeira final de Libertadores de nossa história". Temos 102 anos e é nossa primeira final. E daí? Batemos na trave uma vez, contra um arquirrival. Dessa vez, novamente contra um arquirrival, a história tinha mesmo de ter um desfecho diferente. Aliás, naquela ocasião, em 2000, se esse regulamento esdrúxulo do gol fora estivesse em vigor, teríamos ido à final, sem pênaltis, e hoje seríamos no mínimo vice-campeões desse Santo Graal latino-americano que se tornou a Libertadores. Sim, porque acho podre e hipócrita essa visão de que segundo e último é a mesma coisa. Se formos vice-campeões, de um time como o Boca, não há nada a lamentar. Teremos perdido para o indiscutível maior time da América Latina, o "rei das copas". Por isso, a vitória de ontém pode sim ser comemorada como um título, mesmo que os rivais ressentidos não entendam ou não queiram entender.

Incrível que o olhar crítico do blogueiro santista em relação à nossa postura frente à Libertadores virou a mesma coisa, no melhor estilo "quem desdenha quer comprar". Antes, favoritos e arrogantes, já pensavem no Boca Juniors na final. Agora, "não estão nem aí, porque já são tri-campeões".

E como o favoritismo atrapalha o Corinthians. Para quem dizia que o time "jogava um futebolzinho", que não passaria nem da primeira fase, depois não passaria por um timinho do Equador, depois não passaria do Vasquinho (favorito! hahaha), e agora certamente cairia frente ao gigante da Libertadores Santos, está aí a sua resposta. Já somos vice-campeões da América, e isso já é um grande feito. Com essa lição de humildade, espero que o Corinthians faça, contra Boca ou La U, uma final de honra, e que possa ao final levantar a sua primeira Libertadores.

Eduardo Maretti disse...

Ah, fala sério. Eu não vou mais responder esse papinho de anti-corintianismo, já deu pra minha bolinha.

Essa vitória sobre o Santos ficará na história se vcs forem campeões. Se perderem a final, vai se esfumaçar e perder a importância.

PS: acho estranho como mesmo na vitória vcs são agressivos e raivosos.

Glauco disse...

Edu, acho que o que pesou mesmo foi um planejamento mais adequado, ou seja, contratações para posições que o Santos tem carência. Os três gols que o Alvinegro tomou nas quatro últimas partidas da Libertadores foram todos pelo mesmo lado, o direito, do (mal) improvisado Henrique. Isso porque Fucile machucou e nem a mãe confia no Maranhão. E ontem, se você vir o replay do gol do Corinthians, tem o mesmo número de jogadores dos dois times na área, quando a lógica seria que, quem defende, ter sobra. Erro primário da defesa peixeira (e do Durval, que erra em demasia desde o ano passado).

Acho que Muricy tem responsabilidade, costuma ser previsível na hora do "vamos ver", mas é impossível armar um esquema de jogo que preste (e o time vem tentando implantar algo diferente desde a derrota para o Barcelona, é só ver o número de passes trocados) com dois atletas que passam mais tempo no departamento médico do que jogando, no caso, Arouca e Ganso. E nenhum dos dois tem jogadores com características parecidas no banco. Ou seja, voltamos à questão do tal planejamento.

E faço coro ao seu PS. Pior que não saber perder é não saber ganhar. Muito ódio no coração desse pessoal, rs. Abraço.

Paulo M disse...

Ao (tentar) cumprimentar um corintiano no trampo ainda há pouco pela classificação e dizer a ele, discutindo a partida de ontem, que o Santos jogou mal, ouvi em resposta: "O Corinthians é que jogou muito, deixa de ser burro." Retruquei: "Eu é que sou burro? As duas coisas aconteceram. Não ocorre isso em futebol? O Santos no segundo tempo não jogou nada e o teu time jogou muito, mas só quando não tinha a posse da bola" A isso, o dito reagiu com resmungos e grosserias. Vejam: tudo porque fui lhe dar os parabéns. Não há motivo para que palmeirenses, spaulinos, santistas, colorados, gremistas, vascaínos... e até flamenguistas achem ótimo e muito engraçado ver o Timão rodar a baiana? Pra quem já vestiu duas vezes a camisa metade Corinthians, metade Boca vcs reclaamam demais. Ótima oportunidade, aliás, pro tiro acertar também o próprio pé, caso o Boca passe mesmo pelos chilenos.
O Corinthians jogou bem, sim, mas sem a bola rsrs. Quando tem a bola, é limitado. Os argentinos podem ganhar a final explorando a tática corintiana, pois o Corinthians não sabe tomar iniciativa com um adversário que também não joga aberto e é especialista em se armar pra dar o bote de cobra.
Vamos à Copa do Brasil. À noite tem Verdão no pedaço. Se tudo der certo, pegamos o Coxa. Eu, particularmente, preferia o São Paulo.

