quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O que esperar de Santos, Corinthians, Palmeiras e São Paulo em 2013


Com o calendário abarrotado pelo estadual e poluído pela seleção brasileira (ou seja, sem novidades), que neste ano disputa a Copa das Confederações no Brasil (quando as competições nacionais serão interrompidas, pelo menos isso), começa no próximo domingo o ano de 2013 para o futebol brasileiro. No caso deste post, do ludopédio paulista. Seguem algumas linhas sobre o que esperar dos times grandes do estado de São Paulo.

Ivan Storti- Divulgação/Santos FC
Argentino Montillo é o camisa 10
O Santos foi certeiro ao contratar o meia Montillo (ex-Cruzeiro), que, embora com características diferentes (joga mais à frente, por exemplo), chega para substituir Ganso. Marcos Assunção pode se encaixar bem no meio de campo, dando cadência a uma equipe muitas vezes afoita, e também aproveitar as incontáveis faltas sofridas por Neymar, que são quase sempre desperdiçadas. Neymar, aliás, que sofre com um esquema tático conhecido como “Neymar-dependência”, do gênio Muricy. Vamos ver se com Montillo o time muda do “dá no Neymar” para o “dá no Neymar ou Montillo”.

O time da Vila tem condições de entrar como um dos (vejam bem, um dos) favoritos aos títulos que disputar, considerando as competições mais importantes: o Brasileiro e a Copa do Brasil, que neste ano vai ser disputada de abril a novembro. Como santista, estou um pouco farto de títulos paulistas, pelo menos se se levar em conta que em 2012, com um time caro, a equipe foi tricampeã estadual e depois mais nada, tirando o simbólico mas pouco expressivo título da Recopa: foi desclassificada da Libertadores pelo Corinthians e fez uma campanha horrenda no Brasileiro.

Continuo a afirmar que não suporto o treinador Muricy Ramalho. Nem sua figura antipática, um homem mal educado e às vezes covarde ao acusar os jovens da base pelos insucessos. Isso para não falar de sua notória covardia tática.

Conheço santistas que veem um bom motivo para torcer muito no Paulista: pois o Peixe pode levantar o inédito tetracampeonato. Vá lá, o motivo é justo, mas confesso que não consigo mais ter interesse num campeonato que tem 19 rodadas que não servem para nada a não ser lotar o calendário de jogos inúteis, quase todos com timinhos violentos.
Reprodução
O namorado de Barbara Berlusconi
O Corinthians... Bem, o Corinthians, que já era fortíssimo no ano passado, quando levantou a mitológica Libertadores e acabou com o maior manancial de piadas do futebol brasileiro, além do Mundial no Japão, está ainda mais forte em 2013, com as chegadas de Pato e Renato Augusto. Isso se Pato, também conhecido como namorado de Barbara Berlusconi, estiver em condições físicas, pois é um atleta que parece estranhamente frágil em algum lugar entre os músculos e o cérebro. Mas, mesmo que nenhum deles jogue nada, a manutenção da equipe campeã e a permanência de Tite terão de ser engolidos por rivais, arquirrivais e que tais.

Seja como for, a tranquilidade do time depois de tantas conquistas é mais um fator a impulsionar o temível Alvinegro. Além, obviamente, da montanha de dinheiro que chega ao clube de todos os lados, inclusive a muitíssimo discutível verba pública via Caixa Econômica Federal, patrocinadora da camisa corintiana.

Reprodução
Principal "reforço" do Verdão
O Palmeiras tem um ano paradoxal: rebaixado para a segunda divisão no Brasileiro, disputará a Libertadores em 2013, embora com chance zero de título. O grupo do Verdão na competição continental é formado por Libertad, Sporting Cristal e Tigre-ARG ou Deportivo Anzoátegui-VEN.

O Campeonato Paulista pode ser um bom laboratório para o treinador Gilson Kleina montar a equipe, cujo principal objetivo sem dúvida é o Brasileiro da Série B. Parece-me que o Alviverde não conseguirá encontrar mares calmos antes de eleger seu novo presidente e pôr fim à lamentável administração de Arnaldo Tirone, na semana que vem.

