quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Santos, enfim, vence uma. Palmeiras derrota Botafogo no RJ. E, no basquete, deu Argentina


Eis que, tirando Olimpíada, corre uma semana tão morta em notícias que me deparo com o Campeonato Brasileiro em sua 15ª rodada. E eis que o Santos vence.

Os destaques da rodada foram justamente as vitórias do Santos por 4 a 2 sobre o Cruzeiro na Vila (apenas a terceira do time em 15 partidas) e do Palmeiras sobre o Botafogo de Seedorf em pleno Engenhão, por 2 a 1, com direito a um gol alviverde, de Barcos, tão mal anulado, por um impedimento tão equivocado do bandeira, que não é possível acreditar em boa-fé, com o perdão do eufemismo. Aquele impedimento nem a minha avó marcava. Mas com apito amigo e tudo, o Fogão perdeu e vai cumprindo a tradição pela qual é tão conhecido nos últimos anos (e bota anos nisso), a do velho e bom pangaré paraguaio, e já ocupa a 7ª posição na tabela.

Dos quatro gols do Santos, destaque para o primeiro, golaço de Felipe Ânderson, que o treinador Muricy, para justificar seus próprios erros, às vezes acusa de ter “defeito de fabricação”.



Com o triunfo, o Peixe dá uma respirada e sobe para honroso 14° lugar, com 16 pontos, três à frente do primeiro time na zona do rebaixamento, exatamente o Palmeiras, que tem 13. Dois pontos acima do Santos e cinco do Palestra, segue o Corinthians com sua campanha protocolar, à espera do Chelsea em dezembro, e que nesta quarta-feira empatou com o vice-lanterna Atlético-GO no Pacaembu em 1 a 1.

Faltando 23 rodadas para o fim do campeonato, o Alvinegro Praiano está 11 atrás do Grêmio de Vanderlei Luxemburgo, que hoje, em quarto lugar, fecha o G-4.

Se o Alvinegro da Vila começar a ganhar e engrenar com a volta de Neymar na companhia, quem sabe, do meia-atacante argentino Patito Rodriguez, que vem agradando nos treinos, e de Victor Andrade, a nova promessa, de repente dá pra beliscar uma vaga à Libertadores. O jovem de 16 anos que me lembra Claudio Adão fez hoje seu primeiro gol pelo Santos. Mas, sem Ganso, falta um cérebro à equipe. E Muricy vai ter coragem de escalar o moleque Victor Andrade quando Neymar voltar? Duvido. Muricy não ousa. Prefere reclamar.

Entre os paulistas, o São Paulo, em 6° lugar, é o de melhor campanha, com 25 pontos, dois atrás do quarto colocado Grêmio de Vanderlei Luxemburgo.

Vasco, Atlético-MG, Fluminense e Grêmio são hoje os times que compõem o G-4. Acho difícil que o campeão não seja um desses quatro.


Basquete brasileiro cai em Londres


Por que Magnano preferiu Splitter e não Varejão?
E pra não dizer que não falei de Jogos Olímpicos, e já que mencionei Olimpíada no início, registro a derrota do basquete masculino do Brasil para a Argentina por 82 a 77, perdendo a vaga nas semifinais num jogo que os brasileiros teriam vencido até com certa facilidade, não fosse o lamentável aproveitamento em lances livres (Tiago Splitter é uma piada), o velho individualismo brasileiro que compromete o coletivo, o emocional que sempre falha na hora H.

Não gosto de teorias da conspiração e não sou especialista em basquete. Mas por que o pivô Anderson Varejão praticamente não jogou hoje se jogou, e bem, na campanha até aqui, e o pivô Splitter, mesmo com atuação comprometedora, ficou em quadra até o fim? Não entendi. Rubén Magnano, o técnico da seleção brasileira, é argentino. Mas prefiro deixar a teoria da conspiração pra lá.

4 comentários:

Alexandre disse...

Tão querendo ganhar na malandragem, hein, FOGÂO?!! Não conseguiram nem com ajuda. Aliás, parece que há um complô contra o Palmeiras, jogo sim jogo não, anulam um gol, ou anotam impedimentos absurdos. Estranho. Finalmente uma vitória dos dois times paulistas, Palmeiras/Santos.
Consegui ver o jogo de Basquete ontem, brasilxArgentina. Uma boa sugestão para esse Tiago Splitter:vender pastel, abrir um comércio, qualquer coisa. Basquete realmente não é seu forte. Acho que eu conseguiria mais pontos, hahaha.
Com erros grosseiros, o Brasil não conseguiu se classificar. Se tivesse jogado o A. Varejão no lugar do Splitter, o time brasileiro poderia ter passado pela Argentina, que é um time bom, mas não muito.
Hoje temos as meninas contra Japão.
Vamos nessa...

Leandro disse...

O apito amigo também se fez presente no Pacaembu, onde o Corinthians teve um gol (de Jorge Henrique) absurdamente anulado.
Sobre basquete, eu já acho um esporte bem chatinho sem estas "agravantes" da total previsibilidade do torneio (todo mundo sabendo que os ianques vão levar) e das marmeladas
Com estas agravantes, é tudo o que não faltava para eu não deixar de perder.
Bola ao Cesto? Me errem. Me poupem dessa chatice.

Eduardo Maretti disse...

Leandro, acho o basquete quase sempre chato, mas estranhamente às vezes ele se torna espetacular. Nos Jogos Olímpicos, por exemplo.

Se vc prestar atenção, a previsibilidade só existe porque o basquete dos "ianques" é magnífico, imbatível, indefensável. O maior símbolo disso é Michael Jordan, o maior de todos... mas o camiseta 23 do Chicago Bulls, mais do que um atleta, foi uma metáfora.

O basquete nos EUA é uma linguagem, faz parte da forma de ser dos negros dos guetos que encontraram nisso uma forma de expressão. Nos Jogos Olímpicos, uma das coisas que procuro assistir é o basquete dos Estados Unidos, e não só o masculino, aliás, mas o feminino tb. É muito bonito de ver.

Alexandre disse...

Sem comentários, assino embaixo..quem gosta de arte e esporte, não teria pque não admirar e se curvar ante a magia e beleza, seja no futebol, basquete, hipismo, vôlei,atletismo, etc. O esporte e os atletas, quando nos melhores momentos, gostamos de ver. Eu, pelo menos. Acredito que a maioria.