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Se a quantidade de vezes que o meu coração sofreu
desse estrelas no céu,
o céu seria o mesmo.
Se de cada sorriso meu
brotasse um lírio ostentoso,
teríamos tantos lírios lindos
como temos hoje.
Se a cada choro teu
morre uma criança,
pode chorar sem culpa,
há na morte alguma esperança.
Quando o vento soprar forte,
é o pulso do sol no sangue do tempo.
Quando o sino soar morte,
5 comentários:
belo poema
Acho que o que mais inspira grandes poemas como este são os mistérios da vida, que encantam e ao mesmo tempo intimidam. Deus e a morte são dois deles, e bem descritos aí como mistérios mesmo.
PS: uma coisa que achei interessante é justamente o contraste dessas figuras intimidatórias com a sigeleza das palavras e da Natureza no texto, que parecem tornar esses mistérios amedrontadores em algo puro. Muito legal isso.
Lindo.
Sei que o meu grande amigo Gabriel não faz poesia com este intuito, mas com uma lírica cada vez mais madura, terá um lugar importante na literatura brasileira, que carece de novos poetas brilhantes e de tamanha sensibilidade.
Um grande e forte abraço!
Edu bacana você colocar um link para o Gabriel.
Pessoalmente me toca mais um outro poema dele, As Estruturas (No Coração do Mundo). Infelizmente não sei teorizar sobre a estrutura poética, apenas reconhecer se gosto e se gostei é porque achei na forma e conteúdo algo digno de ser enunciado.
Coloquei na seção Sugestões da Casa, do Boteco, um link para o referido poema.
Abração para você e o Gabriel.
Luiz
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