De repente,
não mais que de repente
Tive um dia
maravilhoso!
As ideias
brilhavam
As mulheres
cantavam
Soprava um
ventinho gostoso!
Andei pelas
luas
conheci uma
Dama
E um
pretendente a meu Amigo!
Decidi pela
piedade que clama!
e tirei do
caldo da rua um mendigo
Dei-lhe
comida e ofereci abrigo
Já se via na
sua boca o sorriso
da sorte
nascida da lama
Começo da
tarde, andei pensativo
... coisas
que logo perderam a voz
Mas fiz os
deveres meditativo
uma coisa de
cada vez
até estar em
plena paz de espírito
Sentia-me
leve como plana o albatroz
Senti enfim
que não pensava em mais nada
Findei o
trabalho e fui embora pra casa
no pôr do
sol de outono na calçada
Perdoaria
até o meu pior algoz
nessa hora
gentil e iluminada!
O mundo
parecia inesperadamente belo
tão longe da
morte e do perigo
Eis então
que fez-se o elo!
O encontro
das águas no sertão do infinito
Obra de arte
a sair do prelo
Na travessia
da última rua
já no
nascimento da terceira lua
com os olhos
serenos e tranquilos
vi o
encontro do Céu e do Inferno
Foi um
ônibus que estraçalhou um velho
Do blog/caderno de poesia Soulstício
2 comentários:
Nada de novo quando já se conhece o repertório poético de Gabriel Megracko. Suas novidades já se tornam rotina, mas escapam a ela de tanto surpreender. Belíssimo.
? ... que isso ... !
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