quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Egito, 14 de agosto de 2013





A inocente alegria que muitos sentimos quando Hosni Mubarak caiu, dois anos e meio atrás, quando compartilhamos a celebração da Primavera Árabe, do povo nas ruas, na praça Praça Tahrir (ميدان التحرير, - Midan al-Tahrir, "Praça da Libertação"), tudo isso foi enterrado hoje num dos mais horríveis e perversos episódios das últimas décadas.

Tropas do Exército massacraram no Cairo centenas de integrantes da Irmandade Muçulmana que manifestavam seu inconformismo com a deposição, em julho passado, do presidente Mohamed Morsi, primeiro civil eleito democraticamente no país após décadas de ditadura militar.

Estado de exceção, 19 generais impostos como governadores regionais, poder do Exército para prender e arrebentar, supressão de direitos constitucionais.

Mais um sonho chega ao fim. Pelo menos no Egito, a Primavera Árabe acabou.



2 comentários:

carmem disse...

Até quando?

Do dinheiro norte americano jorra sangue.
Esse dinheiro porco anda por aqui também.
Espero que o gigante fique atento pra que o inverno brasileiro não seja tenebroso.

Eduardo Maretti disse...

E o Obama diz: "cabe aos egípcios decidirem o futuro do país", e anuncia a suspensão de um exercício militar conjunto que seria realizado em setembro entre os dois países.

Agora não precisa mais desse "exercício".