Uma providência profilática sem dúvida seria se livrar de Valdívia, que não consigo caracterizar a não ser como um encosto. O principal reforço do Palmeiras para 2013? Barcos, que renovou contrato.
Reprodução
Meio campo do São Paulo agora tem dono
E o São Paulo me parece que acertou na mosca ano passado ao trazer o técnico Ney Franco. E a chegada de Ganso, cuja inteligência futebolística é impressionante, tem tudo para fazer do Tricolor do Morumbi um time ainda mais forte do que já vem demonstrando ser. Claro, isso se o meia superar sua crônica frequência no departamento médico.

Tudo indica que o São Paulo será candidato ao título da Libertadores e voltará a ser uma força do futebol brasileiro em 2013, o que não acontece desde 2008, quando foi tricampeão nacional. Em 2012, o time conquistou a pífia Copa Sul Americana, o primeiro título em quatro anos.

Contra o boliviano Bolívar na pré-Libertadores, o time não deve ter dificuldades para entrar na fase de grupos.

7 comentários:

Leandro disse...

Já afirmei em outros canais e reafirmo aqui que eu preferia o paulistano, corintiano e xará Leandro Damião ao Pato.
O Damião já conhece bem a cidade e o time pela faceta de torcedor. Questão de adapatabilidade, diria o Adenor.
Sem contar que o Damião também não tem o histórico de lesões e de inserções midiáticas em outras searas que não a de um profissional do futebol.
Mas ninguém pode negar que o Pato tem muito a oferecer, e é claro que será cobrado com base nisso. Se estiver inteiro fisicamente, motivado e com foco, fatalmente corresponderá.
Vamos torcer e ver no que dá.
Quanto à publicidade da CEF, nunca vi falarem nada parecido da bela camisa flamenguista Lubrax Petrobras.
Também já afirmei em outros canais e reafirmo aqui que esta é mais das insólitas pérolas do FEBEAPA anticoritiano. Para mais informações neste aspecto, vide, por exemplo: http://www.futepoca.com.br/2012/11/bora-acabar-com-publicidade.html
Quanto à dupla dos ótimos Neymar e Montillo, tem tudo pra dar certo. Os dois são de um nível que dispensa mais comentários, e com a guarida do bom Assumpção devem render muito e se revesar numa profusão de gols.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Pois é, Leandro, também lembro da parceria há anos entre Banrisul-Inter e Banrisul-Grêmio (talvez a única coisa em comum entre os arqui-inimigos gaúchos): nunca vi uma única crítica. Mas, Leandro, o que é FEBEAPA? rsrs

Sobre as perspectivas, eu acho que São Paulo e Grêmio têm duelos complicados pela pré-Libertadores. O time do Jd. Leonor, porque vai fazer o segundo jogo em terreno adversário, na altitude, e pretende usar um bisonho planejamento de chegar a La Paz apenas no dia do jogo, porque segundo os estrategistas são-paulinos chegar mais cedo pode aumentar o risco de náuseas, enxaquecas e lesões. Achei estranho: sempre vejo todos os times fazendo justamente o contrário, mas não sou um entendido. De todo modo, o São Paulo tem time pra fazer 5 ou 6 x 0 aqui, e ir viajar tranquilo, se o placar for apertado no primeiro jogo, o segundo pode virar drama.

Em relação ao Palmeiras, houve uma debandada de jogadores, pouquíssimos reforços até agora, o clube mobilizado exclusivamente pela politicagem de sempre, e vi que há chances de que novamente capachos de Mustafá Contursi se mantenham no poder. O ano começa mal. Barcos e Valdívia é muito pouco até para a série B, e se o elenco não conseguir se reforçar de forma forte até o início do brasileiro, corre o risco de ficar na segundona.

O Santos na minha opinião está no caminho certo para voltar à Libertadores, quem sabe com o primeiro título brasileiro de Neymar pelo clube, mas vejo que a defesa continua um setor carente para o time da Vila.

Sobre o Corinthians, realmente o clube continua fazendo tudo certinho, mantendo quem tem que manter, trazendo reforços de peso, valorizando esse grupo que tem se entregado pelo clube. Essa condição é muito sólida, o que me deixa muito feliz.