Eduardo Maretti disse...

Então, Glauco, o (mal) improvisado Henrique. Sério mesmo, na minha opinião teria sido muito melhor escalar um lateral de ofício, mesmo limitado (Maranhão), colocar o Henrique de volante e o Adriano no banco. Mesmo porque enfrentamos um time que, como diz o Paulo, joga bem quando não tem a posse de bola (concordo) e ataca pouquíssimo. Maranhão agride, fez até gol nesta Libertadores. Precisávamos de um time menos covarde taticamente. Estava óbvio para todo mundo que Henrique estava muito mal improvisado. Todos nós vemos e o treinador que ganha 500 mil não vê?

"Erro primário da defesa peixeira" no gol. Também concordo. Mas o time não treina? E quem é o treinador do time? O gol saiu de uma falta desnecessária do Dracena, que foi cobrir justamente o lado direito.

Outra pergunta. Léo - que encarna a camisa como poucos - está tão mal que não tem condições de atuar? O time depois de tomar o gol ficou perdido em campo e o cara mexeu aos 30 do segundo tempo!!! Pelamordedeus! É pior do que Parreira, que pelo menos faz bem o que se propõe a fazer.

Bom, teria outras questões, mas ficaria muito longo. Só queria Muricy longe da Vila.

E o exemplo do Paulo sobre a "simpática" resposta do corintiano a quem ele foi cumprimentar é um exemplo cabal do que diz o Glauco: "Pior que não saber perder é não saber ganhar."

Abraços

Victor disse...

Outro dia vi no FB uma frase: Gentileza gera gentileza, como seres imitadores acredito nisso, ou seja, o Corínthians tem sido o saco de pancada de todos, então quando ganha quer devolver as porradas que leva durante as disputas.
Por outro lado, concordo com o Glauco, se não temos jogadores como culpar o técnico?
O Ganso precisa fazer alguns passes dignos para a imprensa elogiar, voltar a ser "comprável", e depois vender o gajo. Não dá mais.
Ontem o Neymar errou muitos passes e no segundo tempo sumiu. Culpa dele ou da eficiência defensiva do Coringão?
O Edu colocou bem: pusilânime. O time do Santos foi assim no segundo tempo. Sumiu.
O Muricy já ganhou muito, ninguém ganha sozinho, mas não acho que ele seja o problema. É comum descarregar no treinador as derrotas. O Leão com certeza voltou para a corda bamba. Será esta uma atitude correta dos comentários dos analistas?
Agora, sem tanto peso, vamos ao campeonato brasileiro, esta taça é nossa !

Mary Jo Zilveti disse...

Pô, Maretti, menos, por favor. A questão não é exatamente ganhar do Santos. Podia ser qualquer time, trata-se de passar uma etapa e chegar à final. Simples, assim. Agora temos o Boca e se ganharmos, será maravilhoso. Se der segundo lugar, fazer o quê? Não preciso repetir aqui quantas vezes o Corinthians chegou a uma final de libertadores. Você sabe melhor do que eu. Beijos e #vaicorinthians

Mary Jo Zilveti disse...

Não entendo de futebol feito você. Não sei se é o caso de mandar Muricy embora. Outro dia Luiz lembrou que você poderia começar um post intitulado "Indigência técnica", mas daí ele ponderou que quem manda é a cartolagem e a grana. A impressão que dá ao ver um jogo do Santos é que tudo tem de girar em torno do Neymar. Ele é a bola da vez, e o Santos tem muitos talentos, mas falta jogo de equipe e o Muricy talvez esteja amarrado por conta da cartolagem. Bom esta é uma humilde opinião de quem assiste a futebol sem entender no seu nível. Beijos.

Eduardo Maretti disse...

Mary Jô e Victor, num post anterior, o corintiano Leandro observou, em favor de Muricy, que não se pode responsabilizar apenas o técnico se vários jogadores importantes do Santos (como Neymar, Arouca, Ganso e Elano) não vêm se apresentando bem.

