Alguns leitores questionam o fato de que as informações divulgadas neste e em outros blogs e sites a respeito da medida da ministra Ana de Hollanda, sobre as licenças Creative Commons, não dão a versão da ministra.
“Por que não a entrevistam, não ouvem as razões das medidas tomadas?”, pergunta um internauta que se identifica como Nelson em comentário no post abaixo (ou aqui).
“Ouvir outro [lado] é fundamental”, diz, também, Victor, do blog Cartão Laranja.
Esses leitores/internautas reivindicam o que é justo. Só que cabe aqui uma observação: este e outros blogs e sites, revistas e jornais gostaríamos muito de entrevistar Ana de Hollanda para que ela desse sua versão.
E há uma versão, até agora a única. A da Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura, já publicada em vários veículos e blogs desde sexta-feira, que diz, lacônica e evasivamente, o seguinte:
Nota de esclarecimento do Ministério da Cultura
“Por que não a entrevistam, não ouvem as razões das medidas tomadas?”, pergunta um internauta que se identifica como Nelson em comentário no post abaixo (ou aqui).
“Ouvir outro [lado] é fundamental”, diz, também, Victor, do blog Cartão Laranja.
Esses leitores/internautas reivindicam o que é justo. Só que cabe aqui uma observação: este e outros blogs e sites, revistas e jornais gostaríamos muito de entrevistar Ana de Hollanda para que ela desse sua versão.
E há uma versão, até agora a única. A da Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura, já publicada em vários veículos e blogs desde sexta-feira, que diz, lacônica e evasivamente, o seguinte:
Nota de esclarecimento do Ministério da Cultura
A retirada da referência ao Creative Commons da página principal do Ministério da Cultura se deu porque a legislação brasileira permite a liberação de conteúdo.
Não há necessidade de o ministério dar destaque a uma iniciativa específica. Isso não impede que o Creative Commons ou outras formas de licenciamento sejam utilizados pelos interessados.
Esta vazia informação está na home page do Ministério da Cultura, e a “notícia em destaque” pode ser acessada neste link.
Como sabe qualquer jornalista, um ministro de Estado não dá entrevista se não quer. Dá só quando julga conveniente e, muitas vezes, para o jornalista que prefere. Ainda mais se esse ministro ou ministra está perdendo muito tempo em encontrar justificativas para atos difíceis de explicar. Em outras palavras, Ana de Hollanda preferiu não dar ainda sua versão sobre a medida. Portanto, a versão oficial sobre o tema é a que foi divulgada até o momento (02:05 de 25 de janeiro) pelo Ministério das Comunicações. Essa "notícia" está desde sábado no portal do MinC.
Até esta data e horário, ao que parece, a última aparição da ministra foi a registrada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo dia 22, sábado: “A ministra Ana de Hollanda, da Cultura, confirmou presença no show da irmã Miúcha, na terça. A cantora se apresenta no Sesc Pinheiros ao lado da Orquestra Sinfônica Municipal”.
A ministra continua com a palavra, mas, aparentemente, está preferindo fugir da questão e se refugiar em seu poder recém-conquistado. Deu uma canetada e se escondeu na concha. Portanto, por enquanto, continua valendo o que disse Sérgio Amadeu a este blog na entrevista já citada: “nós vamos ter uma ministra do Ecad e não uma ministra da Cultura”.
Aguardemos novas informações.
PS - [atualizado às 17h54]. Abaixo, dois textos bastante elucidativos a respeito da polêmica
MinC retira licença de seu site, por A Rede, via Observatório da Imprensa.
E ainda:
O debate é entre o comum e o privado, por Renato Rovai
*Publicado originalmente terça-feira, 25/01/11, às 02:07
Esta vazia informação está na home page do Ministério da Cultura, e a “notícia em destaque” pode ser acessada neste link.
Como sabe qualquer jornalista, um ministro de Estado não dá entrevista se não quer. Dá só quando julga conveniente e, muitas vezes, para o jornalista que prefere. Ainda mais se esse ministro ou ministra está perdendo muito tempo em encontrar justificativas para atos difíceis de explicar. Em outras palavras, Ana de Hollanda preferiu não dar ainda sua versão sobre a medida. Portanto, a versão oficial sobre o tema é a que foi divulgada até o momento (02:05 de 25 de janeiro) pelo Ministério das Comunicações. Essa "notícia" está desde sábado no portal do MinC.
Até esta data e horário, ao que parece, a última aparição da ministra foi a registrada pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo dia 22, sábado: “A ministra Ana de Hollanda, da Cultura, confirmou presença no show da irmã Miúcha, na terça. A cantora se apresenta no Sesc Pinheiros ao lado da Orquestra Sinfônica Municipal”.
A ministra continua com a palavra, mas, aparentemente, está preferindo fugir da questão e se refugiar em seu poder recém-conquistado. Deu uma canetada e se escondeu na concha. Portanto, por enquanto, continua valendo o que disse Sérgio Amadeu a este blog na entrevista já citada: “nós vamos ter uma ministra do Ecad e não uma ministra da Cultura”.
Aguardemos novas informações.
PS - [atualizado às 17h54]. Abaixo, dois textos bastante elucidativos a respeito da polêmica
MinC retira licença de seu site, por A Rede, via Observatório da Imprensa.
E ainda:
O debate é entre o comum e o privado, por Renato Rovai
*Publicado originalmente terça-feira, 25/01/11, às 02:07
5 comentários:
Você vai ao Sesc Pinheiros para tentar falar com a ministra?
Hoje o site dos amigos do presidente Lula mandou uma matéria dizendo que é muito barulho por nada, isto é, tudo continua igual, mas não tem o logo do Cretive. http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/01/ministerio-da-cultura-e-creative.html
Desculpe, Victor, mas não é "muito barulho por nada" de modo algum. No próprio link citado por você há comentários discordando.
O site Observatório da Imprensa desta semana (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/) traz uma ótima edição sobre o tema em sua seção "e-notícias", de vários pontos de vista, inclusive de uns artistas que quase ninguém nunca ouviu falar defendendo a ministra com argumentos nacionalisteiros desinformados. Veja lá.
O blog "amigos do presidente", me parece, está querendo contemporizar, salvar a pele da ministra. Se não for isso, está desinformado. "Se não faz diferença por que trocou?"
PS: Estou republicando este comentário apenas para observar: ao dizer que toda a polêmica é muito barulho por nada, que nada mudou, o blog citado está desqualificando argumentos e posicionamentos de pessoas sérias, como Sérgio Amadeu, Renato Rovai, Luiz Egypto, Ronaldo Lemos (Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas) e muitos outros profissionais. Essas pessoas, cujo trabalho é amplamente conhecido, são tolas? Francamente.
Abs
Edu,
Dois links direto da Creative Commons Brasil para enfeitar teu texto:
http://creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=139&Itemid=1
e outro do Hermano Vianna sobre a história do site do MinC.. http://creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=141&Itemid=1
A ana holanda (em minúscula mesmo, que não merece nome próprio) que tome a sua linha. Deu uma saudade do Gil e do Juca, que estavam direto com a gente em todo canto!
Bom já temos um deputado que se manifestou a favor do CC, líder do PT na câmara: http://pauloteixeira13.com.br/2011/01/%E2%80%9Ccreative-commons-esta-dentro-de-uma-politica-de-governo%E2%80%9D/
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