sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mubarak cai e povo egípcio emociona o mundo


O post logo abaixo deste (Lá vem o sol!), com a canção de George Harrison, foi ao ar no início da madrugada [foi só um gesto para saudar a sexta-feira: ao postar, eu nem associei He Comes the Sun com a situação no Egito, pois o ditador ainda não havia caído]. Depois, Mayra postou nele o seguinte comentário: "E a alegria solar chegou ao Egito hoje, com a renúncia do Mubarak. Acho que é o começo de uma baita vitória do movimento político popular. Dia histórico não só no mundo árabe".

Praça Tahrir, coração da revolução
É verdade, e a metáfora – materializada horas depois – é perfeita. Finalmente o lacaio Hosni Mubarak caiu. Assistindo às imagens emocionantes transmitidas ao vivo da praça Tahrir, no Cairo, palco dos eventos históricos das últimas semanas, só consigo pensar uma coisa: como eu gostaria de estar lá!

O que vai acontecer daqui para a frente (as conseqüências da revolução, que caminho tomará o Egito e o Oriente Médio) importa menos nesse momento do que a magnífica vitória do povo egípcio, com o qual tantos de nós, brasileiros, nos solidarizamos nas últimas semanas.

Atualizado às 20:04

3 comentários:

Victor disse...

aqui em dacar vi a felicidade nos olhos de uma jovem do Egito...http://www.youtube.com/watch?v=bqsdOqvujQk&feature=mfu_in_order&list=UL

alexandre disse...

É um momento curioso, histórico e conveniente esse, não só para o Egito, terra das pirâmides, dos faraós, como também para o mundo. Nada melhor que o Sol, George Harrison e esse blog para eternizar esse momento. It's alright.

Felipe Cabañas da Silva disse...

A situação no Egito foi bastante didática para mostrar ao mundo algo que poucos comentaristas tiveram a coragem de dizer nas últimas semanas: ditadores bonzinhos com os EUA pode; ditadores malvadinhos com os EUA não pode, é o eixo do mal. São mais de três décadas de apoio americano a uma ditadura fratricida e corrupta. Trinta anos, companheiros. Não são 2, nem 3, nem 10. O tamanho da corrupção de Mubarak é simples e escabroso: 50 bilhões de dólares. O Mubarak pode comprar o facebook.

Piadinhas à parte, tivemos o "privilégio" de ver a diplomacia mais hipócrita do mundo se enrolar ao vivo, enquanto a "história está sendo feita", como afirmou Obama. O problema é que o ditadorzinho sem vergonha que submeteu o povo egípcio a três décadas de repressão e miséria era um moleque de recado dos Estados Unidos. O maior fator de instabilidade no Oriente Médio se chama Estados Unidos da América.