Vou além de Leandro para dizer que ninguém no Santos está jogando bem. Eu diria aliás que ninguém está jogando nada, embora ontem Arouca tenha sido um dos únicos que se salvaram. Mas a questão é: se é um ou outro, um ou dois, que não estão bem, é uma coisa (e Leandro teria razão em dizer que o treinador não é o responsável). Agora, se nenhuma das estrelas de um time caríssimo nem o time têm jogado nada, então o quadro muda de figura. Muricy é o técnico e comandante do time. Se nem as peças nem o esquema funcionam, há algo estranho no reino da Vila Belmiro. É o que eu acho.

Saudações a todos.

Felipe Cabañas da Silva disse...

"Essa vitória sobre o Santos ficará na história se vcs forem campeões. Se perderem a final, vai se esfumaçar e perder a importância"

Mentira. O Palmeiras ganhou do Corinthians na semifinal de 2000, foi para a final contra o Boca, perdeu, e até hoje aquele jogo é lembrado por corintianos, palmeirenses, jornalistas ou corneteiros.

Engraçado que na semana passada a semifinal, aqui neste blog, era o jogo do século. Agora é só mais um joguinho que o Boca vai se encarregar de esfumaçar na história.

Continuo achando que não é nem um extremo nem outro. Mas, pela minha experiência de perder superclássico em semifinal de Libertadores: não adianta o que vocês façam para minimizar o que aconteceu. Já era. Entrou para a história. Só será apagado se vocês devolverem a bola. Até hoje, 12 anos depois, nós não devolvemos contra o Palmeiras.

Por fim, você me chama de carente e estúpido e a raiva parte de mim??

Então finjamos que o anticorintianismo não existe. Sugiro que você crie uma conta no Facebook para ver como anticorintianos são invenções da nossa cabecinha delirante.

Eduardo Maretti disse...

Felipe, mostre-me onde eu TE chamei de carente e estúpido? Eu jamais faria isso.

Tanto você quanto o Leandro, imaginem uma hipótese. Imaginem que o Santos tivesse ganho e eu tivesse adjetivado o perdedor Corinthians chamando-o de "time pusilânime", "timinho", time com cara de "bobo" como chamei o Santos de Muricy. Minha nossa senhora, era capaz de vcs se encontrarem, descobrirem onde moro e me esperarem na porta do prédio pra me dar umas porradas!

Um dia eu disse que "o corintianismo é tedioso" (citando Azenha) e parecia que eu tinha dito as coisas mais abomináveis e racistas que alguém é capaz de dizer. Menos, Felipe. Não tem nada de ofensivo nisso ou em outras coisas que digo.

Quanto a dizer que era o "jogo do seculo" (assim mesmo, entre aspas), fiz as ressalvas no último ou um dos últimos comentários daquele post.

E, entre aspas ou não, se era o jogo do século, para mim deixou de ser - hehe.

Quem convive comigo sabe que eu de fato estava pouco ansioso com esse jogo. Estava ansioso mesmo, muito mesmo (quase morri do coração no estádio) antes da final de 2002 e na Liberta do ano passado. Talvez essa coisa fleumática de minha parte em relação a esse jogo tenha feito parecer que estou desmerecendo a vitória de vcs. Não estou. Parabéns. Como eu disse no post: "palmas ao Corinthians", porra. Fui sincero. Leia o comentário do Paulo acima. Leia as coisas sem filtrar tanto, como se tudo fossem ofensas a vcs.

E não vou mais mesmo responder esse negócio de "anticorintianismo". Talvez escreva um post sobre isso uma hora, pra dizer o que penso, mas vai depender de vencer a preguiça.

Saudações.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Caramba. Vai ver que eu estou levando mesmo as coisas muito a sério. Acho que o Corinthians está muito no centro das atenções, polarizando os sentimentos de uma massa enorme de pessoas: ou bem se ama, ou bem se odeia. E todo mundo vem dando porrada pra cacete no alvinegro paulistano. Não é chororô, nem lenga-lenga, nem tró-ló-ló corintianista (rs). Tenho me dedicado seriamente, ultimamente, a buscar entender filosoficamente a origem de tanto ódio. Sei que tem um lado prático. A torcida é grande. É fanática. Grandeza + fanatismo = barulho + encheção de saco. Eu entendo isso. Mas parece que não é só. Acho que ando me sentindo ressabiado e tendo a ver como agressão as palavras mais sutis. Peço desculpas. Mas também acho normal que nós extravasemos um pouco. Está havendo como que uma "união nacional" contra o Corinthians nessa Libertadores. Ontem, meus vizinhos são-paulinos claramente abandonaram o jogo do seu time para assistir o dos nossos, e torcer você sabe para quem.