Paulo M disse...

Santos, Corinthians e São Paulo dão o ponta-pé inicial no ano como concorrentes diretos na briga por qualquer título que disputarem. O Corinthians sai na frente, porque reforçou aparentemente bem o time vencedor de 2012. Por outro lado, o Pato pode funcionar como bumerangue caso o investimento de 40 milhões do Caixa do clube não dê retorno.
Do Palmeiras pouco espero. Temo que já seja pedir muito não levar couro nos três clássicos. Riquelme não é uma boa. Melhor seria, pra mim, pôr o Diego Souza, o Dihbal, o Bruno Oliveira, o João Denoni e alguns outros dessa boa base pra jogar com o Barcos, o Wesley, o Henrique e o Fernando Praz. Talvez desse uma salada mais saudável. Se não tem nem dois milhões e meio pra contratar o Márcio Azevedo do Botafogo, esquece. Mas pra montar um time decente pra fraquíssima série B ainda tem tempo até abril ou maio. Quem sabe Décio Perin (também não me convence muito) não muda as cartas do jogo, caso eleito... Paulo Nobre tem apoio do Mustafá. Fora! Vamos esperar.

Leandro disse...

FEBEAPA é a sigla de "Festival de Besteiras que Assola o País", Felipe.
Eu poderia discorrer aqui por várias linhas deste tal "festival", seu criador/humorista e o contexto político e histórico do período de sua criação, mas deixou que sua capacidade de pesquisa e julgamento, aliadas ou não ao Google e à minha preguiça, cuidem disso. (risos)
A propósito, esta sigla bem que poderia ser adaptada para "Festival de Besteiras que Assola o Planeta Anticorintiano", numa versão século XXI e bem mais progressista nos aspectos político-sócio-filosófico.

Eduardo Maretti disse...

Não tive tempo de comentar nada esses dias, mal tive tempo de ler os comentários, mas discordo do texto do Nicolau, do Futepoca, linkado acima, LEandro.

É puro sofisma.

Houaiss

Sofisma: argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.

Abraços

Leandro disse...

Estamos em posição diametralmente oposta neste aspecto, caro blogueiro.
A meu ver, é puro sofisma sua afirmação sua afirmação (ilação) de que patrocínio "público" para o SCCP fere todas as regras ético-regulamentares estatutárias do universo.
Conforme coloquei, é apenas mais uma das pérolas da prolífica mitologia anti.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Ué, mas os patrocínios listados pelo Nicolau são reais. Então por que sofisma? Mas fora todas as incongruências do argumento anti-corintiano listadas pelo Nicolau, gostaria de lembrar novamente do caso do Banrisul-Inter-Grêmio. Faz anos que o Banrisul (ou Banco do Estado do Rio Grande do Sul) patrocina a camisa dos maiores clubes gaúchos, praticamente um monopólio de grana pública nas maiores camisas do Rio Grande, e não vi jamais uma única crítica dos que agora levantam a voz contra o nosso patrocínio.

Além do mais, gostaria de lembrar a segunda parte da relação: no mundinho cão dos negócios de marketing, ninguém paga um caminhão de dinheiro para estampar seu nome em algum lugar se esse lugar não for muito rentável. Assim, ganha o Corinthians e ganha a Caixa. Assim como o BMG lucra com a camisa do Santos, a STI com a camisa dos bambis e a Kia com a camisa do Palmeiras. Isso é marketing. A propaganda atrai investimentos, contratos e clientes, por isso ela se tornou um dos mercados mais rentáveis da atualidade. Fazer o que se a nossa camisa é a mais cara?

Se os antis estivessem centrando a sua artilharia sobre o financiamento do estádio, eu compreenderia: eu mesmo acho um absurdo o montante de dinheiro público em Itaquera e acho que o Corinthians não precisava disso. Mas, honestamente, ficar batendo nesse patrocínio da Caixa escancara que não existe nada que envolva o Corinthians que não se torne motivo de ressentimento rival. Vocês estão mudando a máxima do Che Guevara, que ficou mais ou menos assim: Se hay Corinthians, soy contra! rs