Enfim, só queria deixar claro um pouco as causas do meu comportamento arisco. hehe
Não é nada direcionado ao escriba do blog. Acho que ando até mesmo vendo anticorintianismo onde não tem.

Saudações.

Paulo M disse...

Estamos na final. Grêmio, time de encrenqueiros, volta pra casa. Timão, se prepara, vem encrenca por aí...

Leandro disse...

Risos... Muitos risos...
Caramba... Sobrou até pra mim?! Quer dizer que eu descobriria o endereço do blogueiro e me mancomunaria com o também osasquense Felipe p/ bater no Edu?!!!! (hahahahahahahah)
A verdade é que nós, corinthianos, estamos há mais de seis meses repetindo que Fluminense, Inter, Santos e Vasco são favoritos, e mesmo assim, somos arrogantes, despeitados ou estamos fingindo humildade.
A verdade é que o Paulo não foi elogiar a classificação corinthiana, mas desqualificá-la diante da inação do Santos, travado pelo SCCP em 180 minutos, e ainda assim, somos mal-humorados e rudes.
A verdade é que torcedores do SPFC, bem como de Palmeiras, Jabaquara e Ypiranga esqueceram o jogo de seus times para secar o SCCP, e ainda assim, precisamos de mais amor no coração...
Discordo do Felipe que este jogo possa ser comparado ao de 2000, pois naquele era um dérbi, era um superclássico, e neste não.
Mas concordo com relação ao peso que muitos vão dar ao embate, independente do que acontecer no futuro.
Basta ver que Marcos, goleiro detentor de títulos estaduais, nacionais, continentais, e até de um pentacampeonato com a seleção, aposentou-se recentemente e o fato é que, seu jogo e seu lance mais lembrados em sua carreira dizem respeito à semifinal com o Timão em 2000, quando defendeu irregularmente uma penalidade depois de adiantar-se muitíssimo.
Méritos de Marcos que pegou o pênalti? Não.
Méritos da competição e sua importância para o futebol mundial? Tampouco.
Méritos do SCCP, que fez parecer nada um pentacampeonato mundial de seleções e marcou a vida de um goleiro pentacampeão mundial com um singelo lance de defesa.
Foi por este lance que Marcos ficou marcado e deu milhares de entrevistas ao aposentar-se. Foi por este motivo que sua torcida deu-lhe o apelido de “santo”.
A história de Marcos, mesmo com um penta nas costas, não só é bem menor que a deste time de desdentados, sem Libertadores e sem estádio como se deve, exclusivamente (repito, exclusivamente) a este time de desdentados, sem Libertadores e sem estádio.
E neste aspecto, Neymar perdeu uma grande oportunidade ao não ser a figura do jogo de ontem.
Poderia ter consolidado seu lugar no coração de santistas e, sobretudo, de outros não-corinthianos, independente do que ocorrer nos JOs 2012 e na Copa de 2014, embora tudo isso possa parecer besteira, e seja...
Mas creiam que nem diante deste gigantismo corinthiano e de tantas injustiças sócio-político-futebolísticas, eu cometeria um ato de violência contra o blogueiro ou contra outro torcedor de qualquer camisa.
Menos ainda por uma eventual classificação do Santos FC neste tradicional campeonato sulamericano de várzea. Meu poupem, por favor.

Eduardo Maretti disse...

Só rindo mesmo, pensando que alguém que entra pela primeira vez neste blog é capaz de acreditar que os debatedores de fato estão quase chegando às vias de fato, "embora tudo isso possa parecer besteira, e seja..."

Mary Jo Zilveti disse...

Edu, hoje levei uma bronca do nosso compadre José Arrabal. Ele me disse que eu não deveria ter dito nada no email que mandei a vocês dois sobre a derrota do Santos. Deu-me um esporro. E foi categórico: se rolar o churrasco na casa do Edu no final de semana, está terminantemente proibido falar do Santos. Daí arrematei: quando Luiz foi no último churras, o assunto também tinha sido vetado. E foi ótimo. Bom se rolar, espero que não chova, um ótimo churras sem intempéries.

Beijos a você e a Carminha,

João disse...

Pooorcooo, Poorcooo, pooorcooo!!... e depois a gente fala mal do Felipão!